Assim como outras regiões do rosto, as pálpebras são formadas por camadas de pele, gordura e músculos. Com a passagem do tempo, o avanço da idade e os fatores externos, como a exposição ao sol e o consumo de tabaco, ocorre a destruição da rede de sustentação da pele, que fica na derme.
A destruição das fibras de colágeno e elastina leva à perda da estrutura e da elasticidade, deixando a pele flácida. Os músculos da região também enfraquecem com o passar do tempo, deixando as pálpebras com uma aparência caída e pesada. Além disso, a alteração na distribuição da gordura também acaba provocando inchaços embaixo dos olhos.
Tudo isso faz com que o rosto pareça constantemente cansado, dando uma aparência desanimada à pessoa, que muitas vezes acaba parecendo ser mais velha do que realmente é.
A cirurgia plástica de pálpebras é chamada de blefaroplastia. Por meio desse procedimento, é possível tratar o excesso de pele da região, as bolsas de gordura que se acumulam embaixo dos olhos e a flacidez muscular, dando uma aparência mais jovem ao rosto. Além das correções estéticas, a cirurgia pode ajudar também o aspecto funcional.
A cirurgia plástica de pálpebras dura cerca de 1 hora, e o paciente precisa permanecer internado por 3 a 6 horas depois do procedimento, recebendo alta em seguida. A anestesia utilizada é a anestesia local, precedida por sedação, para que o paciente relaxe e durma durante a cirurgia.
Não existe uma idade ideal ou mínima para a realização dessa cirurgia. A indicação é para a correção de defeitos e alterações do envelhecimento, que surgem em idades diferentes de pessoa para a pessoa. Somente a avaliação médica poderá determinar a necessidade de uma blefaroplastia.
As primeiras 24 horas depois da cirurgia de pálpebras podem apresentar um de ardor ou dor leve, que costumam ser aliviados com o uso de analgésicos simples prescritos pelo cirurgião plástico. Não são utilizados curativos oclusivos depois da cirurgia, de forma que o paciente não terá seus olhos completamente cobertos. As atividades do dia a dia podem ser retomadas três dias depois do procedimento
O paciente pode esperar também o surgimento de inchaço e manchas roxas na região, principalmente nos três primeiros dias, quando esses sinais são mais intensos. Neste período, a recomendação é fazer compressas geladas e utilizar travesseiros mais altos na hora de dormir, de forma a evitar o aumento do edema e das manchas.
Quando se remove o excesso de pele na cirurgia, o inchaço poderá fazer com que a pele fique mais tensa do que o normal durante alguns dias, dificultando o fechamento completo os olhos. Porém, com a redução do edema, os olhos voltam a se fechar normalmente.
Um procedimento que ajuda a reduzir o inchaço são as sessões de drenagem linfática, que devem ser iniciadas assim que o médico solicitar. Além disso, as massagens ajudam a remodelar as cicatrizes, diminuindo as chances de haver retrações.
Os pontos são bastante finos e são feitos internamente, mas é necessário retirá-los de 3 a 5 dias depois da cirurgia para evitar reações inflamatórias, que podem resultar em cicatrizações inadequadas.
Como a pele das pálpebras é bastante fina, as cicatrizes da cirurgia plástica costumam ficar bastante finas e discretas, pois elas se disfarçam com os sulcos naturais da região. Na pálpebra superior, a cicatriz fica escondida no sulco palpebral, enquanto na pálpebra inferior ela fica logo abaixo da linha dos cílios.
Assim como em outras cirurgias plásticas, as cicatrizes são mais aparentes nos primeiros meses, por isso o paciente precisa aguardar cerca de 90 dias para ter o resultado final da cicatrização. Por serem discretas e estarem localizadas nas pálpebras, uma maquiagem leve ajuda a disfarçar as marcas desde os primeiros dias.
Devido ao inchaço e às manchas roxas, o paciente precisa esperar pelo menos um mês para ter uma ideia do resultado final da cirurgia, ainda precisando aguardar mais algumas semanas para a cicatrização completa.
Recomenda-se fazer compressas com soro gelado várias vezes ao dia e utilizar óculos escuros quando precisar se expor ao sol. A exposição solar deve ser evitada enquanto a pele ainda apresentar manchas roxas, pois isso pode manchar a pele definitivamente.
Para evitar que o inchaço aumente, recomenda-se dormir com travesseiros mais altos ou com a cabeceira da cama mais elevada. Além disso, o paciente deve evitar coçar os olhos.
Alguns pacientes imaginam que a blefaroplastia também corrija as rugas nas laterais dos olhos, os populares “pés de galinha”. Porém, isso não é verdade. Essa cirurgia não modifica os movimentos dos músculos ao redor dos olhos, que são responsáveis pelo surgimento dessas rugas.
Assim, se for desejado pelo paciente, esses sinais deverão ser tratados com outra técnica, que é a aplicação de toxina botulínica.
Além disso, o paciente deve ter em mente que não é possível dizer quantos anos ele vai rejuvenescer com uma cirurgia plástica, seja de pálpebras ou não. O objetivo nunca deve ser rejuvenescer tantos anos, mas sim corrigir uma aparência envelhecida e cansada que não corresponde à idade real ou à forma como o paciente se sente, buscando uma harmonia estética e a satisfação em relação à sua aparência.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
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