Tratamento estético em casa oferece riscos às pacientes e deve ser avaliado por um profissional especializado
É com receio que instituições médicas veem o aumento dos tratamentos estéticos em casa ou realizados em clínicas clandestinas devido aos riscos à saúde e mesmo à vida das pacientes.
O tratamento estético em casa pode ocasionar problemas estéticos, como deformidades, manchas ou agravamento das insatisfações iniciais, mas também comprometer a saúde das pacientes que optam por opções mais baratas, mas perigosas.
Qualquer tratamento estético realizado em casa, sem supervisão médica especializada pode comprometer a saúde do paciente, ainda que sejam considerados simples.
Os riscos estão associados tanto aos produtos e substâncias usadas como também à técnica em si. Confira exemplos do que não fazer como tratamento estético em casa.
Um dos exemplos mais comuns de tratamento estético em casa é o clareamento de manchas na pele, sendo que muitas pessoas recorrem a receitas naturais ou mesmo produtos especializados, mas sem prescrição médica.
O limão, por exemplo, é frequentemente indicado para amenizar manchas na pele, no entanto, quando usado de forma inadequada ele pode aumentar as manchas e também causar queimaduras cutâneas.
O uso de ácidos também é comum, no entanto, a aplicação errado deles, mesmo se presente em um dermocosmético, pode intensificar os sinais indesejados na pele.
Com muitas receitas “milagrosas” se popularizando, a remoção caseira de pintas e verrugas é outro risco.
Algumas receitas incluem a interrupção da circulação sanguínea no local, podendo comprometer a vitalidade da região.
No caso de pintas, além do risco de sangramentos, destaca-se também a importância da biópsia para análise do material avaliando se é benigno ou não.
O microagulhamento com dermaroller é um procedimento estético cada vez mais realizado para estímulo à produção de colágeno e elastina, melhorando o aspecto da pele.
No entanto, muitas pessoas têm aderido a versões caseiras desse tratamento, o que pode representar um elevado risco.
Para ponderarmos sobre a gravidade de realizar esse tratamento estético em casa destacamos que mesmo profissionais especializados podem ter restrições no que se refere ao comprimento e diâmetro das agulhas usadas. Confira:
Verifica-se assim que o tratamento é muito delicado, devendo ser realizado por um profissional qualificado dependendo do objetivo da técnica.
Qualquer tipo de tratamento com aplicações subcutâneas deve ser realizado por profissionais qualificados.
As aplicações de toxina botulínica ou de ácido hialurônico, por exemplo, devem ser realizadas por cirurgiões plásticos ou dermatologistas, pois além do manuseio correto das substâncias esses profissionais são mais qualificados para identificar as necessidades específicas do caso.
As aplicações de polimetilmetacrilato (PMMA) para preenchimentos, por exemplo, recorrentemente são realizadas por profissionais inaptos gerando deformidades estéticas e riscos de saúde às pacientes.
Infelizmente, também conhecemos relatos de pessoas que se submetem a cirurgias plásticas em ambiente residencial ou em clínicas clandestinas, com casos, inclusive, de óbitos relacionados a essas práticas ilegais.
Uma cirurgia plástica nunca deve ser realizada como tratamento estético em casa, sendo fundamental que a paciente interessada avalie se a clínica escolhida tem alvará de funcionamento da ANVISA e se o cirurgião plástico escolhido é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
A atenção a esses aspectos é determinante para segurança e qualidade do procedimento estético realizado, entregando os resultados almejados pela paciente.
Portanto, fique atenta à realização de qualquer tratamento estético em casa e, preferencialmente, procure um profissional especializado caso deseje uma intervenção estética, ainda que pouco invasiva.
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Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
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Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
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Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
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