A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) vem exigindo que todos façam algumas adequações na rotina — por conta da necessidade de distanciamento social —, bem como tenham mais atenção e cuidado com os hábitos de higiene e com a saúde e segurança em geral. Mas como cuidar e entreter as crianças nesse momento, especialmente quando não sabemos com certeza quando terminará o período de distanciamento?
Elas não estão no grupo de risco, mas, mesmo assim, podem ser contaminadas pelo vírus. Com isso, tornam-se ainda vetores da doença, ou seja, podem transmiti-la a quem está em situações mais vulneráveis — como os idosos e as pessoas com problemas crônicos. Sendo assim, tem sido fundamental cancelar as idas ao parquinho, as voltas de bicicleta pelo bairro, as visitas aos amiguinhos e tudo mais nesse sentido. É preciso ficar em casa o máximo possível — e essa é uma recomendação para todos.
Em declaração ao portal de notícias GauchaZH, o médico José Paulo Ferreira, dirigente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, salientou que a prioridade, neste momento, é o foco na saúde mental dos pequenos. “Os pais acham que as crianças não vão aguentar ficar em casa, mas elas são as que estão em melhores condições: não vão ter que pagar contas nem ficar desempregadas”, frisou ele — que acrescentou, entretanto, que elas percebem o ambiente negativo e podem ser afetadas. “É preciso conversar sobre isso, ouvir o que a criança tem a dizer e tentar ser lúdico nesse momento, que é novo para todos”, orientou Ferreira.
Quem também falou sobre o assunto foi a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por meio de um “Nota de Alerta” divulgada no último dia 27 de março, com orientações para auxiliar os pais e responsáveis a lidarem com as crianças e adolescentes durante o período de distanciamento social.
A dicas, baseadas em pesquisas das Neurociências e em publicações científicas recentes, são uma recomendação do Departamento Científico (DC) de Desenvolvimento e Comportamento da SBP. Confira, a seguir!
A Sociedade Brasileira de Pediatria elaborou um documento que orienta como pais e responsáveis podem amenizar os efeitos da quarentena, necessária por conta do surto de COVID-19. A essa altura, provavelmente, já foi estabelecida uma rotina, mas é sempre bom avaliar se tudo está indo bem, por isso conheça ou relembre as informações:
► Falar com as crianças sobre as atividades prioritárias do dia a dia, bem como das necessidades básicas da casa, da divisão de tarefas e obrigações. Eles também precisam organizar os seus horários de trabalho (preferencialmente na modalidade home office), tentando intercalar os períodos para os demais afazeres da casa e das crianças;
► Discutir em família o papel que cada um dos pais possui em fornecer o suporte, para que o estresse não se torne tóxico para as crianças e adolescentes;
► Orientar os filhos a respeito dos cuidados que devem ser tomados para evitar o contágio e disseminação da COVID-19 — como higienizar as mãos com frequência, espirrar com proteção, utilizar os utensílios de proteção e evitar o contato físico. Além de deixar claro que esses cuidado devem se tornar um hábito, mesmo após o fim da pandemia e da necessidade de distanciamento social;
► Usar linguagem simples e adequada para cada idade das crianças na hora de conversar sobre a situação atual, passando as orientações de maneira tranquila para evitar estresse, medo e ansiedade — visto que isso pode comprometer a imunidade e saúde mental dos pequenos;
► Dar abertura para que os filhos expressem seus sentimentos e suas dúvidas em um ambiente acolhedor e de apoio mútuo;
► Planejar a agenda das crianças e adolescentes (juntamente com eles), incentivando-os a organizar horários para manter as atividades de brincadeiras, estudo, leitura, música, atividade física, sono e tempo de tela — claro que respeitando os limites da rotina saudável, além dos intervalos de ócio criativo para que eles mesmo façam reflexões e brincadeiras que irão ajudá-los nesse momento;
► Estar atentos, especialmente durante esse período de distanciamento social, em criar e manter uma dieta saudável em casa para as crianças e adolescente, bem como incentivar a ingestão adequada de líquidos (visto que é importante manter a imunidade de todos em alta);
► Planejar atividades físicas dentro de casa, tanto de manhã quanto de tarde — e, se possível, fazer as atividades em conjunto com os filhos. Estimular a criatividade. Alguns exemplos de exercícios são a criação de circuitos feitos com travesseiros e garrafas plásticas, também pular corda, dançar, praticar artes marciais, dentre outros;
► Estimular atividades no quintal, na varanda ou próximo a locais mais arejados da casa ou apartamento, se existirem;
► Contar com o apoio da tecnologia (jogos online com os amigos, videochamadas e filmes, entre outros). Todavia, estipular horários para o uso saudável das telas, segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria, evitando ultrapassar os limites e evitando o acesso sem supervisão a conteúdos inadequados;
► Estimular videochamadas com os avós das crianças e adolescentes para tranquilizar ambas as partes;
► Inserir os filhos nas tarefas domésticas, de acordo com a capacidade e idade de cada um — ensinar esses afazeres de forma alegre e prazerosa;
► Conversar com as crianças e adolescentes para que os momentos que os adultos precisam trabalhar de forma mais concentrada sejam respeitados. Tentar sincronizar esses momentos com atividades em que as crianças não precisem de tanta supervisão, como um filme, por exemplo;
► Reservar um a dois momentos do dia para se atualizar em relação à situação nacional e mundial, sem expor as crianças a conteúdos inadequados;
► Incluir na agenda pausas durante o dia para que a família possa estar unida de forma alegre e prazerosa — os momentos de fazer refeições são uma boa oportunidade nesse sentido;
► Ser os modelos de comportamento que esperam dos filhos. Ou seja, evitar excesso de tela, manter o lar harmonioso e demonstrar de forma assertiva e genuína como lidar com equilíbrio com a situação atual de pandemia e distanciamento social;
► Deixar claro para as crianças e adolescentes que o momento não é de férias e sim de uma situação emergencial transitória de reorganização do formato em que as atividades cotidianas devem ser cumpridas.
É importante ressaltar a necessidade de cuidados extras com a segurança dos menores. Prova disso é que, desde que teve início o distanciamento social, foi registrado aumento no número de acidentes domésticos – queimaduras e ingestão de produtos de limpeza estão entre os mais comuns.
Como sempre, a prevenir é o melhor caminho a ser seguido. E uma boa forma para isso é conhecendo o guia para prevenção aos acidentes domésticos e os primeiro socorros, do Governo Federal, que envolve cuidados na cozinha, garagem, quarto e demais espaços da residência.
Não esqueça, o distanciamento social é fundamental para que todos possamos passar da melhor forma possível por essa fase difícil de pandemia do novo coronavírus. Então, cuide-se e cuide dos seus filhos.
Fique em casa e mantenha todos em casa o máximo possível. E siga acompanhando o blog da clínica Dra. Luciana Pepino para mais dicas, informações e conteúdos como esse!
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
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