A cola cirúrgica pode parecer uma novidade muito interessante, mas na prática ela não é assim tão vantajosa. Descubra por quê!
Quem vai fazer uma cirurgia plástica sempre se preocupa sobre a aparência das cicatrizes. Afinal, ninguém quer corrigir um problema estético e criar outro problema no lugar, como uma cicatriz de má qualidade ou que revele a cirurgia a quilômetros de distância.
Por isso, as técnicas de fechamento das incisões são sempre alvo de pesquisa dos especialistas e de interesse dos cirurgiões e pacientes. Uma das novidades para a união dos tecidos é a cola cirúrgica, que parece ser uma tendência.
Apesar disso, a Dra. Luciana Pepino prefere não utilizar essa técnica, dando preferência aos fios de sutura. Quer saber o motivo? Já podemos adiantar que os resultados são muito melhores, mas você vai encontrar uma explicação mais detalhada a seguir.
As cirurgias plásticas, assim como outros tipos de cirurgia, dependem que o médico faça algumas incisões (cortes) na pele do paciente, de forma a poder trabalhar nos tecidos ou órgãos internos.
Todo cirurgião experiente e qualificado se preocupa em como essas incisões vão ficar depois de cicatrizadas, de forma a proporcionar os melhores resultados para o paciente. Porém, no caso das cirurgias plásticas, isso é ainda mais importante.
Não podemos simplesmente deixar os tecidos seccionados cicatrizarem sozinhos por um motivo bem claro: a incisão é como uma ferida aberta, por onde as bactérias e outros microrganismos causadores de doenças podem entrar em nosso corpo.
Além disso, se uma incisão cirúrgica for deixada cicatrizar por si só, sem que haja o posicionamento das bordas da pele, a união dos tecidos pode resultar em uma cicatriz de má qualidade, com aspecto “repuxado” e grosseiro.
Dessa forma, seja com a cola cirúrgica ou não, é preciso recorrer a técnicas que “ajudem” a incisão a se fechar, tanto para garantir a segurança do paciente quanto a boa aparência da cicatriz.
Apresentada como uma opção mais simples do que os tradicionais fios de sutura (os pontos), a cola cirúrgica é um líquido adesivo que pode ser usado na pele com o objetivo de unir as bordas do tecido que foi seccionado em uma cirurgia.
Ao ser aplicada, esse líquido adquire uma consistência mais viscosa, formando uma barreira que impede a entrada dos microrganismos e, ao mesmo tempo, faz o posicionamento dos tecidos que devem se unir novamente.
Essa cola é composta por um polímero chamado cianoacrilato, que você já conhece por ser o mesmo material da Super Bonder e outros produtos conhecidos como supercolas. Porém, para não ficar tão rígido na pele, o cianoacrilato recebe um tratamento químico.
Pode ser um pouco assustador pensar que o mesmo material de uma supercola será aplicado na sua pele. Porém, é preciso dizer que esse polímero é sim seguro para o uso cirúrgico – e o fato de a Dra. Luciana não utilizá-lo tem a ver com outros motivos.
Assim como o cirurgião precisa fazer incisões nas camadas mais superficiais da pele, as cirurgias também podem requerer incisões em tecidos localizados mais profundamente. E como você pode imaginar, esses tecidos também precisam cicatrizar.
Para isso, existe uma técnica chamada fechamento por camadas, que consiste em suturar os tecidos desde os níveis mais profundos até chegar à pele. Dessa forma, as junções internas ficam mais firmes, proporcionando uma cicatrização completa de dentro para fora.
E para posicionar os tecidos internos de forma a promover uma boa união entre eles, não é possível usar a cola cirúrgica, mas sim o fio de sutura.
Ou seja, para que haja uma cicatrização de qualidade, toda cirurgia plástica que envolva incisões em camadas mais profundas vai precisar de pontos feitos com os fios, pois a cola não é capaz de substituir totalmente a técnica mais tradicional.
Se pensarmos em cirurgias com pontos que são dados dentro da pele e não são visíveis externamente (chamados pontos intradérmicos), é possível usar um fio absorvível, o que elimina a necessidade de retirar os pontos – algo que a cola não permite.
No passado (estamos falando de muitas décadas atrás), havia uma preocupação menor com a qualidade da cicatriz, por isso os pontos eram feitos de uma forma mais grosseira. Nesse caso, os resultados da cola cirúrgica realmente são bem melhores.
Porém, hoje em dia a estética da cicatriz faz parte dos procedimentos cirúrgicos, por isso as técnicas de sutura evoluíram muito. Hoje em dia, os pontos são dados com linhas muito finas, de forma a se obter a aparência mais discreta possível.
Esse é o caso da Dra. Luciana Pepino: além de fazer pontos internos bem próximos uns aos outros, de forma a deixá-los firmes e bem fechados para permitir o fechamento por camadas, a Dra. Luciana é extremamente cuidadosa com os pontos dados na pele.
Assim, o resultado é uma cicatriz externa de excelente qualidade, que fica gradualmente mais discreta com o passar do tempo, e também uma boa cicatrização interna – pois não adianta fechar apenas a incisão mais superficial, certo?
Dessa forma, a Dra. Luciana não precisa utilizar a cola cirúrgica, já que esse material não é capaz de substituir os fios de sutura e representaria apenas um curativo a mais. Além disso, o que se observa na prática é que a cola causa muito mais reações adversas que os fios.
É importante lembrar que, independente da técnica e do cuidado do cirurgião, toda cicatriz pode apresentar queloide ou ser hipertrófica, pois não é possível prevenir essas complicações totalmente. Porém, existem formas de melhorar o aspecto dessas cicatrizes.
Você já tinha ouvido falar na cola cirúrgica? Ela realmente se tornou bastante popular, mas, como vimos acima, isso não significa que ela seja a melhor opção. Se você já utilizou a cola ou os fios de sutura, conte sua experiência nos comentários!
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
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RQE: 25827
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Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
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