O aumento no consumo de ultraprocessados é uma realidade preocupante em todo o mundo. No Brasil, estima-se um crescimento anual de 2,1% no consumo desse tipo de alimento, quase o dobro de países como o Canadá. Isso ocorre, principalmente, pelo baixo custo e alta palatabilidade dos produtos. No entanto, apesar do sabor e do excesso de propagandas na mídia, esses alimentos são vilões para a sua saúde.
Neste post, explicamos um pouco melhor como são produzidos os ultraprocessados, por que eles não são a melhor escolha nutricional para o dia a dia da sua família e quais riscos podem trazer para a saúde. Tem interesse? Então, continua a leitura.
Os ultraprocessados são formulações produzidas industrialmente à base de substâncias extraídas ou derivadas de alimentos. Eles carregam aditivos e cosméticos que alteram o aroma, a cor, o sabor e a textura para tentar imitar outros produtos.
Esse recurso permite, por exemplo, que uma bolacha vendida como “sabor morango” não tenha nenhuma quantidade da fruta entre os seus ingredientes.
Além disso, suas fórmulas passam por inúmeras etapas e técnicas de processamento, e contam com uma grande lista de ingredientes de uso exclusivamente industrial, como a maltodextrina, a caseína e o soro de leite.
Esse tipo de produto é extremamente comum nas prateleiras. Entre os ultraprocessados, podemos citar refrigerantes, bolachas, sorvetes, salgadinhos, misturas para bolos, cereais matinais, macarrões instantâneos, frios e embutidos, pães e margarina.
Além de terem uma fórmula cheia de aditivos químicos, realçadores de sabor e texturizantes, os ultraprocessados também não são indicados pois são nutricionalmente desequilibrados. Suas fórmulas contam com maior densidade energética e altas quantidades de sódio, açúcares, gorduras totais e saturadas.
Em oposição ao excesso de substâncias energéticas, os ultraprocessados contam com formulações pobres quando se trata de proteínas, fibras, vitaminas e minerais, não sendo suficientes na oferta diária de nutrientes.
Os processos e ingredientes utilizados no ultraprocessamento danificam e confundem o controle natural da fome e saciedade, provocando um consumo excessivo e que, muitas vezes, passa desapercebido por grande parte das pessoas.
Além disso, por serem praticamente pré-digeridos e quase não conterem fibras, esses alimentos são absorvidos muito rapidamente, fazendo com que o individuo logo volte a ficar com fome.
Esse tipo de alimentos tem diversos efeitos negativos, a longo prazo, na saúde do organismo. Por serem altamente energéticos e prejudicarem os mecanismos que indicam a fome e a saciedade, os ultraprocessados favorecem o acúmulo de gordura e causam a obesidade. Além disso, podem favorecer o desenvolvimento de alergias e intolerâncias alimentares.
O excesso de sal e aditivos também pode prejudicar o funcionamento dos rins, sobrecarregar o fígado e ainda favorecer distúrbios estomacais e intestinais.
Além dos problemas causados por uma alimentação pobre e nutricionalmente desequilibrada, existem diversos estudos ao redor do mundo que sugerem uma relação entre o aumento do consumo de ultraprocessados e uma maior incidência de casos de câncer, doenças cardiovasculares, diabetes e depressão.
O aumento no consumo de ultraprocessados tem sido uma realidade no Brasil e no mundo. A escolha por esses alimentos, mais práticos e baratos, no entanto, traz diversos riscos à saúde, além de fornecer uma nutrição insuficiente. Na hora de fazer as suas compras, é fundamental optar por produtos in natura e ficar atento à lista de ingredientes daqueles que adquirir.
Quais tipos de alimentos você costuma consumir? Conte para nós nos comentários!
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
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