Busca por explante mamário cresce por saúde ou motivações estéticas. Conheça as recomendações e como é realizado o tratamento
O explante mamário é um procedimento cada vez mais procurado, de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), apresentando busca 49,7% maior entre os anos de 2015 a 2019.
O explante mamário consiste na remoção cirúrgica da prótese de silicone seja por motivações estéticas, de saúde ou de revisão da mamoplastia de aumento. Entenda mais a seguir.
O explante mamário é realizado quando exames de rotina indicam o comprometimento da prótese de silicone usada na mamoplastia de aumento.
Apesar de ser comum afirmar que a troca do silicone deve ser realizada a cada 10 anos, a indicação é que a integridade da prótese seja monitorada anualmente por meio de exames de rotina e o explante, seja realizado, com a remoção ou substituição, caso se identifique alguma anormalidade.
Além disso, o explante tem se tornado mais comum por razões estéticas, uma vez que, atualmente, os movimentos em prol de uma estética natural são mais fortes.
Assim, muitas mulheres que antes se incomodavam com o tamanho dos seios passaram a desejar ter a estética natural de volta, o que é possível com a cirurgia de explante mamário.
Outra motivação que se torna mais comum para que pacientes que passaram pela mamoplastia de aumento busquem o explante são as questões de saúde.
Apesar de não ser uma ocorrência comum, casos de linfoma de células anaplásicas na cápsula da prótese, um tipo raro de linfoma não-Hodgkin, têm motivado o procedimento, especialmente em mulheres com tendência a patologias do sistema imunológico.
A ocorrência, apesar de raríssima, com poucos casos relatados na literatura médica nos últimos 25 anos, torna a busca pelo explante mamário mais comum.
A Síndrome Autoimune Induzida por Adjuvantes (ASIA) também tem motivado a retirada da prótese de silicone em pacientes com predisposição genética às doenças autoimunes.
Muitas mulheres relatam ainda sintomas sistêmicos incluindo fadiga, dores crônicas, queda de cabelo, insônia e outros que poderiam estar associados à prótese.
Apesar disso, a literatura médica ainda não identificou, de forma consistente, que haja relação entre a prótese de silicone e esses sintomas, o que demanda maiores investigações.
Vale destacar que, as mulheres têm autonomia para decidir quanto à remoção da prótese de silicone, independente da motivação individual.
A recomendação é apenas para buscar um cirurgião plástico de confiança para verificar a condição de saúde geral e indicar a abordagem mais apropriada.
O explante mamário é uma cirurgia plástica como outra qualquer e demanda a realização do pré-operatório, incluindo exames médicos e mudanças na rotina, a depender do caso.
Para estar apta a paciente precisa estar em boas condições de saúde, exceto se problemas médicos forem justamente a motivação para realização do procedimento.
A cirurgia de explante é feita com anestesia local com sedação ou anestesia geral. Quando viável, o cirurgião plástico utilizará o mesmo local da cicatriz da mamoplastia para realização da técnica.
Realiza-se então a remoção da prótese de silicone e da cápsula que se forma no seu entorno. Essa membrana é normal, visto que o organismo isola o material desconhecido.
É muito comum que, para melhores resultados estéticos após a remoção da prótese de silicone seja realizada a mastopexia, com remoção do excesso de flacidez para manter as mamas mais firmes, ou a lipoenxertia, com colocação de gordura autógena removida de outra parte do corpo.
Os cuidados pós-operatórios serão informados pela equipe médica antes da alta hospitalar e devem ser seguidos corretamente para prevenir complicações e garantir melhores resultados estéticos.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
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