Quando decidimos fazer uma cirurgia plástica, sempre nos preocupamos com os riscos e as possíveis reações desagradáveis que podem acontecer em qualquer tipo de cirurgia.
No caso da plástica, umas das preocupações mais frequentes é em relação à cicatrização: será que a cirurgia deixa cicatriz? Elas vão aparecer muito? Pior: tem risco de a cicatriz virar um queloide?
A resposta é que sim, toda cicatriz – seja resultado de uma cirurgia ou de um corte acidental mais profundo na pele – pode ter como resultado a formação de um queloide.
Apesar de essa sequela não causar nenhum problema de saúde, ela traz desconfortos psicológicos e emocionais, principalmente quando fica em uma região do corpo que é exposta com frequência ou quando surge depois de uma cirurgia plástica, procedimento que fazemos no intuito de nos sentirmos mais bonitas.
A boa notícia é que, se o seu processo de cicatrização resultar em um queloide, você não está destinada a carregar uma cicatriz inestética para sempre, pois existe uma série de tratamentos para queloide que vão corrigir o problema.
O queloide surge quando nosso organismo tem uma resposta de cicatrização muito exagerada, que ultrapassa as margens da incisão cirúrgica ou do dano (seja um corte, uma queimadura ou uma inflamação), resultando em uma cicatriz imperfeita e inestética, a qual não para de crescer.
Essa cicatriz imperfeita apresenta um inchaço e é mais dura do que a pele do paciente, tem coloração avermelhada e pode causar prurido e dor algumas vezes. O queloide pode aparecer em qualquer região do corpo, como tronco superior, peito, ombros e lóbulo da orelha, sendo mais raro nas mãos, nos pés,pálpebras, nariz, face…
A explicação para esse fato são as diferenças entre a pele de cada área, incluindo a presença de pelos e glândulas, a quantidade de colágeno, a concentração dos pigmentos e a espessura.
Entre os pacientes, o queloide costuma aparecer com mais frequência naqueles com origem asiática e negra cerca de 15 e 5 vezes, respectivamente, mais comum do que em pacientes de origem causasiana.
O queloide não depende da perícia ou das habilidades do cirurgião plástico e, infelizmente, não há como afirmar com certeza se você vai apresentar ou não esse problema.
Apesar disso, uma boa pista é considerar seu histórico familiar: se a sua família costuma ter queloides, é possível que você também tenha.
É importante informar ao médico se a sua família possui essa tendência, ou se você mesmo já teve problemas com queloides no passado. Assim, o cirurgião poderá adotar medidas de tratamento para reduzir a chance de esse tipo se manifestar.
Minha cicatriz virou um queloide! E agora?
Se o queloide já está instalado, saiba que existem várias formas de tratamento, que costumam funcionar melhor combinadas do que isoladamente.
A escolha pela melhor técnica depende do caso de cada paciente, conforme o estágio de desenvolvimento do queloide, a região em que ele se localiza e a predisposição individual para o surgimento de novas cicatrizes inestéticas.
Existem condições que podem aumentar esse risco como: maior tensão de fechamento de pele, infecção da ferida, processo alérgico, fechamento por segunda intenção (quando a ferida fecha dozinha, sem o auxílio de pontos de aproximação).
É importante ressaltar que o queloide não aparece no primeiro mês de cicatrização. Os primeiros sinais começa a surgir depois de 2 a 3 meses e o crescimento da cicatriz se dará progressivamente depois deste tempo.
O melhor momento para conversar com seu cirurgião plástico sobre as possíveis consequências indesejadas da sua cirurgia é durante a avaliação no consultório. Não tenha medo de perguntar como a cicatriz deverá ficar, se ela será muito aparente e em quanto tempo ela deverá ficar mais discreta. Não esqueça de buscar por uma clínica de cirurgia plástica conceituda. Assim, você evita problemas.
Lembre-se de informar ao médico possíveis históricos de desenvolvimento de queloide na sua família para que ele possa tomar medidas preventivas no intuito de minimizar esse problema.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
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Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
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Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
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