O silicone industrial pode parecer uma alternativa mais em conta, mas os riscos associados a ele vão de deformações no contorno corporal até a morte do paciente. Sendo assim, é de suma importância saber como se proteger. Notícias de complicações e fatalidades depois de cirurgias plásticas se multiplicam na televisão e na internet. Em comum, os casos costumam estar relacionados a profissionais sem autorização para atuar nessa área e ao uso de materiais proibidos, como o silicone industrial.
Com a promessa de aumentar o volume de regiões como mamas, glúteos e coxas, o procedimento atrai muitas pessoas pelo fato de esse produto ser facilmente encontrado em supermercados e lojas de material de construção por preços muito acessíveis. Essa aparente vantagem é uma grande ameaça à saúde dos pacientes, pois esse tipo de silicone não deve ser utilizado no corpo humano — uma prática proibida pela Anvisa e que inclusive é considerada crime.
Nesse contexto surge a necessidade de saber qual é a melhor opção e é justamente isso que vamos demonstrar no nosso post. Prossiga com a leitura e saiba mais.
O silicone industrial é um líquido oleoso, composto de uma mistura de silício com óleos vegetais, minerais e outras substâncias. É apropriado para a limpeza de veículos e peças de aeronaves, para realizar a impermeabilização de revestimentos de azulejo e a vedação de vidros — como janelas e boxes de banheiro, entre outras aplicações nas áreas da mecânica e da construção civil.
Sendo assim, como você pode imaginar, ele se trata de um material não estéril, isto é, uma substância que não está livre de bactérias e outros microrganismos, pois suas utilidades não exigem esse tratamento — o que encareceria o produto desnecessariamente.
Além disso, embora o nome seja o mesmo, o silicone industrial é muito diferente do silicone usado em implantes nas cirurgias plásticas para fins estéticos. A começar pelo fato que o silicone estético está sempre encapsulado, ao contrário do industrial que é líquido. Portanto, se espalha pelo corpo, aderindo-se principalmente aos músculos.
O fato de não ser estéril é o primeiro motivo pelo qual esse silicone não pode ser aplicado no corpo humano. Afinal, injetá-lo significa que o organismo receberá uma carga não apenas de silicone industrial, mas também de microrganismos e outras impurezas.
Como resultado, a aplicação desse material em uma pessoa oferece um altíssimo risco de causar irritação, inflamação e infecção, prejudicando tanto os resultados prometidos pelo procedimento quanto a saúde e a segurança do paciente. Além disso, por se tratar de um líquido, ele tende a se espalhar pelo corpo — diferente do silicone apropriado para próteses mamárias e glúteas, que tem a consistência de gel e permanece no mesmo lugar, mesmo em caso de ruptura.
Em função disso, o silicone industrial pode sair do local onde foi injetado desde o momento da aplicação até anos mais tarde. Em consequência, ele pode causar deformações, anomalias estéticas e dificuldades para caminhar — e é praticamente impossível removê-lo do corpo sem dano muito grave aos tecidos circundantes. É importante frisar que essa característica da mobilidade faz com que uma infecção local possa se espalhar pelo corpo todo, levando a uma infecção generalizada com altíssimas chances de causar o óbito do paciente.
Além disso, o silicone industrial tende a aderir aos músculos do corpo, o que é extremamente perigoso porque ele cola na superfície do músculo e para ser retirado é preciso que seja feita uma raspagem da região e parte do tecido pode ser severamente comprometida. As fatalidades também podem ocorrer quando esse silicone obstrui os vasos sanguíneos que chegam e saem dos pulmões, causando uma embolia pulmonar.
Devido a tantos riscos, a aplicação do silicone industrial em pessoas é uma prática ilegal e constitui um crime contra a saúde pública, previsto pelo Código Penal como exercício ilegal da medicina, curandeirismo e lesão corporal.
