Saiba mais sobre a blefaroplastia: cirurgia que corrige os sinais do envelhecimento na região das pálpebras e confere um ar muito mais jovem ao paciente
O velho ditado já dizia que “os olhos são a janela da alma”. O problema é que, conforme envelhecemos, a região em volta dos olhos perde algumas de suas características, passando a nos dar um ar de cansaço e tristeza.
Com a diminuição da produção de colágeno e o aumento da flacidez, as pálpebras acabam se modificando e deixando uma aparência envelhecida. Para esses casos, é possível recorrer a uma cirurgia estética nessa região, chamada blefaroplastia.
A blefaroplastia consiste na cirurgia das pálpebras, um procedimento que tem o objetivo de rejuvenescer a aparência do rosto tratando essa área em específico.
Nessa cirurgia, é possível remover o excesso de pele das pálpebras, retirar as bolsas de gordura que se depositam embaixo dos olhos e corrigir a flacidez muscular da região. Além disso, também é possível melhorar a funcionalidade das pálpebras.
Diferente do que muitas pessoas imaginam, não existe uma idade ideal para fazer uma blefaroplastia. Essa decisão depende da presença de aspectos a serem corrigidos e de sua intensidade.
Dessa forma, o momento ideal varia de paciente para paciente. Somente uma avaliação médica em conjunto com as vontades do paciente pode determinar a necessidade da blefaroplastia.
A cirurgia das pálpebras dura em torno de uma hora a duas horas. O paciente costuma ficar internado por 3 a 6 horas depois da cirurgia e normalmente recebe alta no mesmo dia.
Antes do procedimento, é feita uma limpeza na região, seguida da aplicação de anestesia local e um sedativo para que o paciente relaxe. Em alguns casos, é utilizada a anestesia geral.
Em seguida, o médico desenha as linhas onde serão feitas as incisões, procurando sempre permitir que as cicatrizes sejam as mais discretas possíveis.
A técnica cirúrgica padrão geralmente envolve a remoção ou redistribuição dos depósitos de gordura, assim como o excesso de pele e músculo das pálpebras superiores e inferiores.
Com as incisões feitas, retira-se um fragmento da pele, expondo o músculo que se localiza logo abaixo. Em alguns casos, também é retirada uma faixa de músculo para expor as camadas seguintes.
São feitas pequenas incisões no septo orbital (camada que separa o músculo e o tecido adiposo), para que seja possível ter acesso aos depósitos de gordura. O médico então vai remover o excesso e reposicionar o restante para modelar um perfil mais jovem.
Quando o processo é finalizado, as incisões são fechadas com pontos que podem ser absorvíveis ou não. Pode ser aplicada uma pomada protetora e pequenas bandagens esterilizadas para facilitar a cicatrização.
Dependendo dos problemas, as pálpebras superiores e inferiores podem ser trabalhadas separadamente se necessário.
Como todas as cirurgias, a blefaroplastia exige alguns cuidados no pós-operatório. É normal o paciente sentir algum desconforto nas primeiras horas, principalmente uma sensação de ardência.
Nos primeiros três dias, o paciente pode apresentar inchaço e manchas roxas na região. A intensidade desses sinais varia a cada paciente. Nesse período, é aconselhável fazer compressas geladas e dormir com travesseiros mais altos.
Não são utilizados curativos oclusivos, portanto os olhos não ficam completamente tampados. Porém, o paciente deve se atentar para não coçar os olhos no período de recuperação.
Uma dúvida comum dos pacientes é se eles vão dormir com os olhos abertos por muito tempo depois da cirurgia de pálpebras. Como é retirado o excesso de pele, a região realmente pode ficar tensionada, fazendo com que os olhos permaneçam semicerrados.
Porém, com a redução do inchaço e as sessões de drenagem linfática facial, a pele logo voltará ao normal e o paciente vai conseguir dormir de olhos fechados novamente.
Um cuidado que deve ser observado após a cirurgia é evitar a exposição ao sol, pois a radiação pode manchar a pele permanentemente. Ao sair em ambientes abertos, utilize sempre óculos escuros para proteger a região operada.
Os pontos podem ser absorvíveis ou não. No caso de não serem, eles precisam ser retirados 3 a 5 dias depois da cirurgia para evitar o surgimento de reações inflamatórias. Se não forem retirados, eles podem causar problemas de cicatrização.
A pele das pálpebras é muito fina e delicada. Por causa disso, as cicatrizes costumam ficar bastante discretas, bem disfarçadas entre os sulcos naturais que essa região apresenta.
As cicatrizes ficam escondidas no sulco palpebral no caso da pálpebra superior, e logo abaixo da linha dos olhos no caso da pálpebra inferior.
Da mesma forma que em outras cirurgias, as cicatrizes são mais aparentes nos primeiros meses. É normal que elas tenham uma coloração avermelhada e sejam um tanto grossas nesse período.
Além disso, o inchaço e os hematomas normais do pós-operatório atrapalham a visualização da cicatrização.
Assim, é necessário aguardar pelo menos 90 dias para observar a evolução e o resultado da cicatrização. Felizmente, por serem discretas e estarem localizadas nas pálpebras, as cicatrizes podem ser disfarçadas desde os primeiros dias com uma maquiagem leve.
Algumas pessoas imaginam que a cirurgia de pálpebras também corrija as rugas nos cantos dos olhos, mas isso não é verdade. Como a blefaroplastia não paralisa os músculos responsáveis pelos pés de galinha, ela não altera essas rugas.
Se o paciente desejar suavizar esses sinais, é possível recorrer ao Botox, que tem esse efeito de paralisação temporária.
Assim como acontece com outras cirurgias plásticas destinadas a combater o envelhecimento, não é possível dizer “quantos anos” um paciente vai rejuvenescer com a blefaroplastia.
O que podemos dizer é que os resultados são bastante satisfatórios e conferem um ar mais alegre, leve e jovial ao paciente, acabando com aquela aparência cansada que não corresponde à forma como o paciente realmente se sente.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
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Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
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Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
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