Colocação de prótese pós-mastectomia ajuda na autoestima de pacientes e melhora do tratamento oncológico
O câncer de mama é o segundo tipo mais comum da doença entre as brasileiras, com uma estimativa de 60 mil novos casos anuais pelo INCA. A colocação de prótese pós-mastectomia pode ajudar no tratamento e bem-estar da paciente.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer são quase 17 mil óbitos anuais em decorrência do câncer de mama. Campanhas como a do Outubro Rosa visam aumentar a conscientização das mulheres sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce, garantindo assim um tratamento mais eficaz para essa luta.
Mas além do tratamento contra a doença, há uma preocupação constante com proporcionar bem-estar entre as pacientes.
A seguir saiba quais as indicações da mastectomia e também da reconstrução mamária.
A mastectomia é o procedimento que consiste na remoção completa de uma ou das duas mamas, sendo indicada para casos mais avançados da doença, quando a paciente não pode realizar o tratamento quimioterápico ou radioterápico, entre outras situações.
Um fato desconhecido de muitas pacientes é que a mastectomia pode ser de diferentes tipos, de acordo com o quadro e a realização ou não da reconstrução mamária. Entre os tipos estão:
Destaca-se que a colocação de prótese pós-mastectomia com reconstrução da mama é prevista por lei quando o procedimento é realizado no Sistema Único de Saúde. No entanto, em 2017 apenas 22% das pacientes que realizaram a mastectomia no SUS conseguiram fazer a reconstrução.
A mastectomia, mesmo a simples, é um procedimento invasivo e que pode causar sequelas emocionais nas pacientes, além das mudanças físicas.
Devido ao trauma de se ver sem uma ou ambas as mamas, a indicação é que a colocação de prótese pós-mastectomia seja realizada simultaneamente ao procedimento de remoção do tecido mamário.
Nesses casos, a técnica é chamada de reconstrução imediata e a conservação da estética nessas mulheres promove uma maior autoestima e bem-estar entre as pacientes, o que se reflete nas chances de sucesso do tratamento oncológico.
Apesar de raros, existem os casos nos quais a colocação da prótese pós-mastectomia não pode ser feita imediatamente. Ainda assim, é possível fazer a reconstrução tardia, com uma nova cirurgia para colocação da prótese.
Uma pesquisa realizada pela University of Toronto, no Canadá, em conjunto com o Memorial Sloan Kettering Cancer Center, nos Estados Unidos, e publicada no periódico especializado Cancer avaliou os efeitos da reconstrução mamária em 51 pacientes.
Entre as conclusões da análise, destacam-se significativos benefícios em diferentes aspectos da vida, como psicológico, social e sexual apenas três semanas após a cirurgia.
A mama tem uma simbologia muito relevante às mulheres, de forma que a extração devido ao câncer de mama pode acarretar prejuízos físicos e psicológicos à paciente.
A reconstrução mamária e reabilitação estética para uma aparência pré-câncer é significativa para recuperação da autoestima, bem-estar e reestabelecimento do convívio social, acarretando melhoras no próprio tratamento do câncer.
Destaca-se ainda que a além da colocação da prótese de mama pós-mastectomia, o cirurgião plástico deve avaliar alternativas para reconstrução da aréola e mamilo.
Nos casos nos quais a mastectomia não consegue preservar o mamilo, a reconstrução pode ser feita por enxerto de outra parte do corpo, como cartilagem da orelha ou parte interna da coxa, ou micropigmentação.
Assim, é utilizada uma espécie de maquiagem permanente para proporcionar a estética anterior à mastectomia considerando o tom de pigmentação da paciente.
A conduta recomendada para reconstrução da aréola e mamilo depende da avaliação do cirurgião plástico quanto às condições da pele e do caso específico.
Assim, mesmo a mastectomia podendo apresentar um trauma estético à paciente, tratamentos já consolidados visam amenizar esse quadro, reduzindo os danos físicos e psicológicos às pacientes.
A colocação da prótese pós-mastectomia e reconstrução da aréola e mamilo devem ser realizados por um cirurgião plástico de confiança e considerando as particularidades estéticas e do próprio tratamento oncológico.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
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