Nos anos 1980 e 1990, as brasileiras eram famosas mundialmente por ostentar bumbuns avantajados, você se lembra disso? É claro que isso é um estereótipo e que ninguém é obrigada a ter o corpo com essas formas para se sentir bem, mas o fato é que essa era uma característica que fazia sucesso por aqui.
Com o passar dos anos, uma nova tendência surgiu: em vez do bumbum avantajado, passamos a valorizar (ou a valorizar em conjunto) os seios avantajados. Com a popularização dos implantes de próteses de silicone, muitas mulheres optam por aumentar o volume das mamas, valorizando a região.
Porém, isso não significa que todas as mulheres gostariam de ter seios volumosos, nem que todas estão satisfeitas por ostentar um tamanho naturalmente grande para as mamas. Na verdade, mamas muito grandes e desproporcionais à estrutura do corpo podem trazer uma série de problemas para a mulher.
Mamas muito volumosas podem acarretar dores nas costas e nos ombros devido ao peso que elas exercem, com consequente irritação nos locais comprimidos pelas alças dos sutiãs. Além disso, pode haver comprometimento do sono e grandes inconvenientes em atividades como a prática de exercícios físicos, dificultando os movimentos e causando dores no local. Ainda, por geralmente apresentarem flacidez, as mamas volumosas oferecem maior chance do desenvolvimento de infecções cutâneas como a cândida nas dobras localizadas abaixo da mama.
Felizmente, apesar de todos esses inconvenientes, existe uma solução para esse problema: trata-se da mamoplastia de redução, ou mamoplastia redutora.
A cirurgia para redução de mamas permite que elas fiquem com um tamanho mais confortável para a paciente, de forma que não cause dores nem atrapalhe suas atividades. Com o novo formato e uma maior firmeza, as mamas também ficam mais elevadas e com uma aparência mais jovem. Além disso, a cirurgia consegue corrigir a assimetria de mamas desiguais.
As técnicas utilizadas pelo cirurgião plástico dependem do tamanho e da forma das mamas, da quantidade de tecido removido, da tendência de cicatrização da paciente e de uma possível futura necessidade de amamentação – é preciso levar em conta que, muitas vezes, pacientes jovens e sem filhos recorrem à redução de mamas porque estão apresentando problemas posturais.
A cirurgia dura de 2 a 5 horas e a anestesia pode ser local com sedação assistida ou geral. Todo o procedimento deve ser realizado sempre em hospital para a maior segurança da paciente.
As cicatrizes de uma cirurgia de redução de mamas podem ser em formato de T invertido ou em L, dependendo do tamanho e da flacidez da mama. Como em outras cirurgias, a cicatriz apresenta-se bastante discreta durante o primeiro mês de pós-operatório, ficando mais espessa e mais escura conforme se completa o primeiro ano da cirurgia.
Com o tempo, a cicatriz se torna mais clara e menos consistente, atingindo seu resultado definitivo entre um ano e um ano meio após a cirurgia. Cicatrizes hipertróficas, inestéticas e queloides podem ser tratadas no período adequado, a ser determinado pelo cirurgião plástico.
O pós-operatório da cirurgia de redução de mamas não costuma ser muito dolorido, mas recomenda-se evitar esforços e movimentação excessiva dos braços para não machucar a região.
A paciente sairá da cirurgia com curativos que serão retirados após 24 horas e com uma microporagem na cicatriz que será utilizada por mais tempo, ajudando na recuperação. Além disso, será necessário utilizar um sutiã pós-operatório por pelo menos 30 dias.
Geralmente não é necessário utilizar drenos, porém, dependendo do volume reduzido, o cirurgião plástico poderá optar pela sua utilização para evitar hematomas e o acúmulo de sangue e líquidos (conhecido como seroma). Os pontos são dados internamente e são feitos com material absorvível pelo organismo, não sendo necessário retirá-los.
É aconselhável fazer sessões de drenagens linfáticas desde a primeira semana depois da cirurgia, com objetivo de reduzir o inchaço local e remodelar as cicatrizes. Importante: sempre converse com seu médico antes de realizar as sessões.
Entre as recomendações está evitar esforços e atividades físicas principalmente nos 15 primeiros dias, mas também se deve evitar fazer movimentos bruscos com os braços, erguer peso, deitar de lado ou de bruços e elevar os braços acima da linha dos ombros por pelo menos 30 dias. Além disso, a paciente não deve se expor ao sol até a liberação médica.
Lembre-se de que, como em qualquer cirurgia plástica, as mamas ainda não estarão com o formato definitivo, ainda apresentando inchaços, manchas arroxeadas e possíveis assimetrias entre si. É necessário aguardar pelo menos 3 meses para ter uma ideia real de como será o resultado da sua redução de mamas.
O resultado da redução de mamas pode ser preservado depois de uma gestação, mas isso depende do aumento de peso e do volume das mamas da paciente. Aumentos de peso excessivos poderão alterar o formato das mamas operadas. A elasticidade da pele também influencia na preservação das mamas.
A amamentação pode ser prejudicada pela cirurgia, dependendo do grau de redução. Sempre discuta esses fatores com seu médico antes de optar pela mamoplastia redutora.
A redução das mamas é uma técnica de cirurgia plástica que corrige não apenas problemas estéticos, mas também problemas de saúde causados pela desproporção de uma parte do corpo. Sempre procure um cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica para avaliar o seu caso e garantir a sua segurança.
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Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
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