Saiba se é mito ou verdade que a prótese de silicone pode causar câncer de mama e outras dúvidas sobre a mamoplastia
A mamoplastia de aumento é uma das cirurgias plásticas mais realizadas no Brasil. Ainda assim, muitas pacientes têm receio quanto aos mitos difundidos sobre o tema, incluindo que a prótese de silicone pode causar câncer de mama.
Esclarecer esse e outros mitos em relação à prótese de silicone e à mamoplastia é essencial para que as pacientes tenham informações confiáveis e verídicas no momento de decidir quanto à realização da cirurgia plástica.
Os mitos em relação à prótese de silicone causam desinformação, comprometendo o poder de decisão das pacientes que ficam confusas sobre o que é verdadeiro ou não.
Pensando nessas dúvidas polêmicas apresentamos a seguir informações completas sobre a mamoplastia de aumento.
Uma das principais dúvidas e inseguranças das mulheres é se a prótese de silicone pode causar câncer de mama, mas já esclarecemos que se trata de um mito.
Essa inverdade circula já há muitos anos, mas foi refutada por estudos multicêntricos realizados nos Estados Unidos e na Europa que não identificaram relação entre a colocação de prótese mamária e maior propensão a ter câncer de mama.
Outra questão importante é que a prótese de silicone não interfere na realização da mamografia, principal exame de imagem para diagnóstico precoce do câncer de mama, sendo indicado apenas avisar o radiologista quanto à presença da prótese.
Apesar de ser um mito que a prótese de silicone causa câncer de mama, destacamos que ela é associada ao linfoma anaplásico de grandes células (ALCL), um tipo raro de câncer originado a partir de próteses de silicone.
É um caso raríssimo, sendo que até 2015 haviam apenas 70 casos relatados em todo o mundo, no entanto, pode levar à necessidade de um explante mamário.
Sim, é verdade que é possível amamentar após a colocação de implante mamário, pois o silicone é inserido debaixo da mama ou do músculo torácico, preservando a glândula mamária, os ductos lactíferos e o bico do peito, que estruturam a amamentação.
No entanto, alguns fatores devem ser observados, pois o local da prótese pode ser diferente, de forma que é necessário conversar com o cirurgião plástico responsável e avisá-lo quando ao desejo ou possibilidade de engravidar e amamentar.
Outro aspecto a ser considerado é o tipo de incisão mamária usada na cirurgia. A incisão periareolar é realizada na parte inferior da aréola, onde há a transição entre o tecido areolar e a pele.
Esse tipo de incisão é indicado quando a paciente almeja reduzir a aréola durante a mamoplastia de aumento, mas um aspecto negativo da técnica é que ela pode levar à lesão de parte da glândula mamária e dos ductos lactíferos, o que comprometeria uma futura amamentação.
Uma dúvida mais difícil de esclarecer é quanto à flacidez dos seios após a gestação. De fato, durante a gravidez os seios aumentam de tamanho devido ao desenvolvimento do tecido glandular produtor de leite.
Portanto, não é a amamentação em si que causa a flacidez, mas a própria gestação nesse processo de aumento dos tecidos que causa também o estiramento da pele.
A formação da flacidez após a gestação em mulheres com silicone vai depender de alguns fatores, especialmente genéticos, pois as pessoas com maior tendência à flacidez possivelmente vão desenvolver o problema de forma mais acentuada.
Nesses casos, a recomendação pode ser tanto uma mastopexia para remoção da pele sobressalente que causa a flacidez como também a substituição da prótese de silicone. As duas opções só são possíveis após o fim da amamentação e a partir da avaliação de um especialista.
Trata-se de um mito de que as mulheres com prótese de silicone não poderão dormir de bruços.
O que ocorre é que na fase de recuperação da cirurgia plástica por cerca de três meses, essa posição é contraindicada por comprometer a cicatrização e posicionamento da prótese.
Após esse período, no entanto, nada indica que haverá problemas se a mulher dormir de bruços, pois ela poderá manter a rotina e hábitos normais sem que o silicone interfira nesses aspectos.
Infelizmente, trata-se de uma informação verdadeira o risco de a prótese de silicone estourar, no entanto, as chances são mínimas.
De acordo com pesquisas e o monitoramento de pacientes com prótese identificou-se que as chances de a prótese romper ficam entre 3 e 5% em 15 anos.
As próteses mais modernas são mais resistentes e com um gel espesso, impedindo o extravasamento do conteúdo.
Além disso, o rompimento da prótese é mais comum em casos adversos, como se a mulher sofrer um trauma físico na região, como em um acidente de carro, queda e situações semelhantes.
Portanto, existem diversos mitos em relação ao tema, sendo que um dos mais difundidos e preocupantes é que a prótese de silicone pode causar câncer de mama.
Como a saúde e a estética são áreas complexas, que dependem de questões e tendências pessoais, é sempre importante esclarecer as dúvidas com um cirurgião plástico de confiança e especializado, evitando mitos e buscando informações confiáveis e verídicas.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
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