O lipedema é uma doença multifatorial, complexa e, infelizmente, pouco estudada. Embora as causas exatas do lipedema ainda não sejam totalmente compreendidas, acredita-se que os hormônios tenham um papel importante na sua ocorrência e progressão.
Os hormônios femininos, como o estrogênio, parecem desempenhar um papel significativo no desenvolvimento do lipedema. Já a relação entre a progesterona e o lipedema não é tão clara quanto a relação com o estrogênio. A progesterona é outro hormônio feminino que desempenha um papel importante no ciclo menstrual e na gravidez. No entanto, não há evidências significativas que indiquem uma ligação direta entre a progesterona e o desenvolvimento ou a progressão da doença.
Muitas mulheres relatam o início dos sintomas durante períodos de flutuações hormonais, como a puberdade, gravidez ou menopausa. Acredita-se que o estrogênio afete negativamente o metabolismo da gordura e a distribuição da gordura corporal, levando ao acúmulo de gordura típico do lipedema.
A insulina desempenha um papel importante no metabolismo da glicose e também pode ter influência no desenvolvimento e na progressão do lipedema. A resistência à insulina, uma condição na qual as células não respondem adequadamente à insulina, pode afetar o metabolismo e o armazenamento de gordura no corpo, levando ao acúmulo de gordura e à inflamação, contribuindo para o desenvolvimento do lipedema.
Quando ocorre resistência à insulina, o corpo produz mais insulina para tentar compensar essa resistência. Isso pode levar a níveis elevados de insulina no sangue, o que pode desencadear uma série de efeitos adversos no metabolismo da gordura.
Uma das consequências da resistência à insulina é o aumento do acúmulo de gordura, especialmente na região abdominal. Além disso, a resistência à insulina pode levar à inflamação crônica, que também está associada ao lipedema.
No caso do lipedema, onde o acúmulo excessivo de gordura ocorre de forma desproporcional nas pernas, coxas e quadris, acredita-se que a resistência à insulina possa contribuir para esse acúmulo de gordura característico do lipedema, bem como para a inflamação que ocorre nesses tecidos.
É importante destacar que a relação entre a resistência à insulina e o lipedema ainda está sendo estudada e compreendida em maior detalhe, contudo o controle adequado dos níveis de insulina e a manutenção de um estilo de vida saudável podem ser importantes para o manejo e tratamento do lipedema, juntamente com outras abordagens terapêuticas recomendadas por profissionais de saúde.
Embora o GH seja conhecido por desempenhar um papel na distribuição da gordura corporal, seu impacto específico no lipedema ainda não foi totalmente esclarecido. Algumas pesquisas sugerem que níveis anormais de GH podem estar envolvidos na patogênese do lipedema, mas as evidências são limitadas e mais estudos são necessários para entender melhor essa relação.
O lipedema possui diversos sintomas e variadas causas, mas para um tratamento eficaz precisamos que os hormônios da tireoide estejam em níveis adequados.
A tireoide é uma glândula endócrina localizada no pescoço que produz hormônios essenciais para regular o metabolismo do corpo. Esses hormônios são conhecidos como hormônios da tireoide, sendo os principais o triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4).
Embora não haja uma ligação direta estabelecida entre os hormônios da tireoide e o lipedema, desequilíbrios na função da tireoide podem afetar o metabolismo e a distribuição de gordura no corpo, o que pode influenciar indiretamente no desenvolvimento do lipedema.
Quando a tireoide produz hormônios em excesso (hipertireoidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo), o metabolismo pode ser afetado.
No caso do hipotireoidismo, em que a produção de hormônios da tireoide é reduzida, ocorre uma diminuição do metabolismo basal e pode ocorrer um aumento na tendência ao ganho de peso. Isso pode resultar em um acúmulo de gordura no corpo, incluindo áreas afetadas pelo lipedema..
Se você já teve problemas com o funcionamento da tireoide ou desconfia que possa ter problemas, procure ajuda médica. Seu médico te pedirá exames e te medicará para que sua tireoide funcione de maneira regulada.
Normalmente, as mulheres têm níveis mais baixos de testosterona em comparação aos homens. A testosterona é um hormônio sexual masculino, mas também está presente em pequenas quantidades nas mulheres. O desequilíbrio hormonal, como um aumento na produção ou ação da testosterona, pode afetar o metabolismo da gordura e a distribuição de gordura no corpo, o que pode estar relacionado ao lipedema.
Alguns estudos sugerem que níveis mais altos de testosterona podem estar associados a uma maior incidência de lipedema ou ao agravamento dos sintomas em mulheres afetadas. No entanto, é importante destacar que o lipedema é uma condição complexa e multifatorial, e a relação exata entre a testosterona e o lipedema ainda não está completamente compreendida. Mais pesquisas são necessárias para entender melhor essa relação. O lipedema é uma condição complexa e multifatorial, e os hormônios podem interagir de maneiras diferentes em cada pessoa.
Por Dra. Viviane Bertoncelo – Médica Nutróloga CRM 24674-PR I RQE 30249
Afiliada @celipbr
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
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