Saiba quando e como realizar o acompanhamento da prótese de silicone
A mamoplastia de aumento ainda é uma das cirurgias plásticas mais realizadas pelas brasileiras, o que demanda informações sobre a revisão de implante de mama.
Muitas mulheres receiam que na revisão da prótese seja necessário realizar uma nova cirurgia plástica, no entanto, essa indicação nem sempre ocorre.
Saiba mais sobre a revisão e a manutenção da prótese de silicone a seguir e em quais situações a substituição do implante é realmente necessária.
Em geral, muitas pacientes que se submeteram à mamoplastia de aumento acreditam que a prótese deva ser substituída a cada 10 anos devido à validade do implante.
Esse período era recomendado considerando as próteses mais antigas, produzidas antes de 2005, que tinham uma superfície lisa e eram confeccionadas com gel coesivo.
Próteses feitas após essa data, em geral, são mais seguras, apresentando menores riscos de contratura capsular.
A paciente deve buscar um auxílio médico antes dos 10 anos de cirurgia caso identifique alguma alteração nos seios que possa indicar rejeição ou alteração do implante de mama, como:
A contratura capsular é o problema mais comum associado à prótese mamária. Ele é mais frequente nos primeiros anos após a cirurgia, mas pode ocorrer posteriormente.
Trata-se de uma reação do organismo que cria uma cápsula para isolar o material sintético identificado pelas células, criando uma membrana fibrosa em torno do implante.
Em alguns casos, essa ocorrência gera o enrijecimento dos seios, a alteração no formato ou dores e desconfortos, demandando auxílio médico especializado.
Caso a contratura capsular seja identificada e cause danos à aparência ou saúde da paciente é possível removê-la em um procedimento cirúrgico específico ou fazer a substituição da prótese com uma nova mamoplastia.
Tornou-se mais comum também a realização do explante – remoção da prótese de silicone – devido questões de saúde.
A Food and Drug Administration (FDA), dos EUA, identificou casos de linfoma de células anaplásicas na cápsula da prótese, um tipo raro de linfoma não-Hodgkin – câncer do sistema imunológico.
Quando diagnosticado precocemente o tratamento indicado é a remoção da cápsula e do implante.
A FDA também relacionou casos da Síndrome Autoimune Induzida por Adjuvantes (ASIA) com a presença da prótese mamária. Ela se manifesta em pessoas com predisposição genética a doenças autoimunes.
Apesar dessas ocorrências, a revisão de implante de mama deve ser conversada com um cirurgião plástico de confiança. Não há necessidade de remoção preventiva da prótese caso haja um acompanhamento médico adequado.
Os desconfortos relacionados aos seios, como vermelhidão, sensibilidade, dor e outros são indicativos de que pode haver algum problema com a prótese e é necessária uma avaliação clínica.
No entanto, além disso, o ginecologista ou cirurgião plástico pode solicitar exames periódicos para avaliar a integridade da prótese e saúde mamária. Entre eles estão:
Esses cuidados na revisão de implante de mama garantem um monitoramento adequado da integridade da prótese.
Caso a paciente não sinta nenhum sintoma relacionado ao implante e os exames estejam normais, a substituição da prótese ou explante só ocorrerá se houver motivações estéticas ou pessoais, como:
Portanto, as próteses atuais são mais seguras, de forma que a revisão de implante de mama pode ser feita com intervalos maiores.
Os cuidados com a manutenção incluem principalmente a realização de exames periódicos e também a observação de alterações que justifiquem uma avaliação mais detalhada do médico.
Já a substituição do implante, atualmente, só é realizada se a paciente deseja alterar o tamanho da prótese, se for identificada alguma anormalidade ou se a prótese for muito antiga.
Caso tenha dúvidas sobre questões como a revisão, manutenção, substituição ou explante da prótese de silicone, busque auxílio especializado de um cirurgião plástico.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Assine e receba dicas, novidades, materiais e muito mais.