Conheça mais sobre como se forma o queloide e quais são os tratamentos disponíveis para você se livrar dessa complicação
Uma das preocupações de quem vai fazer uma cirurgia é sempre sobre a aparência das cicatrizes, principalmente quando falamos em uma plástica. Afinal, ficar com uma cicatriz inestética não está nos planos de ninguém.
Porém, toda cirurgia está sujeita a algumas complicações, e o queloide é uma delas. Essa cicatriz que cresce demais e adquire uma aparência não muito agradável não representa um grande problema de saúde, mas ela pode causar muito incômodo.
O desconforto é ainda maior quando a cicatriz está em uma região muito exposta do corpo e pode ser motivo de muita decepção depois de uma plástica. Afinal, fazemos essas cirurgias para nos sentirmos mais bonitas, e o queloide prejudica o resultado final.
Se esse é o seu caso, saiba que existem tratamentos bastante eficientes para eliminar essa cicatriz inestética.
O queloide é a cicatriz que se forma quando nosso organismo segue um processo de cicatrização muito exagerado. Com isso, a cicatriz pode ultrapassar as bordas da incisão cirúrgica ou do machucado (como um corte, queimadura ou inflamação).
Com isso, a cicatriz fica com uma aparência bastante inestética, com um resultado imperfeito. Além disso, a cicatriz queloide não para de crescer, ficando ainda maior com o passar do tempo.
Esse tipo de cicatriz tem uma textura diferente da pele normal do paciente, sendo mais dura e mais inchada e apresentando uma coloração avermelhada. Ela também pode causar dores e prurido em alguns casos.
Qualquer região do corpo está sujeita ao surgimento de um queloide, embora seja mais comum no tronco superior, peito, ombros e lóbulo da orelha. Ela aparece com menos frequência em áreas como mãos, pés e axilas.
Isso acontece devido às diferentes características de cada região, como a presença de glândulas e pelos, a concentração de colágeno, a espessura da pele e a quantidade de pigmento.
Pessoas com origem ética negra e asiática têm 5 e 15 vezes, respectivamente, mais chances de desenvolver uma queloide do que pacientes de origem caucasiana.
É importante diferenciar o queloide do estágio inicial de uma cicatriz normal. A partir do segundo mês de uma cirurgia, a cicatriz vai adquirir uma coloração mais avermelhada e ficará mais espessa, mas isso é parte de sua evolução normal.
Depois de cerca de seis meses, essa cicatriz vai começar a regredir, ficando mais clara e mais fina. O queloide, por sua vez, não regride, sempre crescendo cada vez mais.
Não. O surgimento do queloide não está associado às habilidades do médico. Por isso, ele não pode evitar com toda a certeza que a sua pele desenvolva esse tipo de cicatriz.
O que está ao alcance do médico é avaliar algumas tendências para o surgimento do queloide, como o seu histórico familiar. A partir disso, é possível tomar alguns cuidados para evitar o surgimento dessa complicação.
Um exemplo de medida para evitar o surgimento de queloide é o uso de curativos compressivos. Esses curativos são empregados nas primeiras horas depois da incisão e exercem uma pressão no local a ser cicatrizado.
Outro cuidado que pode ser empregado são as placas de silicone, indicadas para pacientes que já têm tendência à formação do queloide. Essas placas são utilizadas de 12 a 16 horas por dia durante 4 a 6 meses.
Não é nada agradável perceber que uma cicatriz está virando um queloide. Porém, é preciso saber que existem várias técnicas de tratamento para queloide, que têm seu efeito potencializado quando são utilizadas em conjunto.
Quando pensamos em como tirar queloide, a escolha da melhor técnica vai depender do caso de cada paciente.
O tratamento mais indicado pode variar conforme o estágio em que o queloide está, a região do corpo onde ele apareceu e a tendência individual do paciente a apresentar esse problema.
Confira agora algumas das técnicas mais conhecidas quando o assunto é como tratar queloide e obter uma cicatriz mais estética e agradável ao paciente:
Produtos tópicos e massagens: são cremes e pomadas que são aplicados na região do queloide, juntamente com uma massagem. Seu objetivo é melhorar a textura da pele, reduzir o tamanho da cicatriz, uniformizar a coloração e aliviar a dor e o prurido;
Aplicação de corticoides: consiste na injeção dessas substâncias direto na cicatriz. Esse é um tratamento mais eficiente quando o relevo já está formado, pois os produtos tópicos podem não dar muito resultado nesse caso;
Criocirurgia: consiste em uma cirurgia para congelar os tecidos, o que resulta em sua destruição. Essa técnica se utiliza de jatos direcionados de nitrogênio líquido para obter as baixíssimas temperaturas;
Cirurgia de reparo da cicatriz: é uma cirurgia realizada para remover a cicatriz anterior, fazendo uma nova cicatriz com pontos internos. Ela é associada a outros procedimentos, como a radioterapia, para evitar que se forme um novo queloide;
Radioterapia (betaterapia): trata-se de uma técnica utilizada depois da remoção de um queloide. Aplica-se radioterapia superficial de modo a atingir somente a pele, como objetivo de evitar que um novo queloide se forme.
Ao se programar para realizar uma cirurgia, é importante esclarecer todas as dúvidas com o médico, incluindo aquelas sobre a evolução da cicatriz. Nas cirurgias plásticas, uma cicatriz discreta e com uma aparência estética faz parte do resultado final.
Se você já está com um queloide desenvolvido, um cirurgião plástico de confiança poderá indicar as melhores medidas a serem tomadas para corrigir o problema e deixar você mais satisfeita com a cicatriz.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
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Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
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