Mais do que um procedimento estético, a remoção de pintas é o tratamento padrão-ouro para o câncer de pele. Entenda como o cirurgião plástico contribui nesse processo
As pintas podem ser marquinhas muito charmosas, mas também podem corresponder a lesões graves que podem se tornar um câncer de pele. Por isso, a retirada de pinta é um procedimento que engloba estética, prevenção e tratamento.
Quando já nascemos com uma pinta ou a temos há muitos anos, é muito provável que ela seja um sinal benigno – embora somente a avaliação de um dermatologista ou oncologista possa assegurar esse fato. Nesse caso, não é preciso removê-la.
Porém, no caso de pintas com características de malignidade, que fazem suspeitar de um câncer de pele, a cirurgia de remoção costuma ser indicada.
A excisão é a técnica cirúrgica utilizada para remover totalmente uma lesão da pele, seja ela benigna ou maligna, por meio de uma incisão ao redor da pinta feita com um bisturi.
Para lesões malignas, remove-se também um pedaço de pele saudável ao seu redor, a chamada margem de segurança. Depois do procedimento, esses tecidos passam por uma análise de microscópio para que se verifique se todas as células cancerosas foram removidas.
No caso de sinais benignos, que seriam removidos por questões estéticas, é essencial conversar com o cirurgião para entender se realmente vale a pena fazer a cirurgia de retirada de pinta, pois a excisão deixa uma cicatriz.
A excisão de pintas pequenas e de fácil acesso pode ser feita de forma ambulatorial, com o uso de anestesia local. Já para o caso de lesões maiores e mais profundas, pode ser necessário utilizar anestesia geral, de forma que a cirurgia deverá ser feita em ambiente hospitalar.
O tipo de anestesia também pode variar conforme o tipo de lesão, pois a margem de segurança de pele saudável removida aumenta de acordo com a gravidade da pinta.
Assim, para carcinomas, que são tumores menos agressivos, a margem de segurança costuma ser de cerca de 1 cm. Já para o melanoma, que é o câncer de pele mais agressivo, essa margem é de cerca de 2 cm.
Com a pele já anestesiada, o cirurgião faz uma incisão ao redor da pinta, já incluindo a margem de segurança de tecido saudável, e esse material seguirá para a biópsia.
Veja mais detalhes – Câncer de pele: confira como prevenir esse mal silencioso.
Quando a lesão é pequena, a ferida operatória pode se fechar sozinha, sem a necessidade de pontos. Este processo é conhecido como “cicatrização por segunda intenção” e costuma ser rápido, deixando uma cicatriz de boa qualidade estética.
Para incisões que necessitam de sutura, os pontos costumam ser removidos de 7 a 15 dias depois. Além disso, conforme o tamanho da lesão e sua localização, pode ser preciso fazer o retalho cutâneo, que consiste em puxar a pele das margens para fechar a ferida cirúrgica.
Já nos casos de incisões maiores, quando não é possível usar essa técnica, pode ser necessário fazer um enxerto com pele retirada de outra região do corpo para fechar a ferida operatória.
Por se tratar de uma grande remoção de tecido, esse é um dos casos em que a presença do cirurgião plástico é ainda mais importante. Isso também acontece para tumores em regiões mais expostas, como face, mãos e membros.
No caso dos melanomas, é bastante frequente a aplicação de técnicas de cirurgia plástica para a obtenção de um bom resultado estético após a retirada de pinta, além do restabelecimento do comportamento normal da região manipulada.
Não deixe de ver – 05 dicas para evitar o câncer de pele.
Embora a retirada de pinta esteja relacionada à prevenção e ao tratamento de uma doença muito séria, ter uma cicatriz de boa qualidade também é um fator essencial na recuperação do paciente.
Por isso, é necessário seguir alguns cuidados em relação à limpeza da ferida, seguindo as orientações do cirurgião sobre a higiene do local para evitar infecções. Pode ser indicado também o uso de antibióticos tópicos.
Depois da retirada dos pontos, o médico poderá recomendar o uso de produtos cicatrizantes para estimular e acelerar a regeneração dos tecidos.
Em todas as etapas da cicatrização, é fundamental proteger a região do sol. Para isso, evite a exposição e sempre faço uso do protetor solar conforme a orientação do cirurgião.o
Para lesões cutâneas malignas maiores e mal delimitadas, a retirada pode ser feita pela cirurgia micrográfica de Mohs. Nesse caso, o cirurgião remove o tumor e um pedaço da pele ao seu redor com auxílio de uma cureta, levando esses tecidos para análise microscópica.
Em seguida, o procedimento de curetagem é repetido até que não sejam mais observadas células cancerosas no exame.
Essa técnica é indicada especialmente para tumores localizados em locais mais sensíveis esteticamente, como a face, de forma a preservar a maior quantidade de tecido sadio possível – evitando cicatrizes de grandes proporções ou uma desfiguração do paciente.
Enquanto os melanomas costumam ser removidos pela cirurgia de excisão ou pela cirurgia micrográfica de Mohs, cânceres de pele menos agressivos (carcinomas) geralmente podem ser tratados por procedimentos mais simples. Conheça os principais:
Vale lembrar que a escolha do melhor tratamento é uma decisão conjunta da equipe médica, podendo associar a cirurgia com outras técnicas como quimioterapia e radioterapia.
Além do uso contínuo do protetor solar, a prevenção do câncer de pele inclui avaliações periódicas de pintas e manchas pelo médico.
Por isso, não deixe de agendar sua consulta com a Dra. Luciana Pepino para manter sua saúde em dia e aproveite para conhecer os demais procedimentos estéticos e opções de cirurgia plástica que a clínica oferece!
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Assine e receba dicas, novidades, materiais e muito mais.