A hiperidrose causa muito constrangimento, mas você pode se livrar desse problema com um procedimento simples
Sentir vergonha de dar um aperto de mão porque sua palma está sempre molhada ou ter que escolher cuidadosamente todas as roupas para não ficar com a famosa “pizza” embaixo do braço: essas são situações comuns para quem sofre com suor excessivo.
Também chamada de hiperidrose, essa condição que se manifesta como uma hiperatividade das glândulas sudoríparas acontece de duas formas: a hiperidrose primária focal e a hiperidrose secundária generalizada.
No caso da hiperidrose primária focal, o problema surge ainda na infância ou adolescência e pode atingir áreas como couro cabeludo, rosto, axilas, mãos e pés, mas a pessoa não sua quando está em repouso.
Esse tipo de hiperidrose não tem uma causa definida, embora pareça estar ligado à herança familiar. Cerca de 2% a 3% da população sofre com esse problema, mas nem metade das pessoas busca um tratamento – porém, saiba que ele existe e funciona muito bem!
Já no caso da hiperidrose secundária generalizada, a sudorese excessiva costuma aparecer na vida adulta, fazendo a pessoa suar no corpo todo. Essa condição pode ser consequência do uso de medicamentos, da menopausa e de diversas doenças.
Se o excesso de suor for diagnosticado como uma hiperidrose secundária, é preciso tratar a condição (como hipertireoidismo, obesidade, hipoglicemia, diabetes etc.) ou rever o uso do medicamento que esteja causando esse sintoma.
Quando se trata de uma hiperidrose primária, porém, existem alguns tratamentos que agem direto no problema, e o principal deles é a aplicação de toxina botulínica, como veremos a seguir.
Famoso por seu emprego nos procedimentos para o combate às rugas, o Botox é um tratamento muito popular para a hiperidrose. Esse produto consiste em uma substância chamada toxina botulínica, que é produzido pela bactéria Clostridium botulinum.
Para o tratamento do suor excessivo, a toxina é aplicada em regiões com uma grande quantidade de glândulas sudoríparas, como mãos, pés ou axilas. O procedimento dura cerca de 20 minutos.
Seu mecanismo de ação consiste em bloquear a transmissão do estímulo do sistema nervoso autônomo para as glândulas, de forma que elas não sejam acionadas e o suor não seja mais produzido como antes.
O tratamento com a toxina botulínica começa a fazer efeito em um prazo de 2 a 14 dias, apresentando uma melhora progressiva. Contudo, assim como nos procedimentos estéticos, os resultados são temporários e duram de 4 a 10 meses, sendo necessário repetir a aplicação.
A toxina botulínica para o tratamento do suor excessivo é aplicada cerca de 1 a 2 cm dentro da pele com o uso de agulhas finas. Em geral, a aplicação é mais simples nas axilas, mas pode apresentar mais incômodos nas mãos e nos pés.
Dessa forma, é possível utilizar um anestésico local para aliviar a sensação de dor e tornar o procedimento mais confortável para o paciente.
Os antitranspirantes comuns não resolvem a hiperidrose, sendo necessário utilizar produtos específicos que tenham uma concentração mais elevada do ingrediente ativo cloreto de alumínio. Em geral, o medico solicitará que o antitranspirante seja manipulado.
Para algumas pessoas, suor excessivo pode ser controlado por meio do uso de medicamentos anticoligérnicos, que diminuem o estímulo às glândulas sudoríparas. Sua desvantagem são efeitos colaterais como boca seca e tontura.
Quando a hiperidrose é uma consequência do estresse, podem ser prescritos medicamentos como os betabloqueadores, os benzodiazepínicos, os antidepressivos e os ansiolíticos.
Consiste na aplicação de uma descarga elétrica leve nas mãos e pés para bloquear o funcionamento das glândulas sudoríparas. São necessárias várias sessões de cerca de 10 a 20 minutos, e os efeitos colaterais podem incluir bolhas e rachaduras na pele.
Esse tratamento consiste em remover as glândulas sudoríparas e a gordura localizada sob a pele da axila por meio de uma lipoaspiração superficial associada com curetagem, que é uma espécie de raspagem.
O procedimento é realizado em ambiente hospitalar com anestesia local e sedação intravenosa. Essa técnica é considerada segura e eficaz, mas pode ser realizada apenas nas axilas e necessita de repouso relativo por 3 a 5 dias. Aproveite e veja também quais são os riscos de refazer uma cirurgia.
Casos muito graves de suor excessivo podem ter a recomendação da cirurgia de simpatectomia, que é feita por um cirurgião torácico ou vascular.
Nesse procedimento, removem-se os gânglios torácicos associados às áreas em que ocorre a hiperidrose, bloqueando o sinal que ativaria as glândulas sudoríparas daquela região. Contudo, essa cirurgia pode ter efeitos adversos bastante desagradáveis.
Cerca de 5% a 10% dos pacientes apresentam a hiperidrose compensatória, quando o corpo aumenta a produção de suor em outras áreas, como as costas ou a barriga, justamente para “compensar” o desligamento e manter a temperatura em um nível saudável.
Esse efeito colateral pode ser ainda mais incômodo do que a queixa original, não depende das habilidades do cirurgião e é uma condição irreversível, ou seja, não há como “desfazer” a cirurgia.
Outro efeito indesejado que pode surgir é a hiperidrose gustativa, quando o paciente apresenta sudorese em excesso quando está se alimentando.
Ainda, 1% a 5% dos pacientes apresentam a chamada Síndrome de Horner, outra condição irreversível que, neste caso, causa a queda da pálpebra devido a uma lesão nas estruturas responsáveis pela sua abertura.
Dessa forma, esse tratamento é indicado apenas quando nenhum outro procedimento mostrou resultados satisfatórios, e mesmo assim muitos pacientes optam por não fazer essa cirurgia devido aos possíveis efeitos colaterais.
Felizmente, o tratamento com o Botox se mostra uma opção muito mais simples e segura. Se você sofre com a hiperidrose, agende sua consulta com a Dra. Luciana Pepino para descobrir a melhor solução para o seu caso!
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
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