Sejam resultantes de uma lesão acidental ou de uma incisão cirúrgica, as cicatrizes são marcas que geralmente preferimos deixar escondidas. Às vezes, porém, elas podem crescer demais e causar ainda mais incômodos. Por isso, hoje nós vamos falar sobre como tratar queloide.
Quando se trata de uma cirurgia plástica, os queloides são ainda mais importantes, pois nenhum paciente deseja fazer uma intervenção e, em seguida, adquirir uma cicatriz de aspecto inestético, mesmo que ela não represente um problema de saúde.
O problema se agrava ainda mais quando o queloide está localizado em uma região do corpo que fica muito exposta, prejudicando os resultados do procedimento cirúrgico. Se você se identifica com essa situação, saiba que existem formas de prevenir e tratar esse problema.
Queloide é uma cicatriz que cresce demais e ultrapassa os limites do ferimento (corte, inflamação, queimadura etc.) ou da incisão cirúrgica, em um processo de cicatrização que acontece de forma exagerada devido ao excesso de colágeno.
Como essa cicatriz não para de crescer, ela se torna cada vez maior com o passar do tempo, e sua aparência se torna cada vez mais inestética, trazendo constrangimentos e insatisfação.
O queloide é mais consistente e mais alto do que a pele ao seu redor, além de apresentar a coloração avermelhada. Em alguns casos, essa cicatriz pode repuxar, coçar ou provocar dores. Felizmente, existem algumas maneiras de como tratar queloide.
A aparência do queloide é parecida com a de uma cicatriz imatura. Devido ao processo normal de evolução e regeneração dos tecidos, a cicatriz fica mais avermelhada e espessa a partir do segundo mês, para depois clarear e se tornar mais fina.
O queloide, por sua vez, não apresenta essa melhora na aparência, aumentando de tamanho de forma constante. Por isso, é necessário fazer a diferenciação entre esses dois tipos de cicatrizes antes de fazer um tratamento.
Mais comum em áreas como tronco superior, peito, ombros e lóbulo da orelha, o queloide pode aparecer em qualquer região do corpo, embora seja mais raro nas mãos, nos pés e nas axilas.
A maior frequência do surgimento desse tipo de cicatriz em determinadas áreas do corpo acontece devido a uma maior quantidade de pelos, glândulas, fibras de colágeno e melanina, além da própria espessura da pele.
Além disso, os queloides são mais comuns em pessoas com origem africana e asiática, que têm respectivamente 5 a 15 vezes mais chances de desenvolver esse problema do que um paciente de origem caucasiana.
O queloide é uma complicação da cicatriz que não depende das habilidades e da perícia do cirurgião, de forma que não é possível eliminar seu risco completamente. Porém, existem alguns cuidados que podem ser tomados para evitar esse problema.
O primeiro passo é identificar se existe uma tendência genética para o surgimento de queloides no histórico familiar do paciente.
Em caso positivo, é possível adotar algumas medidas, como o uso de curativos compressivos nas primeiras horas depois da cirurgia plástica para exercer uma pressão no local.
Além disso, pacientes com tendência a apresentar queloide podem utilizar placas de silicone durante 12 a 16 horas por dia durante 4 a 6 meses.
Embora não exista um método 100% eficaz na prevenção desse tipo de cicatriz, existem algumas formas de melhorar o aspecto e resolver esse problema. Conheça as principais alternativas de como tratar queloide:
Trata-se de cremes e pomadas utilizados para fazer massagem na região do queloide. Com o tratamento, é possível melhorar a textura do local (consistência), reduzir o tamanho da cicatriz, deixar a cor mais uniforme e aliviar a coceira e a dor.
Esse tratamento consiste na injeção de corticoides diretamente no queloide. Essa é uma alternativa mais recomendada para cicatrizes que já estão mais altas do que a pele ao seu redor, quando os produtos tópicos não surtem mais tanto efeito.
Consiste em uma cirurgia que promove o congelamento dos tecidos e faz com que eles sejam destruídos, interrompendo o crescimento do queloide de forma seletiva. Para isso, são utilizados jatos de nitrogênio líquido em temperaturas muito baixas.
Quando o paciente fica com uma cicatriz de aparência pouco estética, é possível recorrer a uma cirurgia de reparo. Essa é uma forma de como tratar queloide por meio da formação de uma nova cicatriz.
Para isso, o médico remove a pele onde se formou o queloide e faz uma nova sutura com pontos dados internamente, estimulando um novo processo de cicatrização.
Quando se trata de uma região pequena, esse procedimento pode ser feito apenas com a anestesia local. Porém, quando a cicatriz é muito grande ou o paciente fica muito ansioso, é possível associar a sedação venosa para oferecer um conforto maior.
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Depois de uma cirurgia de reparo da cicatriz, a radioterapia pode ser usada de forma superficial (atingindo apenas a pele) com o objetivo de evitar a formação de um novo queloide nessa região.
Caso você tenha um queloide ou apresente tendência a desenvolver esse tipo de cicatriz, é muito importante conversar com um cirurgião plástico experiente para obter orientações específicas para o seu caso em relação ao tratamento e à prevenção.
Por isso, se você se identificou com essa situação, a dica é agendar sua avaliação presencial com a Dra. Luciana Pepino para esclarecer qualquer dúvida sobre os queloides e descobrir outros procedimentos para se sentir ainda mais linda e confiante.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
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