É inegável que, infelizmente, ainda vivemos sob alguns padrões de beleza bastante excludente, que privilegiam apenas algumas determinadas características físicas. Na televisão, nas revistas, nos portais de internet e nas passarelas, costumamos ver apenas um tipo de beleza: mulheres altas, magras e de pele clara.
Apesar disso, às vezes surgem modelos que conseguem quebrar essa barreira do padrão de beleza. Mesmo que a beleza “esperada” seja outra, essas mulheres exuberantes conseguem ultrapassar os estereótipos e fazer sucesso, mostrando que não existe apenas um conjunto de características que faça uma pessoa ser considerada bonita.
As modelos Naomi Campbell e Khoudia Diop são dois exemplos de mulheres maravilhosas que mesmo não correspondendo ao “ideal de beleza” se tornaram referências no mundo todo, cada uma delas em uma época diferente: enquanto o fenômeno Naomi surgiu nos anos 1980, Khoudia tomou conta da internet há alguns meses em 2016. Conheça mais sobre a beleza dessas duas mulheres.
Nascida em Londres em 22 de maio de 1970, Naomi Elena Cambell iniciou sua carreira de manequim aos 15 anos, depois de ser descoberta passeando em um parque por um agente da Elite Model, dos EUA, que ficou encantado com seus traços jamaicanos e chineses. Seu trampolim para a fama foi ter estampado a capa da edição britânica da revista Elle, especializada em moda, em 1986.
Desde então, Naomi Campbell apareceu em mais de 500 capas de revista durante a sua carreira, inclusive rompendo paradigmas ao ser a primeira modelo negra a aparecer na capa das revistas Time, Vogue França e Vogue Rússia. Além disso, em 1987 ela foi a primeira modelo negra britânica a estampar a capa da Vogue Inglaterra, 21 anos depois de a primeira mulher negra ter aparecido na mesma publicação.
Famosa por estrelar campanhas de marcas renomadas e vestir as grifes de maior destaque nas passarelas, Naomi Campbell fez parte das seis supermodelos originais ao lado de Claudia Schiffer, Cindy Crawford, Kate Moss, Linda Evangelista e Christy Turlington – todas brancas, com exceção de Naomi.
Entre as campanhas estampadas por Naomi Campbell, estão marcas como Burberry, Prada, Versace, Chanel, Dolce & Gabbana, Marc Jacobs, Louis Vuitton, Yves Saint Laurent e Valentino. Nas passarelas, a top model representou as grifes Chanel, Azzedine Alaia, Christian Dior and Versace.
Apesar de todo esse inegável sucesso, Naomi contou em sua biografia, lançada este ano. Que sofreu alguns percalços por causa de sua cor. Em 1988, o ser fotografada para a Vogue Itália, o maquiador não tinha uma base adequada para o seu tom de pele. Deixando a modelo bastante chateada. A partir desse episódio, Naomi passou a levar sua própria maquiagem para os eventos.
A modelo também contou que, no começo de sua carreira, deixou de ser escolhida para alguns desfiles por causa do tom de sua pele. “Comecei a carreira cedo e era nova quando entendi o que significa ser negra: você tem que colocar esforço extra. Você tem que ser duas vezes melhor”, escreveu ela.
Naomi Campbell parece ter um apreço especial pelo Brasil: depois de a revista Playboy publicar seis páginas com a modelo em abril de 2000, ela veio ao país diversas vezes. Naomi esteve aqui na São Paulo Fashion Week de 2002. Aproveitando para participar de um ensaio na quadra da Portela.
Seu primeiro desfile por aqui foi neste mesmo ano, sendo este um evento beneficente. Desde então ela tem visitado o Brasil todos os anos. Em diversas ocasiões, inclusive tendo sido entrevistada por Jô Soares três vezes.
Em 2016, há alguns meses, uma modelo tomou conta da internet: trata-se de Khoudia Diop, que nasceu no Senegal, tem apenas 19 anos e se apresenta no Instagram como melaniin.goddess, ou “deusa da melanina”. O sucesso nas redes sociais começou depois que Khoudia estampou uma campanha da “The Coloured Girl”. Que celebra a diversidade dos tons de pele.
Khoudia conta que sempre soube que sua pele tinha um tom um pouco mais escuro do que seus familiares e amigos. Mas foi na Itália que ela percebeu que era realmente única. “Eu estava andando na rua e vi um grande espelho. Eu me vi entre um monte de pessoas de pele clara e pensei: ‘Nossa, a minha pele é maravilhosa’. Então, eu entendi por que as pessoas me paravam na rua e me diziam para ser modelo”, conta Khoudia.
A carreira começou quando ela estava cursando o Ensino Médio em Paris. Quando alguns fotógrafos começam a pedir para tirar fotos dela e perguntavam se ela queria ser modelo. Na época ela ficou em dúvida, pois estava focada em seus estudos. Mas acabou aceitando porque queria poder inspirar outras meninas.
Apesar do enorme sucesso de hoje. Khoudia contou em seu Facebook que nem sempre foi assim. Na adolescência, ela sofria bullying devido à sua cor. Recebendo apelidos ofensivos como “darky” (algo como “escurinha”). “Eu aprendi a me amar mais a cada dia e a não prestar atenção a pessoas negativas, o que me ajudou muito”, disse a modelo.
“Nós precisamos de mais mulheres negras no mundo fashion, ponto final. Eu quero inspirar e empoderar outras jovens mulheres negras. Eu quero que elas saibam que elas podem fazer e ser qualquer coisa que elas sonhem”, declarou a modelo. Certamente, Khoudi tem muito a contribuir para a quebra de alguns padrões restritos de beleza.
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Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
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