A mamoplastia masculinizadora é um procedimento que remove a glândula mamária e reconstrói um tórax masculino. Isso porque algumas pessoas, como homens transgêneros — que não se identificam com o sexo biológico — desejam mudar características físicas para criar um contorno mais masculino.
É importante esclarecer que passar por mudanças na imagem corporal não é uma regra para alguém se identificar como transgênero. No entanto, algumas pessoas desejam isso em busca de mais satisfação, bem-estar e melhoria da qualidade de vida.
Nesses casos, as intervenções cirúrgicas, como a mamoplastia masculinizadora, estão à disposição dos interessados e das interessadas. Quer saber o que é esse procedimento, como funciona, quando deve ser feito e outras informações relevantes? Continue a leitura!
Conforme mencionado, trata-se da remoção da glândula mamária e do reposicionamento da aréola. Afinal, alguns procuram a cirurgia plástica para aumentar o volume dos seios e até alcançar uma aparência mais feminina, conforme os padrões estéticos.
Enquanto isso, também existe quem queira o contrário, normalmente, na intenção de ganhar contornos masculinos, segundo as normas sociais. Assim, para pessoas transgêneros, há um menor vínculo delas com ideais femininos na forma física.
Esse procedimento envolve inicialmente a análise de três elementos para o preparo antes da cirurgia, como:
Essa análise é importante para o cirurgião plástico indicar a necessidade de ressecção da glândula mamária. Ela consiste na retirada cirúrgica de nódulos dos seios, para diagnóstico de doenças, como fluxo papilar suspeito, saída de líquido pelo mamilo sem razão aparente.
Se a ressecção da glândula mamária não for necessária, é possível preservar a pele do paciente. Contudo, ainda pode ser preciso reposicionar e ajustar o CAP, para que a construção de um tórax anatomicamente masculino seja mais satisfatória.
Com essa avaliação, o paciente também deve passar por outros exames médicos e análises cirúrgicas (necessárias antes de qualquer cirurgia). E ainda, é importante ter uma avaliação psicológica por cerca de um ano. Esse acompanhamento é necessário para garantir que o interessado na mamoplastia masculinizadora tenha certeza da escolha, já que a cirurgia não tem reversão.
Após análises médicas das condições do paciente e a liberação para a mamoplastia masculinizadora, ele é submetido a anestesia geral — promovendo a eliminação da dor — no hospital. O processo dura de 2 a 4 horas, incluindo o processo de cortes (incisões), que podem ser divididos:
Nos cortes, a aréola mamária pode ser enxertada, transferida para outra parte do corpo, ou passar por um “retalho cirúrgico”. Seja qual for a escolha, a mamoplastia masculinizadora é finalizada com um curativo que comprime o enxerto e a área operada.
Após o procedimento cirúrgico, é comum que o paciente fique com drenos, um tubo cirúrgico voltado para evitar acúmulo de líquido, a presença de ar ou secreções etc. Isso facilita a recuperação e a cicatrização.
Em geral, o dreno é retirado com o primeiro curativo por volta do quinta dia pós-operatório. Enquanto isso, os pontos do bico, colocados na aréola das mamas, são removidos em torno de 21 dias. O tempo depende muito do tipo de ponto e da localização deles.
É possível que os pacientes sintam alguns incômodos normais após a mamoplastia masculinizadora. Entre eles, um inchaço na região torácica, aumentando em até 72 horas. Gradativamente, essa dor tende a ser amenizada e cerca de 2 meses depois, a região já deve ganhar contornos mais harmoniosos.
De todo modo, o sucesso no pós-operatório da mamoplastia masculinizadora depende do cumprimento de algumas recomendações. Entre elas:
É natural passar por uma cicatrização, que fica avermelhada e deve durar alguns meses. Entre um semestre a um ano a cicatriz tende a clarear, variando para ou menos, conforme a genética e o tipo de pele de cada pessoa.
Os resultados definitivos desse procedimento cirúrgico devem ser alcançados depois de seis meses, período necessário para o amadurecimento da cicatriz e a acomodação dos tecidos. Ao longo dos anos, é comum que a mamoplastia masculinizadora mantenha os resultados.
Contudo, alguns fatores (como idade, influências hormonais, textura e qualidade da pele, variação do peso corporal etc.) podem alterar o formato da região com o tempo. Nesse caso, uma nova cirurgia pode ser indicada pelos médicos, o que é raro ocorrer.
O procedimento é indicado para pacientes transgêneros que desejem modificar a anatomia do corpo. Para isso, também é necessário que os interessados tenham avaliação e acompanhamento multidisciplinar de no mínimo 1 ano.
A equipe precisa envolver mastologista, cirurgião plástico, ginecologia, psiquiatra e endocrinologista. Outra indicação é que o paciente tenha acima de 18 anos e consentimento livre esclarecido. Afinal, toda cirurgia envolve riscos e a mamoplastia masculinizadora não tem volta.
Então, tirou as suas principais dúvidas sobre a mamoplastia masculinizadora? Como visto, trata-se de um procedimento cirúrgico indicado para pacientes transgêneros que desejem ganhar contornos masculinos, segundo as normas sociais. Para alcançar esse objetivo, existe uma série de exames e acompanhamentos médicos que devem ser cumpridos.
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Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
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Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
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Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
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