Cirurgia de implante mamária está entre as mais realizadas no Brasil e gera muitas dúvidas
A mamoplastia de aumento é um dos procedimentos estéticos mais buscados no Brasil. Ao mesmo tempo a técnica ainda é envolta em diversos mitos que dificultam a clareza na decisão das pacientes que desejam realizar a cirurgia.
De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (ISAPS) as cirurgias plásticas continuam crescendo no Brasil e já são realizados cerca de 11 milhões de procedimentos por ano.
A seguir conheça os principais mitos e verdades sobre a técnica!
Um dos mitos mais famosos sobre a mamoplastia de aumento é que o implante de prótese mamária pode causar câncer de mama no longo prazo, o que não é verdade.
Diversos estudos realizados em pacientes dos Estados Unidos e Europa comprovaram que não há relação entre a colocação de prótese mamária e câncer de mama.
Assim, a mulher deve manter a rotina de exames preventivos, visando um tratamento precoce caso a doença seja identificada, mas sem o receio de fazer parte do grupo de risco devido à prótese.
Outro mito frequente relacionado à prótese de silicone é que ela impede ou atrapalha a amamentação, o que não é verdade.
Não há nenhum estudo que relacione a influência da prótese na inviabilidade do aleitamento materno. Os implantes possuem material resistente, mantendo o silicone isolado.
O implante pode ser colocado atrás da glândula mamária ou do músculo, sendo que em ambos os casos não é afetada a amamentação. A indicação, no entanto, será feita pelo cirurgião plástico de acordo com o desejo e biotipo da paciente.
Apesar de ser verdade, o rompimento ou vazamento da prótese de silicone é extremamente raro e, em geral, está associado a um trauma de alto impacto, como por exemplo acidentes de carro.
Em geral, o rompimento é improvável, pois a prótese é elástica e bastante resistente para suportar diferentes tipos de impacto.
Durante a mamoplastia de aumento podem ocorrer pequenos danos aos nervos, afetando a sensibilidade das mamas.
No entanto, essa ocorrência é, geralmente, temporária. A mulher recupera totalmente a sensibilidade mamária alguns meses após o procedimento.
Quanto maior a prótese de silicone colocada, maior poderá ser o comprometimento da sensibilidade.
De fato, o material com o qual a prótese mamária é feita sofre um desgaste natural sendo necessário trocá-lo após um tempo. No entanto, não é estabelecido um tempo pré-definido de qual o período no qual essa substituição deve acontecer.
A necessidade de trocar a prótese depende da reação do organismo ao material, sendo que a evolução ocorre em tempos diferentes para cada paciente. Entre as situações que podem tornar a substituição necessária estão:
Por essas razões, a recomendação é que a paciente faça exames regularmente para identificar a necessidade de troca da prótese.
Tanto mulheres de mais idade quanto as mais jovens podem colocar a prótese de silicone sem riscos associados à idade.
A mamoplastia pode ser realizada a partir dos 16 anos mediante autorização dos responsáveis. No entanto, nesses casos o procedimento deve ser indicado pelo cirurgião plástico após avaliar a maturidade física e psicológica da paciente.
Outra dúvida comum relacionada a colocação de prótese de silicone, é se ela pode afetar resultados de exames regulares da mulher, como por exemplo a mamografia.
O fato é que não há relação entre uso da prótese e divergências no diagnóstico de patologias por meio da mamografia.
No entanto, antes de iniciar o exame a paciente deve informar o técnico que faz uso de prótese.
Apesar de ser uma condição rara, pode ocorrer de o organismo rejeitar a prótese mamária, sendo essa uma das complicações mais comuns da mamoplastia de aumento, ainda que a ocorrência seja baixa.
Quando ocorre a rejeição, o organismo identifica o corpo estranho e inicia um processo de cicatrização em torno dele que pode comprimir a prótese e causar alterações no formato. Nesse caso, pode ser recomendada a remoção do implante.
Um dos receios comuns de pacientes é sobre a dor e complicações do pós-operatório da mamoplastia de aumento.
A dor resultante da cirurgia, entretanto, pode ser combatida com analgésicos simples prescritos pelo médico. Além disso, o uso de sutiã cirúrgico por dois meses é de extrema importância para minimizar as chances de complicações.
Para reduzir as dores após a cirurgia, recomenda-se que atividades físicas envolvendo os membros superiores sejam evitadas por até dois meses.
Portanto, o esclarecimento dos mitos relacionados ao procedimento mostram que ele é seguro e tem uma recuperação tranquila. O ideal, entretanto, é realizar uma consulta de avaliação com cirurgião plástico de confiança para identificar se a técnica é mais adequada ao caso.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
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