A Síndrome ASIA também é conhecida como Síndrome do Silicone, saiba mais sobre esse risco e como identificá-lo
O implante de silicone é o sonho de muitas mulheres, mas você conhece a Síndrome ASIA?
Antes da cirurgia, é bom conhecer os seus riscos, mesmo eles sendo mínimos. Então, conheça os sintomas dessa síndrome que afeta pessoas com prótese mamária, além de todos os detalhes dela!
A Síndrome ASIA também é conhecida como a Síndrome do Silicone e trata-se de uma enfermidade autoimune e inflamatória que ocorre em pessoas que têm reação inflamatória a um adjuvante.
O nome é pouco conhecido, mas adjuvantes são substâncias estranhas ao organismo que estimulam a resposta imunológica. Componentes de vacinas, alumínio, moléculas de silicone são alguns exemplos destes adjuvantes.
Felizmente, essa situação é rara, mas o médico responsável deve alertar as pacientes que as próteses podem ser gatilhos para uma resposta autoimune.
É como se o corpo entendesse o silicone da prótese mamária como um corpo estranho e ofensivo a ele, e a inflamação ocorresse como uma forma de eliminá-lo.
Pode acontecer mais comumente em pessoas com predisposição genética, deficiência de vitamina D, condições autoimunes já diagnosticadas, histórico de alergia e doenças atópicas no paciente ou na família.
Como não há um exame específico para o diagnóstico da Síndrome ASIA, seja laboratorial ou de imagem, então ele deve ser feito apenas baseado nos sintomas, e por isso o paciente deve estar bem acompanhado por um profissional.
Porém muitos destes sintomas são inespecíficos e relacionados a inúmeras outras doenças, o que pode dificultar e confundir o diagnóstico.
Assim, ele deve ficar atento a sinais como:
Como não existe um exame específico para o diagnóstico, este deve ser feito por exclusão por um médico reumatologista.
Para tratar a Doença do Silicone, existem duas opções que devem ser acompanhadas e discutidas com o médico reumatologista e o cirurgião plástico:
Apesar de serem duas alternativas, o explante mamário é o mais cogitado pelo fato de se conseguir remover maior volume de adjuvante nesta cirurgia.
E até mesmo no caso da remoção da prótese, a melhora só pode ser percebida efetivamente entre 1 a 6 meses, com o reestabelecimento completo do sistema imunológico e ainda, sim, às vezes é preciso associá-la a medicações em alguns casos, podendo inclusive não haver resolução dos sintomas se o fator causador não for realmente os implantes de silicone.
Como os resultados do tratamento não são vistos da noite para o dia, o acompanhamento médico é essencial para verificar como anda a recuperação do paciente.
Cada organismo é único, e por isso algumas pessoas reagem de um jeito, e outras, de formas completamente diferentes.
Além disso, após o explante, pode ser necessário fazer um lifting das mamas se houver flacidez, enxerto com gordura, ou ambos os procedimentos para uma melhora estética.
É importante que a paciente seja informada que não há garantia de melhora após a retirada, e que cerca de 25% não apresentam melhora dos sintomas.
Nesta cirurgia existem os riscos comuns de qualquer cirurgia, como outras infecções, seroma, hematomas e deiscências
Por isso a decisão do explante deve envolver todas estas informações, considerando inclusive repercussões psicológicas e descontentamento resultantes da redução importante do volume e mudança da forma da mama após a cirurgia.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
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