Existem duas cirurgias principais para a cobertura de áreas afetadas pela calvície: o implante e o transplante. É muito comum que as pessoas confundam as duas e entenderemos por que a seguir. As técnicas de transplante capilar retiram os folículos pilosos de uma região do couro cabeludo do paciente e enxerta em uma área sem pelos.
Com isso, é possível recuperar o crescimento capilar na região. Como é feita com o material da própria pessoa, não há risco de rejeição. Com o passar do tempo, o transplante leva ao crescimento de cabelo nas áreas afetadas. Os efeitos são duradouros, pois o tecido enxertado é menos suscetível à queda.
Já o implante capilar é feito com fios sintéticos, isto é, fabricados artificialmente com materiais parecidos com o cabelo humano.
Quer entender melhor o assunto? Acompanhe!
O transplante capilar consiste na retirada de folículos pilosos saudáveis de uma área do corpo para outra. Geralmente, ele é indicado para o tratamento da calvície, especialmente a do tipo androgenético.
No entanto, os efeitos desse procedimento não são imediatos. É preciso esperar que a inflamação local passe e os novos fios comecem a crescer. Esse processo geralmente leva algumas semanas.
Ela se diferencia do implante, que, como vimos, utiliza fios sintéticos. Esse procedimento apresenta algumas limitações, como:
Por esse motivo, o implante é raramente realizado pelos médicos brasileiros. No entanto, o transplante capilar ficou conhecido aqui como implante, apesar de não ser o termo técnico adequado.
Resumindo, geralmente, quando você lê ou ouve falar sobre implante no Brasil, estão falando sobre os transplantes. Há diferentes técnicas para realizar esses enxertos capilares e vamos falar sobre elas a seguir.
As primeiras cirurgias de transplante capilar foram realizadas na década de 1940. Até a década de 1980, a cirurgia envolvia o transplante de retalhos com áreas maiores e centenas de fios da região doadora para a receptora. No entanto, em alguns casos, isso fazia com que os resultados tivessem uma aparência mais artificial.
Os retalhos de couro cabeludo eram retirados da região têmporo-parieto-occipital, que ficam ao redor do couro cabeludo. Isso é possível, pois nem todas as partes do couro cabeludo são afetadas igualmente pela calvície androgenética. Os folículos pilosos das regiões laterais e posterior, por exemplo, são mais resistentes à ação tóxica do DHT (a substância produzida pelo corpo que mata os folículos).
Isso acontece, pois a calvície androgenética é causada pela conversão da testosterona (um tipo de hormônio masculino) em DHT. Para que isso ocorra, é preciso de uma enzima chamada de 5-alfa-redutase. Ela está presente em maior quantidade nos folículos pilosos da região do topo da cabeça, especialmente nas entradas e na coroa.
Então, o transplante de retalhos trazia, sim, o crescimento de cabelo em regiões afetadas pela calvície. Contudo, o resultado estético não era tão satisfatório para alguns pacientes. Com isso, os médicos da época buscaram técnicas com efeitos mais naturais.
Então, foram desenvolvidas técnicas de microenxertos e minienxertos, em que a cirurgia consiste no implante de dezenas de pequenos enxertos com uma menor quantidade de folículos pilosos. Desse modo, é possível oferecer resultados mais naturais, que seguem o contorno normal do couro cabeludo e que não deixam cicatrizes significativas. Vamos falar sobre duas delas a seguir:
Apesar de algumas diferenças importantes, há similaridades entre as duas técnicas de microenxertos. Ambas envolvem uma fase de planejamento, em que o cirurgião elege as áreas doadoras e as receptoras. Podem ser feitas simulações computacionais do resultado para que o paciente escolha o contorno que traz mais satisfação.
São cirurgias que duram várias horas e necessitam de um acompanhamento anestesiológico. Por isso, o paciente passa também por avaliações de risco pré-operatório.
Na FUT, retiramos um enxerto mais extenso do couro cabelo do paciente. Uma incisão de vários centímetros é feita e, depois disso, a região é suturada. A pele retirada será fragmentada (shivering) em pequenos enxertos com aproximadamente 3 fios cada.
Eles são, então, implantados um a um na região receptora. Esse procedimento pode durar entre 5 a 6 horas de acordo com a extensão da área a ser coberta.
No FUE, em vez de uma grande incisão seguida do shivering, os folículos pilosos são retirados com incisões muito pequenas. Assim, podem ser transplantados diretamente na região receptora sem a necessidade de fragmentar o enxerto.
Após a extração, o cirurgião pode avaliar a saúde dos enxertos retirados e selecionar aqueles de melhor qualidade. Com o auxílio de lâminas e agulhas especializadas, os folículos saudáveis são implantados na região que precisa de cobertura.
Esse procedimento tem a vantagem de deixar cicatrizes mais suaves na área doadora. No entanto, é mais demorado, pois é mais detalhado, durando de 6 a 10 horas de acordo com a necessidade de cada paciente.
Ele também vem sendo empregado para transplante de pelos em outras regiões do corpo, como a barba e a sobrancelha.
A cirurgia está indicada para pacientes com uma boa proporção entre a área saudável e a afetada pela calvície. Se a queda for generalizada, pode não ser possível obter enxertos suficientes para cobrir a região doadora.
Além disso, a cirurgia é contraindicada nos seguintes casos:
Essas condições aumentam o risco de problemas de cicatrização, o que compromete os resultados.
Sim, os resultados geralmente são bastante naturais. No entanto, é preciso ter uma expectativa realista em relação ao procedimento. Afinal, no transplante capilar, o que ocorre é uma redistribuição dos folículos capilares saudáveis disponíveis.
Por exemplo, se a área que precisa de cobertura for muito extensa, será preciso retirar uma maior quantidade de folículos de regiões cobertas.
No planejamento da cirurgia, o profissional avaliará fatores capilares que influenciam na qualidade dos resultados, como:
A partir disso, ele poderá estabelecer um prognóstico individualizado do seu caso. Em alguns casos, por exemplo, pode ser necessária mais de uma sessão de transplante para resultados mais naturais.
Portanto, as técnicas de transplante capilar evoluíram muito nos últimos anos e oferecem resultados cada vez mais naturais. Para isso, é preciso escolher um profissional experiente e que utiliza as técnicas mais atuais.
Quer saber como fazemos os transplantes capilares aqui na Clínica Dra. Luciana Pepino? Entre em contato com a gente!
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
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