Uma das maiores dúvidas das mulheres que buscam a mamoplastia de aumento é sobre o transcorrer do pós-operatório e sua adaptação aos implantes de silicone. Por isso, nosso assunto de hoje é o processo de acomodação da prótese mamária.
Às vezes, escutamos falar que as próteses causaram “rejeição”. Um dos principais motivos para isso é quando o implante não fica devidamente assentado na loja – o espaço no qual ele é inserido no interior da mama.
Com isso, podem ocorrer problemas como a rotação da prótese ou a contratura capsular, ou seja, uma retração excessiva da cápsula fibrosa ao seu redor.
Quando inserimos uma nova estrutura dentro do corpo, seja uma prótese de silicone, um pino de titânio, um marca-passo ou até mesmo um implante dentário, o organismo pode entendê-lo como um elemento estranho.
Em consequência, nosso corpo vai tentar absorver ou eliminar esse novo elemento. No caso da prótese mamária, como não é possível expulsá-la do corpo, a reação é a formação de uma espécie de membrana fibrosa em volta do implante, cerca de um mês depois da cirurgia.
Na verdade, essa película tem um papel fundamental, que é promover a fixação da prótese na loja, permitindo a sua acomodação. Porém, quando esse tecido endurece e fica mais grosso, surge a contratura capsular, que causa dores e deformações.
O transcorrer do processo de acomodação é influenciado por vários fatores, incluindo a posição da prótese mamária, o revestimento dos implantes e as condições de pele da paciente.
Saiba mais sobre cada um desses fatores e aproveite para descobrir a importância dos cuidados no pós-operatório da mamoplastia de aumento:
A posição em que a prótese é inserida no corpo da paciente é o principal fator determinante do processo de acomodação. Na mamoplastia de aumento, as duas posições mais recorrentes são a prótese mamária submuscular e a subglandular.
No caso da subglandular, como seu próprio nome indica, a prótese é inserida embaixo das glândulas mamárias e, portanto, acima do músculo. Já a prótese submuscular é colocada embaixo do músculo, de forma que ela tem o tecido muscular e glandular sobre si.
A posição da prótese influencia no processo de acomodação porque, dependendo de onde ela for inserida, haverá mais ou menos tecidos e estruturas fazendo a sua fixação, ou seja, exercendo uma pressão sobre ela.
Assim, enquanto a prótese subglandular fica presa apenas pela glândula mamária, a submuscular fica presa pela glândula e pelo músculo, que formam uma espécie de cinta sobre o silicone.
Em função disso, as próteses que são colocadas por baixo do músculo demoram mais para se acomodar em comparação com as próteses que são colocadas por cima da musculatura e abaixo da glândula mamária.
O grau de facilidade para que a prótese de silicone se acomode está relacionado ao nível de desconforto que as pacientes costumam experimentar no pós-operatório.
Como a acomodação acontece mais rapidamente quando a prótese é subglandular, o período de recuperação geralmente é mais tranquilo, sem que a mulher sinta muitas dores. Em geral, os incômodos estão mais relacionados aos pontos do que à prótese em si.
Já no caso da submuscular, como a técnica cirúrgica é um pouco mais invasiva por depender da distensão do músculo e a acomodação da prótese leva um tempo maior, o pós-operatório pode oferecer mais desconfortos.
Contudo, as dores não costumam ser intensas e podem ser controladas com o uso de analgésicos comuns, conforme a orientação do cirurgião plástico.
Apesar dessa aparente desvantagem, a prótese submuscular pode ser mais indicada para mulheres que têm a pele muito fina, pois ela deixa resultados com uma aparência mais natural e discreta, enquanto a subglandular é bem mais aparente.
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Outro fator que pode modificar o processo de acomodação da prótese mamária é o revestimento dos implantes de silicone. Nesse caso, existem três tipos de textura: lisa, texturizada e poliuretano.
A prótese lisa, como podemos deduzir pelo nome, tem a superfície livre de rugosidades, o que faz com que o processo de acomodação tenha um risco maior de contratura capsular.
Já as próteses texturizadas têm a superfície rugosa, o que aumenta sua aderência aos tecidos ao seu redor e facilita os processos de cicatrização e acomodação, reduzindo o risco de contratura.
Ainda, existe também o revestimento de poliuretano, que oferece uma aderência superior à das próteses texturizadas. Isso é possível porque o implante de silicone recebe uma camada externa que promove um “efeito velcro”, reduzindo ainda mais a chance de problemas.
Além disso, a prótese mamária com revestimento de poliuretano tem uma tendência menor de causar seroma, o acúmulo de líquidos na região da cicatriz, que também poderia dificultar o processo de acomodação.
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Além da posição e do revestimento da prótese mamária, outro fator que influencia o processo de acomodação dos implantes de silicone são as condições da pele da paciente.
Dentro desse fator, a acomodação da prótese acontece de forma mais rápida quando a pele é mais flácida – e isso não está necessariamente relacionado à idade da mulher, mas sim ao fato de a pele oferecer uma compressão menor.
Dessa forma, uma prótese de silicone em posição subglandular somada à pele um pouco flácida oferece um processo de acomodação mais simples.
Como podemos perceber, o processo de acomodação da prótese mamária depende de fatores que vão muito além do tamanho e do formato dos implantes. Por isso, somente um cirurgião plástico experiente poderá orientá-la sobre a melhor opção para o seu caso.
Se você está pensando em fazer uma mamoplastia de aumento, não deixe de agendar sua avaliação presencial com a Dra. Luciana Pepino e aproveite para conhecer as diversas opções de procedimentos estéticos e cirurgias plásticas!
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
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Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
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