O coletor menstrual é mais seguro, econômico e sustentável que os absorventes, mas muitas mulheres têm receio de utilizá-lo. Esclareça suas dúvidas sobre esse assunto!
Apesar de ser produzido industrialmente desde 1930 nos EUA, foi somente na última década que o coletor menstrual começou a chamar atenção das brasileiras, especialmente devido à divulgação boca a boca feita nas redes sociais.
Por isso, embora grande parte das mulheres já tenha ouvido falar sobre o copinho que coleta o sangue menstrual e pode substituir o absorvente, muita gente ainda tem várias dúvidas sobre o uso, a higiene e a segurança deste produto.
Com isso em mente, nós elaboramos este guia rápido com as principais informações que você precisa saber sobre esse assunto. Confira:
O coletor menstrual é uma espécie de copinho de silicone maleável que deve ser inserido na vagina para coletar o sangue proveniente da menstruação. Embora apresente diversas vantagens em relação aos absorventes, ele ainda é visto com certa desconfiança.
Para muitas mulheres, o fato de ser utilizado dentro da vagina faz com que o coletor seja considerado complicado de usar ou até mesmo perigoso para a saúde ou anti-higiênico. Porém, conforme conhecemos mais sobre ele, descobrimos que isso não é verdade.
O fato de ainda não ter tido relações sexuais com penetração não impede que a mulher utilize o coletor menstrual. Contudo, como o hímen é uma membrana muito delicada, ele pode sim ser rompido se o coletor não for inserido corretamente.
Além disso, o coletor é contraindicado durante o pós-parto e para mulheres que estejam com infecção urinária, vaginite, candidíase ou outras doenças da região íntima em curso.
O copinho se adapta à intensidade do fluxo e, por ficar aderido às paredes vaginais, não ocorrem vazamentos quando ele é inserido corretamente.
Em geral, mulheres com fluxo de leve a médio podem utilizar o coletor por até 12 horas, mas aquelas que têm fluxo intenso podem precisar esvaziá-lo antes disso – é necessário testar nos primeiros usos para descobrir.
De qualquer forma, esse período é bem maior do que o recomendado para a troca de absorventes externos (4 horas) e internos (de 4 a 8 horas), de modo que o coletor é ideal para ocasiões em que a troca pode ser inconveniente, como na praia ou durante uma viagem.
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Embora o coletor tenha um cabinho, você não deve puxá-lo por essa parte, pois isso causará dor. A forma correta de removê-lo é a seguinte: com as mãos limpas, insira o polegar e o indicador na vagina e aperte o fundo do coletor com um movimento de pinça.
Isso permitirá a entrada de ar, eliminando o vácuo. Em seguida, aperte o meio do copo para fazer uma dobra e diminuir seu tamanho, de forma que ele não toque na bexiga ou na uretra quando você puxá-lo e, assim, não cause incômodos.
Assim que retirá-lo do canal vaginal, o sangue deve ser descartado no vaso sanitário e o coletor menstrual deve ser lavado com água e sabão neutro. Seque o copinho e insira-o novamente.
Caso seu período menstrual tenha acabado, o coletor deve ser fervido em água por 5 a 7 minutos e guardado até o próximo ciclo.
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O coletor menstrual é feito de silicone de grau médico e não oferece perigo se estiver limpo e for inserido e retirado corretamente. Como esse material é hipoalergênico, o coletor ainda uma alternativa a mulheres alérgicas aos absorventes.
Além disso, não há registros de casos de síndrome do choque tóxico relacionados ao uso do copo menstrual, diferente do que acontece com os absorventes internos.
Nas primeiras vezes, é normal sentir certa dificuldade para inserir o coletor menstrual na vagina, mas, com um pouco de prática, o processo se torna mais simples. Para isso, a mulher pode ficar sentada com as pernas afastadas ou em pé com uma perna erguida.
O coletor deve ser dobrado como uma das opções da imagem (as dobras em caracol e C costumam ser mais fáceis) e inserido na vagina. Você pode usar um lubrificante para facilitar esse processo. Lá dentro, ele vai se desdobrar e se adaptar ao formato das paredes vaginais.
Não. Desde que a mulher lave as mãos antes de colocar ou retirar o coletor e ele seja lavado entre cada uso e esterilizado entre um ciclo e outro, o copinho não oferece nenhuma ameaça à manutenção da higiene.
Além disso, apesar de o sangue menstrual ainda ser um tabu, trata-se de um sangue limpo e natural. Enquanto o coletor não tiver sido removido, o sangue não terá entrado em contato com as bactérias, de modo que ele não apresenta odores desagradáveis.
Ainda, pelo fato de não ter contato com os microrganismos e a umidade da vulva, diferente do que acontece com o absorvente, o coletor menstrual diminui o risco de infecções. Vale lembrar que a mulher pode fazer suas necessidades fisiológicas sem retirá-lo.
Sim. Embora o custo inicial de um coletor seja bem mais alto do que o custo de uma embalagem de absorventes, ele é reutilizável e tem vida útil de 5 a 10 anos. Assim, ao fim desse período, a mulher terá economizado.
Além disso, o uso do coletor menstrual reduz a quantidade de lixo: estima-se que cada absorvente leva 100 anos para se decompor e que mais de 10 bilhões de unidades são descartadas na natureza todos os anos. Por isso, o coletor é muito mais sustentável.
Você já usa o coletor menstrual? Como foi sua experiência? Tem interesse em conhecê-lo? Compartilhe sua opinião nos comentários!
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
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