Investir em um protetor solar de FPS alto, reaplicar o produto várias vezes ao dia, fugir do sol e estar sempre de óculos escuros são hábitos que fazem parte (ou deveriam fazer) da rotina das pessoas com a pele clara.
As pessoas mais branquinhas precisam ter uma série de cuidados específicos para esse tipo de pele, que é mais sensível a agressões causadas pela radiação solar e às ações da passagem do tempo. Conheça um pouco mais sobre a pele branca e saiba como tratar os principais problemas que ela apresenta.
É bastante provável que você já saiba que a responsável pela existência dos mais diversos tons de pele é uma proteína chamada melanina, que é produzida pelo nosso organismo nas células denominadas melanócitos.
A melanina é dividida em dois subtipos: a eumelanina e a feomelanina. Nas peles escuras, prevalece a presença da eumelanina, que apresenta cor castanha ou marrom-escura, enquanto nas peles brancas o domínio é da feomelanina, um pigmento de tom avermelhado ou amarelado.
Apesar de a melanina ser responsável pela coloração da pele, dos cabelos e dos olhos, ela também tem outra função muito nobre: evitar que a radiação ultravioleta cause danos no nosso DNA. Nesse quesito, a eumelanina se mostra muito mais eficiente do que a feomelanina, ou seja, a pele escura é mais resistente à ação prejudicial dos raios UV do que a pele branca.
Devido às suas características, uma cútis muito branca precisa de opções específicas de tratamento de pele para que a juventude e a saúde se mantenham por mais tempo. Conheça os tratamentos e cuidados mais importantes:
Conforme vimos acima, a feomelanina, que é o subtipo da melanina presente nas peles brancas, é menos eficiente na hora de proteger o DNA dos danos causados pela radiação ultravioleta. Por causa disso, as pessoas de pele clara estão mais sujeitas a apresentar queimaduras, manchas causadas pelo sol, envelhecimento precoce e, em casos mais graves, câncer.
Dessa maneira, o filtro solar é ainda mais importante para quem tem a pele clara, devendo ser aplicado absolutamente todos os dias, mesmo que o tempo esteja nublado e que a pessoa passe o dia todo em um ambiente fechado.
O fator de proteção solar deve ser no mínimo 30, e não se deve economizar na aplicação do produto. Quem trabalha em escritório pode aplicar apenas uma vez ao dia, mas quem trabalha em ambientes abertos precisa reforçar pelo menos mais duas vezes durante o período.
A menor concentração de melanina que a pele branca apresenta em relação à pele negra tem outra consequência negativa além da maior propensão às queimaduras solares: trata-se de uma tendência maior ao fotoenvelhecimento.
Quando somos mais jovens, nossa pele consegue reverter os danos que a radiação do sol causa às fibras de colágeno, porém, com o passar do tempo, essa capacidade é diminuída. Em consequência, a pele passa a apresentar manchas pigmentadas, superfície áspera e espessa e as famosas rugas, que são mais acentuadas do que aquelas que surgem em decorrência do envelhecimento natural.
O efeito prejudicial do sol na pele é cumulativo, por isso os efeitos da exposição solar a que nos submetemos durante a juventude só vão aparecer anos depois.
A prevenção do fotoenvelhecimento para pessoas de pele branca consiste principalmente no uso de filtro solar, chapéu e óculos escuros, além de evitar a exposição nos horários de sol mais quente.
Alguns dos tratamentos disponíveis para amenizar os sinais e os danos causados pelo fotoenvelhecimento são a terapia fotodinâmica (previne tumores cutâneos), luz pulsada (suavização das manchas e rugas superficiais), peeling, aplicação de toxina botulínica, preenchimento e uso de produtos tópicos com antioxidantes, ácido retinoico e vitaminas A, C e E.
Enquanto a pele escura tem uma tendência natural a ser mais oleosa, a pele branca apresenta uma menor quantidade de glândulas sebáceas, produzindo menos óleo. Apesar de ser esteticamente indesejável, a secreção dessas glândulas tem como função a proteção da pele, evitando que ela sofra agressões.
Por ter um nível menor de secreção oleosa, a pele clara costuma ser mais sensível à radiação, à poluição, ao vento, ao frio e ao calor, estando mais sujeita a sofrer alergias e alterações cutâneas como a rosácea.
Dessa maneira, além de caprichar no filtro solar, as pessoas que têm a pele clara devem utilizar sabonetes próprios para peles sensíveis, evitando a remoção excessiva da oleosidade natural durante a limpeza, e escolher um hidratante específico para seu tipo de pele (normal ou seca).
A rosácea, que se caracteriza por vermelhidão e lesões inflamadas na pele, principalmente nas regiões das bochechas, nariz, queixo e testa. A doença começa com aparência similar à de uma queimadura solar, mas com o tempo a vermelhidão acaba piorando.
Esse problema atinge principalmente mulheres de 30 a 50 anos que tenham a pele clara e histórico familiar da doença e que apresentaram acne grave anteriormente. Apesar de sua causa ser desconhecida, sabe-se que os sintomas costumam ser desencadeados pela exposição ao sol, calor e vento e pelo consumo de bebidas alcoólicas.
Embora não tenha cura, a rosácea pode e deve ser tratada, aliviando seus sintomas e evitando uma piora do quadro. O tratamento mais comum é a aplicação de medicamentos de uso tópico nas áreas afetadas. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de antibióticos.
Para tratar a dilatação dos vasos sanguíneos, o médico poderá indicar o tratamento à base de luz pulsada (rosácea de grau leve a moderado) ou o laser de CO2.
Nos quadros mais graves, a dilatação excessiva dos vasos sanguíneos pode resultar em deformações permanentes da pele, que adquire um aspecto grosseiro principalmente no nariz. Para esses casos, pode ser necessário recorrer ao tratamento com dermoabrasão (uma espécie de lixamento) ou mesmo à cirurgia de subcisão (remodelação das áreas afetadas com descolamento do tecido lesado).
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Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
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Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
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