Apesar de comum, reincidência da obesidade após cirurgia para emagrecer pode ser evitada com cuidados adequados.
A cirurgia para emagrecer, chamada de bariátrica, é um procedimento cada vez mais realizado no Brasil tendo como foco pessoas obesas nas quais o índice de mortalidade é mais elevado do que na população em geral devido aos fatores associados ao peso elevado.
A cirurgia bariátrica foi desenvolvida considerando principalmente o público com mais de 40 de IMC (índice de massa corpórea). No Brasil, aproximadamente 20% das pessoas são obesas, com IMC de 30 ou mais, e 32% estão com sobrepeso, entre 25 e 29,9 de IMC. O adequado é manter-se entre 18,5 e 24,9.
Apesar dos benefícios da cirurgia para emagrecer, diversos pacientes relatam dificuldade para manter o peso após o procedimento. Saiba mais a seguir!
Sem dúvida a questão estética é um dos benefícios da cirurgia para emagrecer, com o paciente atingindo os objetivos quanto a aparência, o que também reflete na autoestima e dedicação na manutenção dos resultados pós-operatórios.
No entanto, benefícios relacionados à saúde são significativamente mais relevantes para esses pacientes, impactando diretamente na taxa de mortalidade deste grupo.
A cirurgia bariátrica consiste na redução das dimensões do estômago e também pode incluir alteração do percurso dos alimentos pelas alças intestinais. Como resultados desse procedimento na saúde do paciente destacam-se:
Portanto, ao realizar o procedimento o paciente obtém diversas vantagens na saúde que podem ser perdidas se não houver a manutenção do peso posteriormente.
Já é reconhecido pelos especialistas que a cirurgia para emagrecer apresenta uma taxa de reincidência, de forma que muitos pacientes submetidos à técnica voltam a ganhar peso nos anos subsequentes.
Um estudo realizado na Universidade de Pensilvânia fez o monitoramento de 1.406 adultos submetidos à cirurgia bariátrica durante 6,6 anos com o objetivo de acompanhar como o ganho de peso influencia a saúde dos pacientes nos anos posteriores a cirurgia.
Antes de serem submetidos ao procedimento, os pacientes tinham um IMC médio de 46,3, sendo que a perda de peso continuou até, em média, dois anos depois do procedimento com uma perda de 37,4% do IMC.
O primeiro ano após a perda máxima de peso foi aquele no qual os pacientes tiveram um ganho de peso mais acentuado. Ao final de 5 anos, um em cada três participantes tinham recuperado cerca de 20% ou mais dos quilos perdidos após a cirurgia.
Portanto, é normal um ganho de peso após a cirurgia bariátrica, o que também afeta às condições estéticas e de saúde desses pacientes. O mesmo estudo mostrou que os ganhos de saúde foram progressivamente perdidos entre os que voltaram a ganhar peso:
No entanto, ainda que alguns pacientes tenham ganhado peso novamente e, inclusive, desenvolvido problemas de saúde relacionados à obesidade, em média, os pacientes mantiveram 73% do peso perdido mesmo após cinco anos depois da cirurgia.
Para manter o peso conquistado após a cirurgia bariátrica é importante que os pacientes reconheçam que se trata de uma alternativa para casos de obesidade grave e para amenizar os problemas de saúde relacionados ao peso excessivo, entretanto, não é uma solução definitiva.
Entre os principais motivos para o ganho de peso estão aspectos comportamentais como a perda de controle na alimentação, baixa qualidade de vida e falta de acompanhamento pós-operatório.
Acredita-se que a manutenção do peso e a dedicação em mantê-lo depende de uma atuação médica multidisciplinar que inclui cirurgião, endocrinologista, nutricionista, psicólogo e cirurgião plástico.
Cada um desses profissionais promove um tipo de suporte importante para evitar a reincidência da obesidade como uma abdominoplastia para retirada do excesso de pele sobressalente após o procedimento, continuidade da dieta, acompanhamento psicológico evitando que a comida torne-se um escape para outros problemas etc.
Portanto, a manutenção dos resultados da cirurgia bariátrica depende de um conjunto de práticas que incluem:
Com esses fatores o paciente torna-se mais propício a um acompanhamento regular que contribua para a manutenção do peso, evitando a reincidência da obesidade. Para isso, entretanto, é importante ter consciência de que a cirurgia bariátrica contribui, mas não é um tratamento definitivo se outras práticas não forem associadas.
A cirurgia reparadora para retirada do excesso de pele após a cirurgia para emagrecer contribui para manter o peso estabilizado e também impacta a qualidade de vida do paciente. Para realizar o procedimento, procure por um cirurgião plástico de confiança!
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
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Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
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