A fibrose é uma das complicações que podem acontecer depois de uma cirurgia plástica. Saiba como você pode evitar e resolver esse problema
Se você estiver pensando em fazer uma cirurgia plástica e começar a ler sobre o assunto, você vai acabar encontrando algumas complicações inerentes a todos os tipos de procedimento. Uma dessas complicações é a fibrose, que aparece principalmente quando pesquisamos sobre a lipoaspiração ou a lipoasescultura.
As fibroses são cicatrizes constituídas por colágeno que se formam abaixo da nossa pele depois da uma cirurgia plástica. Embora o colágeno realmente seja utilizado pelo nosso organismo para cicatrizar lesões, a fibrose é um tipo de cicatrização indesejável, pois ela causa alguns problemas.
Saiba mais sobre a fibrose e saiba como você pode diminuir as chances dessa complicação ocorrer depois da sua cirurgia plástica.
Quando nossos tecidos sofrem alguma lesão, a reação do nosso organismo é a de promover o reparo da parte danificada por meio da cicatrização. Como você sabe, as cicatrizes apresentam um tecido de coloração e textura diferentes da nossa pele, apresentando menos elasticidade e sendo menos agradável ao toque do que o tecido original.
Da mesma forma que nossa pele cicatriza quando nos machucamos ou quando o médico nos faz uma incisão cirúrgica, nossos tecidos internos que são lesionados durante um procedimento também passam por um processo de cicatrização. A essas cicatrizes internas, damos o nome de fibroses.
Por causa disso, os pequenos orifícios feitos pela cânula de sucção em uma lipoaspiração, por exemplo, vão formar cicatrizes na nossa pele e nos nossos tecidos internos – ou seja, eles darão origem a fibroses. O esperado é que essas fibroses sejam pequenas e estejam em pequena quantidade, de forma a não afetar o resultado estético e funcional de uma cirurgia plástica.
É por isso que, nos primeiros meses depois de uma cirurgia, é comum o paciente sentir que a região que passou pelo procedimento está mais endurecida, como se estivesse repuxando. No processo de recuperação normal, a fibrose vai se tornando mais maleável, e o paciente deixa de sentir essa sensação.
Embora a fibrose seja uma consequência normal quando está em pequena quantidade e se torne menos consistente com o passar do tempo, nem sempre é isso que observamos nos pacientes que estão se recuperando de uma cirurgia plástica.
Algumas vezes, as células que foram lesionadas durante a cirurgia passam por uma reação inflamatória que gera inchaço e equimose (extravasamento de sangue e manchas roxas na pele). Isso faz com que haja uma aceleração da função dos fibroblastos, aumentando muito a produção de colágeno, o que resulta em uma cicatrização exacerbada com irregularidades inestéticas.
Em consequência, nesses casos as fibroses serão maiores e estarão presentes em maior quantidade, e elas podem acabar gerando irregularidades como nódulos, rigidez e desconforto na área do corpo que passou pela cirurgia.
Esse problema geralmente surge cerca de duas semanas depois da cirurgia e pode se agravar nos três primeiros meses. As fibroses começam a ceder a partir de seis meses depois da cirurgia plástica, mas elas não costumam desaparecer completamente.
Embora não seja possível garantir que você não vai apresentar fibrose, existem alguns cuidados para diminuir as chances de complicações resultantes dessas cicatrizes internas.
Esses cuidados começam pela técnica cirúrgica escolhida pelo seu cirurgião plástico, que pode variar de acordo com cada paciente, e se estendem às recomendações que você deverá seguir no período de recuperação. Conheça algumas das orientações médicas mais comuns para evitar a fibrose:
Além de evitar dores e lesões, fazer repouso depois de uma cirurgia também tem como objetivo evitar a formação de fibroses. Isso acontece porque, ao fazer esforço, você sobrecarrega os tecidos que foram danificados na cirurgia, os quais ainda não foram completamente cicatrizados, podendo desencadear mais reações inflamatórias e aumentar as fibroses;
Usar a cinta compressora pós-cirúrgica pode não ser a coisa mais agradável do mundo, mas ela é essencial para ajudar a segurar a pele e os tecidos internos em suas novas posições, o que favorece a cicatrização normal e evita as fibroses;
Se seu médico recomendar, faça sessões de drenagem linfática, pois essa técnica ajuda a eliminar líquidos e toxinas do corpo, reduzindo o inchaço. Em alguns casos, o médico pode recomendar que o paciente inicie as sessões antes mesmo de fazer a cirurgia. Nos primeiros dias depois da operação, a massagem será feita com movimentos bens leves. Depois, se houver a formação de fibrose, será necessário aplicar mais vigor;
Fazer sessões de ultrassom
O ultrassom pode ser associado à drenagem linfática para promover uma reorganização das fibras por meio da agitação das moléculas de água, o que suaviza as fibroses;
Esta técnica é uma massagem profunda feita com auxílio de um aparelho a vácuo que usa a sucção para massagear e alongar os tecidos. A endermologia favorece o processo de remodelação da cicatriz e evita o aparecimento de nódulos.
Outro cuidado que você deve ter é sempre comunicar seu médico o mais rápido possível caso você perceba algum sinal de fibrose, como sensação de repuxamento, surgimento de nódulos ou endurecimento da região operada. Na fase inicial, que vai de 14 a 21 dias depois da cirurgia, a fibrose é mais fácil de tratar.
É importante também levar em consideração a sua tendência genética para a formação de fibrose. Lembre-se de que essa é uma complicação inerente de qualquer cirurgia plástica e não pode ser evitada totalmente.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
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