A cinta modeladora é uma tendência entre muitas mulheres que querem disfarçar gordurinhas e modelar o corpo. Com o objetivo de conseguir uma cintura fina, mulheres comuns e famosas como Kim Kardashian, Cláudia Raia e a estrela do Snapchat Thaynara OG não dispensam esse acessório.
Para essas mulheres, os grandes benefícios do uso das cintas modeladoras são reduzir as medidas da cintura, mesmo que momentaneamente, dando destaque aos seios e aos quadris. É um recurso válido para que as mulheres se sintam mais bonitas e confiantes com o próprio corpo, pois as formas ficam mais harmoniosas. Isso sem falar que as curvas femininas exercem um grande papel na estética e na autoestima.
Inclusive, algumas mulheres têm utilizado a cinta modeladora durante os treinos na academia, com o objetivo de acelerar a diminuição das medidas. Porém, infelizmente, essa parece não ser uma boa ideia. Quando usada durante a prática dos exercícios, a cinta pode acabar limitando os movimentos e contribuindo para o surgimento de uma lesão muscular.
Além disso, caso a cinta modeladora esteja muito justa, pode acontecer um aumento na pressão dentro do abdômen, que prejudica o retorno venoso do fluxo sanguíneo e pode dar origem a varizes.
Outro ponto a se considerar é que, se a peça estiver muito apertada, ela pode comprimir o tórax e dificultar a respiração, prejudicando as trocas gasosas e podendo levar a quedas de pressão arterial ou até mesmo a um desmaio no meio da academia – algo bastante perigoso.
Porém, existem algumas mulheres que usam a cinta modeladora não exatamente por um desejo próprio, mas sim porque realmente necessitam e receberam recomendação médica. Vamos conhecer esses casos.
A cinta modeladora é recomendada pelos médicos depois de algumas cirurgias plásticas como lipoaspiração, lipoescultura e abdominoplastia. O uso das cintas é crucial para a obtenção dos resultados desejados, tanto que alguns profissionais veem a utilização da cinta como uma das etapas do procedimento.
Isso acontece porque a cinta modeladora aplica uma pressão sobre a área que foi operada, ajudando a fazer a fixação da pele no novo local em que ela deve estar. Dessa maneira, evita-se o deslocamento da pele, facilitando a cicatrização da região e evitando complicações pós-cirúrgicas como inchaços e seroma (acúmulo de líquido na área da cicatriz).
A cinta também ajuda a combater a flacidez, um efeito certamente muito indesejado depois de uma cirurgia plástica. Por fim, muitas pacientes relatam se sentir mais seguras usando a cinta, pois é normal perder um pouco da confiança nos movimentos logo depois de uma cirurgia, por medo de se machucar.
Em média, o uso da cinta modeladora deve ser feito por no mínimo 30 dias depois da cirurgia, mas esse tempo pode variar de acordo com a indicação do seu médico. Nesses casos de uso por períodos prolongados, a cinta é associada com a placa contensora, uma peça que evita que a cinta deixe marcas ou machuque a pele por ficar muito tempo pressionando a mesma região.
Uma das vantagens do uso da cinta no pós-cirúrgico é a segurança que ela dá à paciente durante sua recuperação. Em partes, isso se deve à melhora postural proporcionada por esse acessório, que promove uma sustentação do abdômen e dos músculos da região.
Além disso, com a coluna ereta, evita-se que a barriga seja projetada para frente, dando um aspecto muito mais agradável esteticamente à silhueta, além de impedir a formação da “corcunda”.
A cinta utilizada para fins de correção da postura também ajuda a evitar e a diminuir dores na coluna, pois ela contribui para que a pessoa esteja corretamente posicionada durante a maior parte do dia.
Antes de qualquer coisa, tenha em mente que você não deve usar a cinta modeladora para tentar esconder a barriga. Fazer isso pode acarretar compressão do útero, da placenta e do cordão umbilical, inchaços e até mesmo trabalho de parto antes da hora, prejudicando a mãe e o bebê.
Apesar disso, se as indicações médicas forem seguidas à risca, o uso da cinta modeladora durante a gestação pode sim ser bastante benéfica. As peças desenvolvidas especialmente para as gestantes ajudam a sustentar a barriga, o que dá um bom alívio para a mãe e alivia a tensão que o volume e o peso abdominal que aumentam a cada dia exercem sobre a coluna.
Além disso, como a cinta modeladora oferece sustentação para a pele da barriga, que está sendo expandida cada dia mais devido ao crescimento do bebê, essa peça ainda ajuda a combater o surgimento das estrias e da flacidez.
Depois que o bebê nascer, a cinta modeladora ajuda a dar mais conforto e segurança para a mulher retomar suas atividades como se movimentar, dirigir, tossir e até mesmo dar risada, de forma semelhante ao que acontece quando se usa a cinta depois de uma cirurgia plástica.
Mas atenção: alguns obstetras desaconselham o uso da cinta modeladora no pós-parto porque a peça pode limitar o fluxo sanguíneo, o que acabaria atrapalhando a cicatrização dos tecidos e formando ainda mais flacidez. Por isso, a dica é sempre conversar com seu obstetra antes de optar ou não pelo uso da cinta.
Aliás, essa é a dica para todos os casos: a cinta modeladora pode oferecer benefícios quando bem utilizada, mas somente o médico pode avaliar a indicação da cinta, o ajuste e o tempo de uso desse acessório. Por isso, nunca dispense a consulta com um especialista.
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Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
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