A abdominoplastia tem como objetivo retirar o excesso de gordura localizada e pele do abdome. Além de fechar o espaço enfraquecido entre os músculos abdominais, melhorando a firmeza da região. Assim como qualquer outra cirurgia, a abdominoplastia não é livre de riscos e pode ter complicações. O que vai depender do biótipo da paciente e de sua dedicação na fase de recuperação.
A cirurgia não é indicada para emagrecer e não substitui uma dieta equilibrada, nem a prática de exercícios físicos. Para evitar as complicações que mostraremos nesse artigo e obter os resultados esperados sem comprometer a saúde. É preciso seguir todas as orientações dadas pelo cirurgião. Vale ressaltar também que os riscos tendem a aumentar de proporção em pacientes com obesidade, fumantes ou que sofram de doenças crônicas.
Seroma: comum em cirurgias invasivas, os seromas são coleções de fluido linfático que fica acumulado ao redor da região lesionada. Para evitar os seromas, recomenda-se o uso de uma cinta pós-operatória, além de sessões de drenagem linfática e do uso de drenos. Em casos mais graves, indica-se a punção ou uma nova cirurgia.
Infecção: há risco de infecção da cicatriz em qualquer caso. Mas esse risco aumenta em pessoas fumantes, obesas ou sedentárias. Nesses casos, recomenda-se tratar desses ou de outros problemas de saúde antes de realizar a cirurgia. Ao sofrer com uma infecção, o paciente sente mais dor, calor, além de sua pele ficar bastante avermelhada e inchada. Pode ocorrer também o vazamento de um líquido amarelado pela sutura. Em geral, após a cirurgia, toma-se antibióticos para evitar qualquer tipo de infecção e ajudar a amenizar a dor local.
Abertura da cicatriz: assim como em qualquer outra cirurgia, os pontos podem abrir. O ideal é repousar por um período de 15 dias e não fazer qualquer esforço. A cinta abdominal vai ajudar a proteger a região e não deve ser tirada durante pelo menos 30 dias. Após esse período, o paciente pode ser necessário permanecer com a cinta mais tempo. Mantendo sempre o tronco levemente inclinado para a frente e dormindo de barriga para cima. Atividades físicas devem ser esquecidas por, no mínimo, dois meses e o paciente não pode fazer movimentos muito bruscos, evitando esticar o abdome ou levantar ombros e braços, por exemplo.
Hematoma: a diferença entre o seroma e o hematoma é que, no caso do hematoma, ao invés de líquido, há o acúmulo de sangue. Nesse caso, o cirurgião irá verificar se o sangramento já cessou ou se existe alguma possível hemorragia. Em casos mais graves, o paciente pode passar por nova cirurgia.
Trombose: formação de coágulos (trombos) no interior dos vasos das pernas (por exemplo). A trombose, em geral, surge durante o pós-operatório, após cirurgias mais complexas e demoradas, como as cirurgias de coração ou de abdômen. Isso acontece porque a imobilização no momento da cirurgia estimula o sangue a engrossar e desenvolver coágulos, que se formam nos primeiros após a cirurgia e podem permanecer por uma semana ou mais.
Os sintomas dependem da predisposição genética do paciente e podem variar desde vermelhidão, até calor e dores na perna. Para prevenir a trombose, indica-se a diminuição do tempo cirúrgico, o uso de meias elásticas, compressores pneumáticos e o uso de anticoagulantes, além de pedir ao paciente que se movimente.
A trombose se torna mais grave pelo risco de mobilização destes coágulos pelo fluxo sanguíneo até a rede de vasos pulmonares causando a temida embolia pulmonar. É importante ressaltar que esta intercorrência nada tem a ver com a cirurgia. Mas acontece simplesmente pelo fato de permanecer mais tempo com as pernas imóveis.
A cicatrização do corte acontece em até 6 semanas e, da cirurgia, em até 12 meses. Após ter passado pela abdominoplastia, o paciente deve seguir todas as orientações médicas. Antes da liberação do médico, o recomendado é não dirigir e evitar roupas muito apertadas. A exposição ao sol também não pode ser exagerada e, durante o banho, a água deve ser morna e nunca quente.
Ao sentir dificuldade em respirar, febre, dor que não passa mesmo tomando os analgésicos prescritos, o médico deve ser consultado. Se o paciente estiver cansado, pálido e sem forças ou o curativo estiver manchado de sangue ou com cor amarela também é fundamental relatar as condições ao médico para que ele possa analisar o caso e saber se tudo está correndo como o esperado ou se será necessário algum tipo de intervenção.
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Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
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