Já imaginou você ser submetido a uma cirurgia que envolva grandes cortes, reposicionamento de tecidos e quebra de ossos estando totalmente acordado? Felizmente, existem técnicas para que isso seja diferente, mas ainda assim muita gente ainda tem medo de anestesia.
Até meados do século XIX, quando esse procedimento ainda não existia da forma como é hoje, os cirurgiões precisam operar o mais rápido possível, pois o paciente ficava consciente e sentia todos os movimentos, aflições e dores terríveis.
Com o avanço da medicina, a anestesia também foi aprimorada. Dessa forma, hoje conseguimos realizar cirurgias plásticas e de outras especialidades com o paciente sedado, tornando o procedimento muito mais confortável para ele e para o médico.
Apesar disso, a anestesia ainda é cercada por muitas dúvidas, que não raro causam ansiedade nos pacientes. A melhor forma de combater o medo de anestesia é esclarecendo esse assunto.
Independente do tipo de anestesia realizado, o principal objetivo é sempre evitar que o paciente sinta dor temporariamente. Nos procedimentos mais simples, este pode ser o único objetivo, porém, em cirurgias de grande porte, existem outras funções.
Além do bloqueio da dor, a anestesia também é utilizada para bloquear a musculatura do paciente, impedindo que ele se movimente durante a cirurgia e se coloque em perigo. Outro objetivo é provocar amnésia para que o paciente não se lembre da cirurgia em si. Saiba quanto custa uma cirurgia plástica.
Existem três tipos principais de anestesia: a local, a regional e a geral. Para acabar com os mitos e o medo de anestesia, é preciso entender para que elas servem e como funcionam.
Esse tipo de anestesia é utilizado em cirurgias de baixa complexidade e que sejam realizadas em áreas pequenas. Alguns exemplos são correção de cicatrizes, retirada de verrugas e cistos sebáceos superficiais, blefaroplastia, biópsias de pele até mesmo tratamentos dentários.
O bloqueio da dor é feito por meio de uma injeção de lidocaína ou, então, pela aplicação de um anestésico tópico, que interrompe a transmissão nas terminações nervosas daquele local específico.
A anestesia local não querer a presença de um anestesista e seus efeitos colaterais, se existirem, são de baixa intensidade. Porém, existe um detalhe importante: se for usado em grande quantidade, o anestésico local apresenta uma alta toxicidade.
Esse tipo de anestesia é utilizado em cirurgias consideradas simples, nas quais o paciente pode ficar acordado, mas que exigem o bloqueio da dor em uma região específica do corpo, como uma perna, um braço ou toda a região abaixo da cintura, por exemplo.
A anestesia regional se divide em dois tipos: a peridural e a raquidiana. Na anestesia peridural, o anestésico é injetado ao redor do canal espinhal de forma contínua por meio de um acesso via cateter.
Esse tipo de anestesia, também chamada de epidural, permite que o paciente mantenha seus movimentos. Por isso, ela é indicada para partos normais, já que a gestante poderá se mexer para ajudar facilitar o nascimento.
A anestesia raquidiana, por sua vez, é mais utilizada em cesáreas e em cirurgias dos membros inferiores. O anestésico é injetado dentro do canal espinhal, mais especificamente no líquor, por meio da inserção de uma agulha de pequeno calibre nas costas do paciente.
Como essa injeção pode ser um tanto desconfortável, a raquidiana pode ser associada com uma anestesia local e uma sedação intravenosa, que deixa o paciente sonolento e mais relaxado. Sua complicação mais comum são dores de cabeça depois da cirurgia.
Quando falamos em medo de anestesia, geralmente estamos nos referindo à anestesia geral, que é capaz de bloquear a dor, paralisar os músculos e promover amnésia e inconsciência temporárias. Ela utiliza um conjunto de medicamentos para obter todos esses efeitos.
Essa técnica é utilizada em cirurgias de grande porte ou para remoção de órgãos como a vesícula, procedimentos ortopédicos e incisões no intestino. É indicada quando não é possível bloquear a sensibilidade em todos os tecidos apenas com anestesia local.
A anestesia geral utiliza relaxantes musculares para bloquear os movimentos, o que interrompe inclusive os músculos responsáveis pela respiração. Por isso, é necessário fazer a intubação do paciente e colocá-lo em um ventilador mecânico.
Ao final da cirurgia, o anestesista já terá diminuído os anestésicos e aplicado substâncias que neutralizam seus efeitos, de forma que o paciente desperte o mais rápido possível. Para melhor entendimento, procure uma Clínica de Cirurgia Plástica.
Muita gente tem medo da anestesia geral por achar que ela traz muitos riscos. Na verdade, os riscos são de cerca de 1,4 em 1 milhão de cirurgias, ou seja, são muito raros.
Quando acontecem complicações, elas costumam estar relacionadas a doenças graves que o paciente já apresentava, como problemas pulmonares, cardíacos e renais avançados, ou então por problemas durante a própria cirurgia.
Uma associação comum que costuma causar medo é a anestesia e a lipoaspiração. Contudo, na maior parte dos casos em que acontecem complicações, elas não são causadas pela anestesia geral, e sim pela anestesia local quando usada indevidamente.
Como dissemos anteriormente, o anestésico local é muito tóxico se for aplicado em grandes quantidades. Por isso, é muito mais seguro fazer uma lipo com anestesia geral (pois o anestésico é menos tóxico) do que com várias aplicações de anestesia local.
A anestesia é uma técnica segura, desde que seja realizada por profissionais de confiança e que o paciente tenha boas condições de saúde. Qualquer dúvida que cause medo de anestesia deve ser levada diretamente ao seu médico para que ele possa te tranquilizar.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
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