A cera depilatória é um dos métodos preferidos das brasileiras, pois ela deixa a pele lisinha e seus resultados duram cerca de duas a três semanas. Contudo, quem já se depilou com esse método conhece sua grande desvantagem: ele pode ser bastante dolorido.
Por isso, existem no mercado algumas ceras com propriedades anestésicas, que prometem aliviar esse desconforto. Mas será que elas funcionam mesmo? Confira tudo o que você precisa saber para escolher sua cera de depilação!
Se você está em dúvida sobre qual cera escolher, saiba que as duas têm suas funções, vantagens e desvantagens.
O calor da cera quente provoca uma leve dilatação dos poros, o que facilita a remoção dos pelos, agride menos a pele e causa menos dor. Assim, ela é indicada para áreas mais sensíveis ou com pelos grossos, como o buço e a região íntima.
Contudo, a cera quente pode levar à perda da elasticidade da pele devido aos “puxões” e causar manchas escurecidas em peles mais sensíveis, devido ao calor e ao atrito. Além disso, se aplicada de forma incorreta, pode causar queimaduras e foliculite.
A cera fria, por sua vez, é indicada para regiões com pelos mais longos e finos, como pernas e braços. Sua vantagem é que ela tem a aplicação mais prática, pois não precisa ser derretida. Assim, ela pode ser utilizada em viagens, por exemplo.
Entretanto, como a cera fria não tem o efeito de dilatação dos poros, ela pode ser ainda mais dolorida e agressiva que a quente. Por isso, não se recomenda sua utilização no rosto e na virilha.
Mesmo com a dilatação dos poros promovida pela cera quente, este método continua sendo bastante dolorido, ainda mais quando são arrancados pelos grossos de regiões do corpo que são muito sensíveis.
Justamente por isso, existem no mercado algumas opções de cera depilatória anestésica que prometem reduzir essa sensação desagradável em até 60%.
Uma das mais famosas é a cera com eugenol, o óleo essencial extraído do cravo-da-índia. Além disso, existem ceras depilatórias cuja fórmula já vem com medicamentos anestésicos, como a lidocaína e a prilocaína.
Essas substâncias interagem com os receptores da dor, causando um amortecimento temporário. Porém, não podemos dizer que a depilação ocorra sem nenhuma dor. O mais correto seria descrever o efeito como um alívio do desconforto, mas ele ainda vai existir.
Existem muitas receitas caseiras para fazer sua própria cera, permitindo que você se depile em casa e sem gastar muito dinheiro, pois os ingredientes utilizados são bastante acessíveis. Contudo, não é recomendável tentar fazer uma cera depilatória anestésica.
No caso das ceras com eugenol, é preciso conhecer suas características para utilizá-lo com segurança. Gestantes, por exemplo, não podem fazer uso dessa substância, pois ela pode provocar contrações uterinas.
Além disso, dependendo da concentração em que for utilizado, o eugenol se torna irritante para a pele. Se for aplicado puro, ele pode causar queimaduras mesmo na pele íntegra, além de causar complicações em peles mais sensíveis ou lesionadas.
Já no caso das ceras com medicamentos como a lidocaína, é preciso passar por uma avaliação médica e obter uma prescrição, que deverá ser manipulada em uma farmácia.
Portanto, caso você opte por fazer a cera depilatória em casa, o mais recomendável é seguir uma receita tradicional, por exemplo:
Leve uma panela ao fogo médio e coloque o açúcar aos poucos, mexendo sempre. Adicione o mel e misture até formar uma calda espessa. Em seguida, junte metade do suco de limão e mexa até levantar fervura.
Adicione a outra metade do suco de limão e a água. Tire a panela do fogo, aguarde esfriar por 5 minutos e guarde a cera em um pote de vidro limpo e com tampa.
Coloque todos os ingredientes em uma panela e leve ao fogo médio por cerca de 20 minutos, mexendo sempre até que ela fique com a textura de caramelo.
Atenção: ao utilizar essa cera no rosto, lave-o com água em abundância para evitar que o limão cause queimaduras.
Além da cera depilatória que já vem com anestésico, outra forma de reduzir o incômodo é utilizar um creme, pomada, spray ou loção pré-depilatória que ofereçam esse efeito – e alguns deles podem ser aplicados inclusive nas mucosas, podendo ser utilizados na região íntima.
Esses produtos também utilizam o eugenol, a lidocaína e a prilocaína, entre outros ingredientes naturais e medicamentos e, em geral, devem ser aplicados cerca de 30 minutos antes da depilação em si para poder amortecer a pele.
Justamente em função desse tempo de espera, esses produtos são mais potentes do que as ceras com anestésico. Afinal, a cera fica em contato com a pele por poucos minutos, de modo que a substância não tem tempo de exercer todo o seu efeito.
Antes de escolher um anestésico pré-depilatório, é sempre indicado conversar com um profissional experiente para descobrir qual produto é o mais indicado para as suas necessidades.
Você é adepta da cera depilatória ou prefere outro método para eliminar os pelos? Deixe sua opinião e compartilhe suas experiências com a gente nos comentários!
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
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