O câncer é uma doença que se caracteriza pelo crescimento desordenado e em alta velocidade das células de uma região do nosso corpo. Essas células costumam ser bastante agressivas e formam os tumores malignos. Que infelizmente são capazes de se espalhar para outras regiões do corpo. No caso do câncer de mama, a doença afeta as glândulas mamárias.
Apesar de ser um tanto raro em mulheres com menos de 35 anos, a prevalência do câncer de mama aumenta rapidamente depois dessa idade. Estima-se que, a cada ano, o Brasil apresente mais de 57 mil novos casos dessa doença, que é a neoplasia mais comum entre as mulheres – e também a que mais causa mortes.
O câncer costuma ser causado por diversos fatores. No caso do câncer de mama, estão aspectos como histórico familiar (mulheres cuja mãe ou irmã tiveram a doença antes dos 50 anos são mais suscetíveis), aumento da idade, primeira menstruação antes dos 11 anos, menopausa depois dos 55, primeiro filho depois dos 30 anos ou nunca ter tido filhos.
Os hábitos de vida da mulher também exercem influência sobre o câncer de mama. O excesso de peso e o consumo regular de bebidas alcóolicas são fatores que aumentam a chance de desenvolver a doença.
Geralmente, o câncer de mama é detectado por meio do surgimento de um caroço que costuma ser duro, irregular e indolor (embora isso não seja uma regra para todos os casos).
Outros sintomas incluem inchaço em parte da mama, dor no mamilo, saída de secreção, caroço na axila, irritação da pele, franzidos, aspecto de casca de laranja, vermelhidão ou descamação.
O autoexame de mamas é feito em três estágios principais: observação em frente ao espelho, apalpação em pé no chuveiro e apalpação deitada. Veja o passo a passo para realizar o autoexame:
O autoexame da mama deve ser realizado todos os meses, uma semana depois do término da menstruação. No caso de mulheres que não menstruam, a dica é marcar uma data fixa todo mês.
Tire a blusa e o sutiã e se posicione em frente ao espelho com as mãos na cintura. Observe o formato, o tamanho e o contorno de suas mamas. Prestando atenção se elas estão simétricas e se os dois lados são iguais. Verifique se existem alterações na pele da mama, aréola e mamilo, depressões ou pregas.
Em seguida, deixe os braços caídos ao longo do corpo e observe as mamas, avaliando as mesmas características descritas anteriormente. Depois, erga os braços para o alto, verificando os aspectos já comentados e também o alinhamento das aréolas em mamilos. Uma dica para verificar a presença de inchaço é observar se o sutiã deixa marca em apenas uma das mamas, indicando um edema no local.
Aproveite o momento do banho para fazer a apalpação em pé. Pois a pele das mamas e axilas molhada e ensaboada deixa mais fácil deslizar as mãos para detectar anormalidades.
Mantenha a coluna ereta e coloque um dos braços atrás da nuca. Com a outra mão, percorra com a ponta dos dedos toda a mama do mesmo lado do corpo que o braço levantado. Faça movimentos circulares firmes (mas sem machucar) e observe se existem caroços ou locais mais rígidos. Esses movimentos devem iniciar na parte externa da mama próxima da axila e correr em direção ao mamilo.
Depois, faça os movimentos circulares da mesma maneira também nas axilas. Observando a existência de possíveis nódulos na região. Em seguida, troque a posição dos braços para examinar a outra mama e axila.
Depois de apalpar as mamas, pressione os mamilos delicadamente para verificar se ocorre a saída de líquido. Observe também a presença de lesões na pele.
Deite-se sobre uma superfície plana, de preferência a cama, e coloque um travesseiro fino ou uma toalha dobrada embaixo do ombro direito, posicionando a mão direita atrás da cabeça. Com a mão esquerda, faça movimentos circulares na mama direita, observando se existem anormalidades. Troque a posição dos braços e examine a mama esquerda.
A primeira coisa a fazer é não se desesperar, pois a maior parte dos caroços não corresponde a um tumor maligno. Às vezes, um caroço pode ser um simples cisto sebáceo, que não causa maiores problemas de saúde. Da mesma forma, a liberação de secreção pelo mamilo também não é necessariamente um sinal de existência de um câncer.
De qualquer maneira, ao notar uma anormalidade na mama, você deve procurar um médico para realizar exames mais sensíveis. O especialista em mamas é o mastologista. Porém, se você não conhece nenhum, seu médico de confiança poderá fazer uma indicação.
O autoexame da mama continua sendo uma prática muito importante na detecção precoce do câncer de mama, mas hoje existem outras técnicas mais seguras e capazes de perceber uma alteração em estágio bastante anterior, como a mamografia.
Uma vez por ano, todas as mulheres com mais de 40 anos devem realizar uma mamografia, que é capaz de detectar tumores com menos de 1 centímetro, antes de ele poder ser sentido no autoexame. Nessa fase, as chances de cura de um câncer são de 95%.
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Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
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