A mamoplastia de aumento pode trazer consequências inestéticas como falhas no processo de cicatrização. Saiba como evitá-las e seus tratamentos
As cicatrizes são um fator que costuma ocupar as principais preocupações dos pacientes que vão se submeter a uma cirurgia, especialmente no campo da plástica. Na mamoplastia de aumento, cirurgia de caráter normalmente estético, o local e aspecto da cicatriz toma grande espaço no resultado final de cirurgia, devendo ser cuidadosamente escolhido pela paciente e seu cirurgião.
Os locais de incisão para colocação de prótese são mais comumente três: aréola, sulco mamário e axilas, e são escolhidos de acordo com vontade da paciente, sua anatomia, método cirúrgico e fatores como sua tendência a cicatrização. A axila, por exemplo, é o local com menor incidência de queloide, e pode ser uma opção interessante para pacientes com esse histórico de formação de cicatriz. Porém, podem ainda se apresentar mais largas e escuras, em alguns casos.
Na maioria das pacientes, se houver o cuidado pós operatório adequado, a cicatriz adquire um aspecto fino, delicado e com uma coloração levemente mais clara que a da pele. O período para essa estabilização da cicatriz varia de pessoa para pessoa, mas no geral, no primeiro mês ela já diminui expressivamente sua visibilidade. Durante o primeiro ano pode ocorrer um espessamento normal e escurecimento do local, que naturalmente irá se tornando mais clara e menos consistente em até um ano e meio de pós operatório.
Primeiramente é preciso seguir com rigor as recomendações do pós operatório fornecidas por seu cirurgião. Permanecer com a cabeceira da cama elevada e a utilização de bandagens ou sutiãs cirúrgicos é de grande importância, pois ele imobiliza a mama e protege contra o peso da prótese, ajudando a manter o local de incisão estável e uma cicatriz o menor possível. Pelo mesmo motivo, o esforço físico e movimentos que interfiram na posição das próteses, como levantar os braços, devem ser evitados durante o período de recuperação.
A exposição solar também é de suma importância, já que pode tornar o local de incisão mais escuro do que a pele ao redor durante o processo de cicatrização. Deve-se evitar a exposição por em torno de 60 dias e, mesmo após esse período, sempre utilizar protetor solar ou manter a área de cicatriz coberta.
Ainda assim, algumas pessoas apresentam processos de cicatrização alterados e, mesmo com o devido cuidado, terão cicatrizes visíveis. E o que fazer agora? Vamos conhecer os tipos de cicatriz e as possíveis soluções para cada uma.
São cicatrizes grandes e endurecidas, que ultrapassam os limites da incisão e são causadas por uma produção exacerbada de colágeno. Normalmente adquirem um aspecto rosado e podem causar coceira. Indivíduos possuem queloide normalmente por uma predisposição genética, e negros e asiáticos tem maior propensão a esse problema.
O paciente que já apresentou queloide em outras partes do corpo deve ser cuidadosamente avaliado por seu cirurgião e tomar cuidados adicionais no pós operatório, como a utilização de curativos compressivos.
E se o queloide já surgiu? Calma, existem opções de tratamento para essas situações. Pode-se realizar cirurgia para a retirada de cicatriz, normalmente seguida de outras abordagens, como curativos de silicone, injeções de corticoide, radioterapia local, entre outras que poderão ser avaliadas caso a caso com seu médico.
Muitas vezes o portador de cicatriz hipertrófica a confunde com queloide. A cicatriz também fica mais espessa, mas a grande diferença é que, ao contrário do queloide, a cicatriz hipertrófica não ultrapassa as margens da incisão. Muitas vezes ela melhora com o tempo, reduzindo sua espessura, porém não sua largura. Os tratamentos que podem ajudar no processo são muito semelhantes aos do queloide, incluindo curativos compressivos, placas de silicone, cirurgia, injeções de corticoide, normalmente sendo utilizado mais de uma modalidade em conjunto.
É uma cicatriz tensa, que repuxa os tecidos adjacentes e pode restringir os movimentos normais da área afetada. Uma das maneiras mais eficazes de corrigí-la é através do procedimento de subincisão, em que as traves fibrosas subcutâneas são seccionadas para liberar a tração que elas exercem sobre a pele
Acontecem normalmente em áreas em que há maior tensão na pele e se assemelham a estrias. O tratamento normalmente é por reparo cirúrgico com posterior colocação de curativos contensores para evitar sua recidiva.
Ao contrário da hipertrófica, na cicatriz atrófica ocorre perda de tecido, com destruição do colágeno, durante o processo de cicatrização. O tratamento pode envolver cirurgia ou métodos menos invasivos, como laser.
É mais escura ou clara que a pele ao redor, mais comum em pessoas de pele escura, em cicatrizes que foram precocemente expostas aos raios ultra-violetas do sol ou em cicatrizes tratadas previamente com alguns fármacos, como ácidos e corticoides.
Ela intercala em seu trajeto mais de um problema de cicatrização, incluindo dois ou mais dos já citados. O tratamento será visto individualmente, caso a caso, normalmente necessitando de mais de uma terapêutica em conjunto.
Possui trajeto curvo e, por isso, acumula líquido linfático em sua região central, o que faz com que o centro torne-se mais elevado que a própria cicatriz. O tratamento é cirúrgico e geralmente feito através de zetaplastias, técnica cirúrgica utilizada para reposicionar uma cicatriz de forma que esta adquira uma posição mais paralela às linhas naturais e pregas da pele.
Apesar de existirem diversos tratamentos para as complicações da cicatrização, o melhor método é sempre prevenir. Entenda melhor sobre os procedimentos estéticos, consulte uma Clínica de Cirurgia Plástica especializada. Por isso a conversa com o cirurgião deve ser muito cuidadosa e todas as dúvidas devem ser tiradas antes da alta hospitalar. O sucesso do procedimento, tanto quanto a habilidade do cirurgião, depende do bom esclarecimento e conduta do paciente.
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Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
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Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
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