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16 horas de jejum intercaladas com 8 horas de alimentação normal: veja como funciona o jejum intermitente e descubra se esse método realmente ajuda a emagrecer.
Queridinho entre diversas celebridades como Juliana Paes, Sabrina Sato e Deborah Secco, o jejum intermitente é um programa de alimentação que visa o emagrecimento e tem ganhado cada vez mais adeptas.
Como seu próprio nome indica, esse programa consiste em intercalar períodos em que a pessoa se alimenta (“janelas”) e períodos de jejum. Mas será que esse esquema serve para todo mundo?
A ideia do jejum intermitente começou a se propagar em 2013 na Europa com as pesquisas do Dr. Michael Mosley. De acordo com ele, o programa consistia em seguir o método 5:2, ou seja, ter uma alimentação normal por 5 dias e fazer um semijejum por 2.
A partir desse esquema, surgiram novas combinações de períodos de “janela de alimentação” e períodos de jejum, fugindo da famosa recomendação de se alimentar a cada três horas, defendida pela maioria dos nutricionistas e nutrólogos.
Hoje, um dos métodos que mais se populariza é a combinação de uma janela de 8 horas, na qual a pessoa pode comer normalmente, com um jejum de 16 horas, intervalo que engloba as horas de sono e durante o qual só é permitido ingerir água ou outras bebidas sem calorias.
Como qualquer outro esquema que visa o emagrecimento, o jejum intermitente tem suas vantagens e desvantagens. Conheça os principais benefícios deste método:
De fato, este método pode mesmo proporcionar o emagrecimento com o benefício extra de dispensar a contagem de calorias, conforme demonstrado por uma pesquisa publicada em 2018.
No estudo, um grupo de 36 pessoas obesas que seguiram o jejum intermitente de 16 por 8 apresentou uma média de perda de peso de 3 kg por participante, além de uma redução de cerca de 340 calorias por dia sem a necessidade de monitorar a ingestão calórica.
Nessa mesma pesquisa, outro benefício observado no grupo foi a redução da pressão sistólica (o primeiro número que o profissional de saúde fala quando mede nossa pressão arterial) em relação aos participantes que não seguiram o esquema de jejum intermitente.
Assim, esse método oferece o benefício de prevenir e combater a hipertensão, reduzindo o risco de complicações – embora mais estudos sejam necessários para confirmar esses resultados.
O jejum intermitente não se trata de uma dieta nos moldes tradicionais, pelos quais alguns produtos não podem ser consumidos e outros devem seguir determinadas quantidades, mas sim de um programa de alimentação.
Dessa forma, uma das suas principais vantagens é a possibilidade de continuar consumindo alimentos calóricos e guloseimas que normalmente seriam restringidas nas dietas clássicas, desde que dentro dos horários permitidos.
Embora esse método possa proporcionar alguma perda de peso, ele não é isento de desvantagens e contraindicações. Conheça os principais pontos negativos do jejum intermitente:
Todo mundo que já ficou sem comer por longas horas já sofreu com sintomas como dor de cabeça, tontura, vertigem, fraqueza, queda de pressão, falta de concentração, irritabilidade e desmaios, que também estão presentes no jejum intermitente.
Além disso, quando a glicose do sangue cai, o organismo começa a utilizar o glicogênio dos músculos e do fígado para obter energia. Porém, quando essas reservas também se esgotam, o corpo recorre às proteínas musculares, causando a perda da massa magra.
Vale destacar também que a pesquisa publicada em 2018 mostrou uma vantagem em relação à pressão sistólica, mas índices como massa gorda e magra, gordura visceral, colesterol LDL e HDL, triglicerídeos e taxa de glicose no sangue não apresentaram melhora significativa.
Há muita controvérsia sobre a duração do programa de jejum intermitente. Enquanto algumas pessoas defendem o método como uma filosofia de vida, outras afirmam que o ideal é seguir esse esquema por no máximo 20 dias.
Isso acontece porque, depois de um longo período sem receber energia da alimentação, o organismo entende que está passando por privação e entra em um “modo de economia”, armazenando o máximo de gordura possível e reduzindo o metabolismo.
Assim, quando a pessoa volta a comer normalmente (já que é muito difícil seguir esse método por muito tempo), a tendência é recuperar os quilos perdidos, gerando o famoso efeito sanfona.
Estar livre para comer durante as janelas não é sinônimo de ter uma alimentação equilibrada. Dessa forma, se a pessoa que faz o jejum intermitente consumir apenas produtos ricos em açúcar e farinha branca, haverá um déficit nutricional.
O bom funcionamento do organismo depende da ingestão de alimentos que forneçam carboidratos, proteínas e gorduras, além de fibras, vitaminas e sais minerais. Inclusive, a queda nos níveis de sais pode levar à desidratação mesmo que a pessoa tome muita água.
Emagrecer para se sentir mais bonita é um objetivo válido, mas devemos ter em mente que estar dentro da faixa de peso adequada para nossa altura, idade e biótipo é uma questão de saúde – e a forma de chegar lá também é.
Por isso, o processo de emagrecimento deve ser orientado por um profissional como nutricionista ou nutrólogo. No caso do jejum intermitente, esse acompanhamento é necessário porque o método não é isento de contraindicações.
Emagrecer de forma definitiva e preservando a saúde envolve uma reeducação alimentar e a prática de exercícios físicos. Se bem orientado, este método pode auxiliar você na perda de peso. Por isso, sempre busque o auxílio de um profissional.
O que você achou do nosso artigo? Já conhecia esse método? Deixe nos comentários a sua opinião e aproveite para conhecer as opções de procedimentos estéticos e cirurgias plásticas que a clínica oferece!
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
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Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
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Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
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