Por isso, antes de se submeter a um procedimento estético, é essencial verificar se o material que será utilizado tem registro na Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o que indica que ele passou por uma análise rigorosa e foi liberado para o uso em pessoas. Isso pode ser feito diretamente pelo site da Anvisa, que dispõe de uma lista dos produtos devidamente regularizados e certificados para a comercialização no país e a utilização em seres humanos.
O uso desse produto no corpo humano é crime e traz muitas ameaças à saúde e existem outros aspectos que costumam acompanhar esse procedimento estético que também merecem atenção.
Muitas vezes, a pessoa que se propõe a injetar o silicone industrial não é médica e muito menos cirurgião plástico, nem tem nenhum conhecimento técnico comprovado que atenda às exigências legais para realizar procedimentos estéticos e cirurgias.
Além disso, é comum que esses procedimentos sejam feitos em locais sem a estrutura necessária, como clínicas clandestinas com altos índices de contaminação e que não contam com equipamentos e equipe treinada para lidar com emergências.
Consequentemente, as chances de ocorrer uma infecção ou outra complicação são muito grandes, colocando em risco a vida do paciente de diversas formas. Não é incomum que muitas vezes os pacientes que usam silicone industrial terminam por falecer ali mesmo, no local onde o procedimento foi realizado, em razão de complicações e de falta de suporte técnico adequado de médicos formados e certificados.
Embora as notícias sobre as fatalidades em procedimentos e cirurgias estéticas sejam assustadoras, saiba que é possível sim realizá-los de uma forma segura e que atenda a todos os requisitos legais e sanitários, inclusive no que diz respeito aos implantes de silicone. Para isso, listamos algumas medidas que você deve adotar para se resguardar desses riscos. Confira a seguir:
Para ter total segurança acerca do procedimento estético que você vai realizar é fundamental que você procure um profissional devidamente habilitado e certificado, e que seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica — para checar essa informação, basta verificar a lista de médicos registrados no órgão.
Um médico que é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica é um profissional que teve que se especializar durante um período mínimo de 5 anos, sempre atuando em estabelecimentos médicos credenciados pelo órgão. Só esse fator já oferece mais segurança e confere ao profissional mais credibilidade, não é mesmo?
É super recomendado pedir indicações de pessoas que você conheça e que possam dar boas referências do cirurgião ou médico com o qual será realizado o procedimento. Inclusive, essa medida de segurança extra sempre deve ser adotada, especialmente em situações que envolvam a sua saúde e bem-estar.
Todos os procedimentos estéticos, por mais simples que pareçam, devem ser feitos em uma clínica confiável e que tenha uma boa reputação. Dessa maneira, é muito importante seguir algumas dicas essenciais na hora de escolher uma clínica de cirurgia plástica, tais como as que estamos elencando aqui.
“Quando a oferta é demais, o santo desconfia”. Por isso, alertamos para que você redobre sua atenção toda vez que se deparar com promessas de resultados milagrosos, recuperação mais rápida do que o normal e preços muito mais em conta do que a média praticada no mercado.
Sabemos que, de modo geral, toda cirurgia oferece algum risco. Entretanto, quando ela é feita por um médico experiente e certificado, em ambiente hospitalar e utilizando materiais adequados, as chances de complicação são bem reduzidas. Ainda que algum imprevisto aconteça, a equipe médica terá à sua disposição todos os recursos necessários para reverter o quadro e preservar a vida e a saúde do paciente.
Não podemos afirmar o mesmo para os casos em que os pacientes usam silicone industrial e aplicam essa substância inadequada para fins estéticos, com a ajuda de pessoas incapacitadas e sem nenhuma qualificação médica e, em decorrência disso, arriscam sua saúde e sua vida, em nome da vaidade.
Para não correr nenhum risco desnecessariamente, entre em contato com a clínica da Dra. Luciana Pepino para agendar uma avaliação presencial. Não abra mão desse cuidado!
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
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