Talvez você nunca tenha ouvido falar em “depressão trocantérica”, mas você já deve ter visto: trata-se daquele desnível que às vezes se forma na lateral do bumbum, criando uma depressão bastante visível em uma parte do corpo que deveria ser arredondada.
Muitas vezes, o bumbum pode até ser avantajado e projetado para trás, mas as laterais ficam com esse incômodo aspecto “chupado”. Cada mulher tem um formato de corpo, mas algumas se sentem incomodadas com esse sulco que pode surgir nos quadris.
Em geral, esse problema se manifesta em mulheres que pegam pesado nos treinos: enquanto elas observam as coxas aumentando e o bumbum crescendo para trás, isso não acontece tão facilmente com as laterais das nádegas e pior ainda mais com a perda de gordura corporal.
Em um primeiro momento, podemos pensar que a implantação de próteses de silicone nos glúteos poderia resolver esse problema, mas infelizmente não é verdade. Em geral, as próteses não se adaptam muito bem a essa região.
Dessa forma, muitas mulheres recorrer aos preenchimentos para amenizar a depressão trocantérica. Nesses casos, os procedimentos são feitos com duas substâncias: gordura da própria paciente e o PMMA (polimetilmetacrilato). Vamos ver como elas funcionam.
A lipoenxertia consiste em gordura de uma região do corpo como abdômen ou flancos e injetá-la novamente na paciente, desta vez em locais aos que ela deseja dar mais volume. É o mesmo princípio da lipoescultura.
Esse procedimento é feito sob anestesia peridural ou geral. Depois da aspiração da gordura feita com cânulas finas, esse tecido adiposo é tratado (lavado) com soro fisiológico e deixado para decantar, separando assim as células de gordura do sangue.
No caso da depressão trocantérica, essa gordura será então injetada nas laterais do bumbum, de modo a preencher o suco, aumentar o volume e dar um novo contorno ao quadril. Pode ser necessário fazer mais de uma cirurgia dependendo da necessidade de cada paciente.
O pós-operatório da lipoenxertia no bumbum exige repouso de pelo menos 3 dias e uso da cinta compressora com placa contensora (espuma) por 30 dias, o que ajuda os tecidos a cicatrizarem. Recomenda-se dormir de bruços nas primeiras semanas.
Como o material injetado é a gordura da própria paciente, há uma aceitação muito grande por parte do organismo, diminuindo os riscos de rejeição.
Contudo, até 50% da gordura injetada será reabsorvida, diminuindo o volume do bumbum. Isso acontece porque nem sempre há uma boa vascularização no enxerto para integrá-lo ao organismo. Por isso, o resultado final só pode ser avaliado cerca de 3 meses depois da cirurgia. Não deixe de conferir os demais procedimentos estéticos.
Outra técnica que se utiliza para amenizar a depressão trocantérica é a bioplastia, que consiste no preenchimento dos glúteos com o polimetilacrilato (PMMA), um gel composto por micropartículas de acrílico – ou seja, uma espécie de plástico.
Embora algumas clínicas divulguem esse procedimento, é importante destacar desde já que a clínica da Dra. Luciana Pepino NÃO realiza a bioplastia de glúteos por alguns motivos que explicaremos a seguir.
Mesmo que a bioplastia às vezes se apresente como um procedimento mais em conta, os riscos associados a essa técnica quando aplicada a grandes regiões, como os glúteos, não compensam a economia.
O PMMA pode ser utilizado para corrigir sulcos e cicatrizes, para aumentar o volume dos lábios, queixo e maçãs do rosto, para empinar o nariz e para outros tipos de procedimentos que necessitem de um material preenchedor, numa técnica chamada bioplastia.
Embora o PMMA possa ser utilizado para preenchimentos de pequeno porte, ele é totalmente desaconselhado para procedimentos maiores, como o preenchimento da depressão trocantérica. Vamos entender por quê.
A bioplastia é considerada um preenchimento definitivo, pois não há absorção das partículas de acrílico, apenas do gel que as envolve, de forma que elas se espalham pelos tecidos.
Com o passar dos anos e as mudanças no organismo, o PMMA pode mudar de lugar, deixando uma aparência inestética. O problema é que será impossível removê-lo do corpo do paciente, pois suas partículas estão totalmente espalhadas.
Ainda mais graves são os casos em que ocorre uma reação inflamatória ou alérgica ao PMMA, pois o cirurgião não terá como remover o material estranho que causou essa rejeição. Dessa forma, a bioplastia acaba se mostrando uma técnica muito insegura para o paciente.
Além disso, é preciso estar atento ao fato de que existem muitas marcas de PMMA de baixa qualidade, algumas até mesmo proibidas no Brasil pela ANVISA. Dessa forma, jamais se deve utilizar esse produto fora de uma clínica de muita confiança.
Um bom personal trainer pode indicar exercícios para arredondar as laterais do bumbum, de forma a tonificar os músculos e criar um formato de ampulheta no corpo. Em geral, os movimentos envolvem agachamentos com pesinhos.
Porém, é difícil conseguir um bom resultado nessa região apenas com os treinos. Dessa forma, se você continuar insatisfeita com a aparência do seu bumbum, recomenda-se avaliar a possibilidade de fazer uma lipoenxertia nos glúteos.
Lembre-se de que a bioplastia oferece riscos demais à saúde, e pode não valer a pena corrigir a depressão trocantérica. Antes de qualquer procedimento estético, é preciso sempre colocar a sua segurança em primeiro lugar.
Você tem o aspecto da depressão trocantérica? Deixe nos comentários!
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
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Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
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Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
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