Embora as próteses de silicone estejam cada dia mais populares, elas ainda são motivo de muitas dúvidas entre as pacientes. Pensando nisso, preparamos uma lista para esclarecer os principais mitos e verdades que existem em torno deste tema:
Mito. Essa hipótese surgiu há vários anos, mas felizmente não foi confirmada. A prótese de silicone não causa nenhum aumento no risco de câncer de mama nem favorece o retorno da doença em pacientes que fizeram mastectomia seguida de reconstrução.
Verdade. Infelizmente, não é possível levantar os seios apenas com o silicone. Quando colocamos o implante, sua função é aumentar o tamanho das mamas ou reconstruí-las.
A prótese em si não levanta e não impede que os seios caiam novamente.
Por isso, para levantá-los, é preciso fazer uma mastopexia. Esse procedimento pode ser feito em associação com a colocação da prótese de silicone.
Mito. Os equipamos de mamografia mais modernos conseguem superar obstáculos como as próteses de silicone. De toda forma, é possível utilizar filtros de visualização ou mesmo complementar a mamografia com outros exames, como a ultrassonografia e a ressonância.
Mito. A amamentação pode ser realizada normalmente, pois a prótese de silicone é colocada abaixo da glândula mamária ou abaixo do músculo. A única recomendação a respeito da gravidez é que a mulher espere pelo menos três meses depois da cirurgia.
Verdade. O silicone, assim como qualquer outro material, pode sofrer um desgaste natural com o uso. Dessa forma, é necessário fazer a troca da prótese de silicone nos seios de tempos em tempos.
Em geral, os fabricantes recomendam a troca da prótese de silicone a cada 10 anos. Porém, os cirurgiões plásticos têm observado que elas duram mais na prática. Assim, a troca acontece entre 15 a 20 anos.
Mito. Uma prótese de silicone nos seios até pode estourar, mas essa é uma complicação muito rara. Na maior parte dos casos, isso só acontece quando ocorre um acidente que cause um trauma muito grave na região do tórax.
Para que esse evento raro aconteça, é necessário que seja exercida uma pressão maior do que os implantes podem suportar. Isso não vai acontecer em uma cabine de avião, por exemplo.
As próteses mais antigas, que já tenham passado de sua data de validade, estarão mais desgastadas.
Por isso, elas são mais propensas a estourar do que as próteses colocadas há pouco mesmo. Mesmo assim, é necessário um grande impacto na região.
Verdade. Como quase todo procedimento cirúrgico, colocar prótese de silicone também deixa algumas cicatrizes. Dependendo dos objetivos da paciente, o cirurgião vai optar entre três formar de inserir os implantes.
Essas formas são a via axilar, a via periareolar inferior e a via inframamária. As três permitem uma cicatriz de aparência bastante satisfatória, embora elas sejam diferentes entre si.
No caso da via axilar, a incisão é feita na axila (como o próprio nome indica). Assim, a cicatriz fica escondida nessa região.
Infelizmente, essa via é limitada pelo tamanho da prótese de silicone e tem um período de recuperação mais longo, então ela é pouco utilizada.
Já no caso da via periareolar inferior, é no contorno inferior da aréola que se faz a incisão. As desvantagens são que essa via oferece mais risco de causar insensibilidade na mama e também a limitação pelo tamanho da prótese.
A via mais comum é a inframamária, utilizada em 85% dos casos. A incisão é feita logo abaixo das mamas, na dobra denominada sulco inframamário. Ela costuma ter de 3 a 4 centímetros de comprimento.
Essa via não sofre limitações pelo tamanho da prótese e tem um tempo de recuperação mais curto. Além disso, a duração da cirurgia é menor.
Verdade. O processo de cicatrização varia de pessoa para pessoa. E isso inclui a tendência a formar queloides ou cicatrizes hipertróficas, que não dependem das habilidades do cirurgião.
Inclusive, o médico pode usar o mesmo tipo de fio de sutura e a mesma técnica, mas dois pacientes podem apresentar resultados diferentes.
Não é possível prevenir 100% o surgimento dos queloides, por isso é importante conversar com seu médico. Se você já tiver tendência, ele poderá tomar algumas medidas para diminuir o risco dessa complicação.
Atenção: o queloide não deve ser confundido com a cicatriz nos períodos iniciais de cicatrização.
Verdade. No primeiro mês a cicatriz é discreta, mas ela tende a se tornar mais avermelhada e mais grossa a partir do segundo mês depois da cirurgia. A partir de três meses, a cicatriz começa a clarear novamente.
Seis meses depois da cirurgia, a cicatriz tende a voltar a exibir a aparência que ela tinha nos primeiros 30 anos, ficando mais fina e mais clara. Aproximadamente 80% da aparência final da cicatriz pode ser observada entre 6 meses e 1 ano após o procedimento.
Como costuma acontecer nas cirurgias plásticas, o resultado definitivo aparece entre 1 a 2 anos depois do procedimento para colocar prótese de silicone nos seios.
Esta lista é apenas um guia inicial para esclarecer os principais mitos e verdades sobre as próteses de silicone. Sempre leve todos os seus questionamentos ao seu médico cirurgião para que ele possa orientar você da melhor forma.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
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Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
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