É praticamente impossível passar pela infância sem adquirir algumas cicatrizes. Seja pelo joelho ralado ou aquele corte na testa, quase todos nós carregamos algumas marcas assim pelo corpo.
Além dessas cicatrizes, existem também aquelas causadas em acidentes mais sérios, queimaduras, acne ou mesmo resultantes de cirurgias.
Enquanto algumas cicatrizes podem representar boas histórias do passado, outras podem ser bastante desagradáveis para quem as tem. Se esse é o seu caso, saiba que existem várias técnicas para fazer a correção da cicatriz.
Quando sofremos uma lesão na pele, o tecido danificado passa por um processo de reparo. Assim, a área lesionada é substituída por um novo tecido, que depende da formação de novas fibras de colágeno.
A aparência da cicatriz depende de fatores como a tensão da pele, o local do corpo, e a idade e etnia do paciente. É claro que o tipo de lesão também influencia. Por isso, as cicatrizes de uma plástica costumam ser muito mais discretas do que as de um machucado, por exemplo.
Porém, mesmo as cicatrizes de uma cirurgia plástica podem se tornar inestéticas. Afinal, não é possível prever com 100% de certeza o desenvolvimento de uma cicatriz, por mais habilidade que o cirurgião tenha.
Existem quatro tipos de cicatrizes que costumam causar desconforto nos pacientes:
Os queloides podem ser entendidos como cicatrizes que não param de crescer devido ao excesso de colágeno. Elas são mais duras que a pele normal, têm uma coloração avermelhada e podem apresentar prurido. Os queloides ultrapassam as margens da lesão.
A hipertrofia acontece por uma desorganização das fibras de colágeno. Diferente dos queloides, as cicatrizes hipertróficas não ultrapassam as margens da lesão, embora também sejam bastante espessas.
As cicatrizes alargadas são aquelas se parecem com as estrias. Suas características são uma pele fina e mais frouxa, podendo estar em desnível (para baixo) em relação à pele normal. Elas são mais comuns em áreas em que a pele fica mais tensionada.
As cicatrizes dicrômicas que apresentam uma coloração muito diferente do restante da pele. Elas podem ser mais escuras (hipercrômicas) ou mais claras (hipocrômicas). Não devem ser confundidas com cicatrizes ainda não maduras, que são mais escuras naturalmente.
Se você sofre por ter uma cicatriz mais grossa ou mais escura do que você gostaria, é interessante saber que existem opções de tratamento para melhorar esse aspecto.
Abaixo são apresentadas algumas das técnicas mais utilizadas no tratamento e na prevenção da reincidência de cicatrizes problemáticas. Sempre consulte um cirurgião plástico para saber qual procedimento é o mais indicado para o seu caso:
Dependendo do caso do paciente, pode ser indicado usar uma associação dos tratamentos, ou mesmo associar a cirurgia com outra técnica.
Isso acontece principalmente para pacientes com tendência a formar queloide, no intuito de evitar uma nova cicatriz inestética.
A cirurgia para correção da cicatriz consiste em remover completamente a cicatriz inestética e refazê-la com pontos internos. Para isso, o médico fará a secção da pele onde se localiza a antiga marca, construindo uma nova sutura.
Esse procedimento é feito com anestesia local em cicatrizes pequenas. No caso de cicatrizes muito extensas ou pacientes que possam ficar muito desconfortáveis, pode ser utilizada também a sedação venosa em associação.
O pós-operatório não costuma ser muito dolorido. Em geral, o paciente não precisa se afastar do trabalho e suas atividades de rotina, desde que eles não exijam esforço físico. As atividades físicas devem ser retomadas apenas sete dias depois do procedimento.
É importante manter-se longe do sol, principalmente nos primeiros 30 dias, pois ele pode manchar permanentemente a nova cicatriz. É obrigatório o uso de filtro solar.
Embora o procedimento seja bastante seguro, podem ocorrer complicações como em qualquer outro tipo de cirurgias plásticas. Elas incluem sangramentos, reações adversas à anestesia, infecções e até mesmo a formação de uma nova cicatriz inestética.
Apesar disso, o resultado costuma ser bastante satisfatório. A aparência definitiva da nova cicatriz pode ser avaliada cerca de um ano depois da correção, após todos os estágios de desenvolvimento.
Se você tiver dúvidas sobre o que esperar da evolução da sua cicatriz, sempre procure esclarecer todos os pontos com o seu médico de confiança durante a avaliação presencial.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
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Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
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