O mês de outubro começou e, com ele, teve início uma das mais importantes campanhas visando a saúde da mulher. Trata-se do Outubro Rosa, que tem como objetivo conscientizar a população sobre o câncer de mama e a importância de se fazer um diagnóstico precoce.
A campanha teve início na década de 1990, nos Estados Unidos, e não tem um criador único, de forma que nenhuma instituição é a “dona” desse movimento. Na verdade, muitas empresas, ONGs e centros de saúde se unem nesta época para promover o Outubro Rosa.
Essas organizações costumam realizar ações como palestras sobre prevenção e tratamento do câncer de mama, incentivando que as mulheres façam o autoexame mensalmente e também a mamografia.
O câncer de mama é uma doença originada pela multiplicação acelerada e sem controle de células anormais localizadas na mama, as quais formam um tumor maligno que pode se espalhar para outras regiões do corpo.
Apesar da origem em comum, os cânceres de mama não são todos iguais. Alguns apresentam crescimento mais acelerado do que outros, enquanto alguns respondem melhor a determinadas formas de tratamento do que os demais.
Depois do câncer de pele, o câncer de mama é o tumor mais comum entre as brasileiras e corresponde a 25% dos novos casos de neoplasia todos os anos. Esse tumor é raro antes dos 35 anos, mas sua incidência cresce rapidamente em mulheres acima dessa idade.
Aliás, vale lembrar que os homens também podem ser acometidos pelo câncer de mama, mas apenas 1% dos casos são diagnosticados em pacientes do sexo masculino.
O câncer de mama não tem uma única causa, mas a principal delas certamente é a idade: cerca de 80% dos casos acontecem em mulheres com mais de 50 anos. A herança genética também aparece como fator de risco, sendo responsável por 5% a 10% dos casos da doença.
Os fatores de risco se dividem em fatores ambientais e comportamentais, fatores reprodutivos e hormonais e fatores genéticos e hereditários.
Entre os fatores de risco ambientes e comportamentais, estão a obesidade e o sobrepeso, o sedentarismo, o consumo de bebidas alcoólicas e a exposição frequente a radiações ionizantes, como os raios-X.
Os fatores de risco reprodutivos e hormonais incluem a primeira menstruação antes dos 12 anos, não ter tido filhos, primeira gravidez após os 30 anos, não ter amamentado, parar de menstruar com mais de 55 anos, pílula anticoncepcional e reposição hormonal prolongada.
Por fim, os fatores genéticos e hereditários incluem histórico familiar de câncer de ovário e câncer de mama antes dos 50 anos, histórico familiar de homens com a doença e alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2 (detectadas por meio de exames).
Ter um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher necessariamente desenvolverá um câncer de mama, mas sim que é preciso ficar mais atenta.
A maioria dos cânceres de mama é identifica pela própria paciente ao se despir, tomar banho ou fazer o autoexame da mama. Nesses casos, elas costumam notar a presença de um nódulo em uma das mamas, geralmente indolor.
Outros sinais são pele da mama avermelhada, retraída ou com aspecto de casca de laranja, alterações nos mamilos, nódulos nas axilas e extravasamento de líquido nas mamas.
Vale lembrar que esses sinais devem ser investigados o mais rápido possível, mas eles não são necessariamente um câncer de mama.
Quando diagnosticado e tratado no estágio inicial, com nódulo menor do que 1 centímetro, o câncer de mama chega a ter 95% de chances de cura. O problema é que esses tumores são muito pequenos para serem detectados pelo autoexame.
Felizmente, é possível detectar esses nódulos iniciais com a mamografia, o principal exame para o diagnóstico precoce dessa doença.
A mamografia é um exame no qual a mama é comprimida entre duas placas de acrílico e submetida a um feixe de raios-X. É verdade que essa compressão pode ser um tanto incômoda para as mulheres, mas ela não causa prejuízos à mama.
O Instituto Nacional do Câncer recomenda que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia a cada dois anos. Contudo, outras organizações recomendam que esse exame seja feito anualmente a partir dos 40 anos.
Para pacientes com histórico de câncer de mama na família, pode ser recomendado iniciar o controle anual já aos 30 anos. Antes dos 25 anos, porém, esse exame não é recomendado, pois a mama ainda é muito sensível à radiação.
É importante destacar que a mamografia pode apresentar resultado falso-positivo, isto é, indicar a presença de um câncer que na verdade não existe. Por isso, ao receber o laudo do exame, não se deve entrar em desespero.
O tratamento de um câncer de mama depende do estágio da doença e pode envolver várias técnicas como medicamentos por via oral, quimioterapia, radioterapia e cirurgia de mastectomia parcial ou total.
No caso de ser necessária uma mastectomia, é importante saber que a mulher poderá fazer uma reconstrução mamária.
O tratamento do câncer de mama é muito individualizado devido à natureza dos tumores, que podem ser muito diferentes entre as pacientes.
Quando diagnosticado precocemente, o tratamento do câncer de mama é menos agressivo e apresenta chances de cura muito altas. Por isso, aproveite o Outubro Rosa e agende aquela mamografia que está atrasada. Cuide-se!
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
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