Implantação de silicone industrial no corpo apresenta diversos riscos à paciente, desde anomalias estéticas até complicações graves de saúde
O silicone industrial é uma substância derivada da mistura de silício com óleos vegetais usado na indústria automotiva, mecânica e construção civil, o que explica as preocupações da implantação de silicone no corpo.
Devido ao tipo de uso, o produto não passa por etapas de purificação, o que o encareceria, e, portanto, contém micro-organismo e bactérias que colocam em perigo as pessoas que tem essa substância implantada no corpo. Entenda melhor a seguir.
O primeiro aspecto relevante é que a implantação de silicone industrial no corpo é crime e, portanto, a pessoa responsável por essa prática é passível de punição que inclui reclusão.
Os usos do silicone industrial na correção de depressões, insatisfações estéticas, irregularidades e aumento do volume, infelizmente, continuam, apesar de casos trágicos serem amplamente divulgados todos os anos.
Por ser uma substância não estéril, ou seja, que não passou por um processo de purificação, o primeiro risco associado à implantação de silicone industrial no corpo refere-se à entrada de bactérias no organismo.
Outro aspecto relevante é que a prótese de silicone usada em cirurgias plásticas, além de outros processos que garantem sua segurança, é sempre encapsulada, enquanto a versão industrial é aplicada em líquido, que se espalha pelo organismo e adere aos músculos.
Essas características fazem com que a implantação de silicone industrial apresente riscos elevados de infecções, rejeição do organismo, deformações, anomalias estéticas e problemas funcionais de mobilidade.
Devido ser líquido, o silicone industrial pode tanto aderir aos tecidos indevidamente como se espalhar pelo organismo após a aplicação ou mesmo anos mais tarde, afetando o sistema linfático e venoso.
Mais um risco associado ao uso dessa substância consiste na necrose dos tecidos que param de ser alimentados pelo sistema vascular e não recebem mais oxigênio ou nutrientes.
A necrose de tecidos, em casos mais graves, pode levar a quadros de infecção generalizada que podem resultar em óbito da paciente.
A implantação de silicone industrial no corpo é ilegal, entretanto, muitas pessoas são atraídas para esses tratamentos sem saber como avaliar que se trata de uma clínica e método clandestinos.
Saber como identificar uma clínica clandestina é fundamental para evitar a exposição a substâncias prejudiciais, como o silicone industrial. Algumas orientações incluem:
Os riscos e graves consequências da implantação de silicone industrial no corpo demandam cuidado elevado das pacientes para não serem vítimas de tratamentos clandestinos que colocam sua saúde e vida em risco.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Assine e receba dicas, novidades, materiais e muito mais.