A Sociedade Brasileira de Dermatologia apresenta uma longa lista de problemas de pele, apresentando a descrição de mais de 70 doenças. Embora a parte estética seja muito importante, os incômodos vão muito além da aparência.
Quando consideramos os problemas dermatológicos, devemos elencar qualquer alteração que tenha efeito negativo na saúde e no dia a dia, incluindo mudanças de aspecto, ardência, dores, deformidades, abalos emocionais e até mesmo a morte, no caso dos melanomas.
Essa ampla gama de condições que afetam o tecido cutâneo tem uma razão de ser: estamos falando do maior órgão do corpo, que também é o que está mais exposto às agressões como raios solares, frio, calor, poluição, microrganismos, insetos, substâncias irritantes etc.
Contudo, nem sempre os problemas de pele são originados por fatores externos: em muitos casos, a origem das doenças dermatológicas está no sistema imunológico da pessoa, que resolve atacar o próprio organismo – são as chamadas doenças autoimunes.
Embora seja possível elencar os problemas de pele observados com maior frequência nos consultórios, não existe uma lista oficial sobre as doenças dermatológicas com a maior prevalência no país.
Isso acontece porque, em geral, os pacientes procuram atendimento especializado quando a condição está causando incômodos em seu dia a dia. Porém, isso não significa que essas sejam as doenças mais comuns, mas sim as que mais levam as pessoas a buscar tratamento.
Dessa forma, essas condições são aquelas que costumam causar grande impacto na saúde e na vida dos pacientes, com prejuízo tanto na aparência quanto nas relações sociais e na rotina das pessoas. Conheça as principais:
Muito comum na adolescência, a acne consiste na inflamação das glândulas sebáceas e dos folículos pilosos, levando à formação de espinhas e cravos – que também podem acometer os adultos, especialmente as mulheres.
Embora antigamente a acne estivesse na lista de problemas de pele que não precisavam de tratamento por ser “coisa da idade”, hoje se sabe que o ideal é tratá-la o mais cedo possível, de modo a prevenir as cicatrizes e preservar a saúde da pele e a saúde emocional da pessoa.
Os cuidados variam conforme o grau da doença e incluem limpeza de pele, produtos tópicos (ácido salicílico, peróxido de benzoíla, retinoides etc.), antibióticos orais, hormônios, isotretinoína e procedimentos estéticos como peelings químicos, microdermoabrasão e laser.
Caracterizado pelo surgimento de manchas escuras na pele, principalmente no rosto, o melasma é um dos problemas de pele que mais atingem as mulheres, mas também pode acometer os homens.
O principal fator desencadeante é a exposição aos raios ultravioletas, mas essa condição também está associada ao uso da pílula anticoncepcional, à gravidez, à tendência genética e ao processo de envelhecimento.
O tratamento inclui um conjunto de medidas para clarear a pele e impedir o surgimento de novas manchas, como o uso rigoroso do protetor solar, cremes clareadores (com hidroquinona, ácido glicólico, ácido retinoico etc.), peelings, laser e luz intensa pulsada.
A psoríase é uma doença de pele não contagiosa, mas que causa um grande prejuízo psicológico devido à aparência das lesões. Sua origem está relacionada a tendências familiares e distúrbios do sistema imunológico, constituindo um problema crônico e sem cura.
Os sintomas variam entre os pacientes e costumam incluir manchas vermelhas com descamação, ressecamento da pele, ardência, coceira, sangramento das lesões e dores. Os episódios são cíclicos e podem durar semanas ou meses.
O tratamento depende do tipo e da gravidade da psoríase, podendo incluir medicamentos tópicos, orais ou injetáveis e fototerapia (aplicação de luz ultravioleta na pele de forma controlada e supervisionada por um especialista).
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As dermatites ou eczemas são um conjunto de problemas de pele que engloba qualquer tipo de inflamação do tecido cutâneo, causando vermelhidão, ressecamento, coceira, bolhas, inchaço, crostas e descamação, entre outros sintomas. Conheça alguns dos tipos mais comuns:
O tratamento varia conforme o tipo de dermatite e inclui o uso de cremes hidratantes, anti-histamínicos, pomadas com corticoide, antibióticos e terapia com luz ultravioleta.
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Caracteriza-se pelo surgimento de manchas vermelhas com um leve relevo (“vergões”) que apresentam uma coceira muito intensa. Elas podem surgir em qualquer parte do corpo e duram algumas horas, desaparecendo sem deixar marcas na pele.
A coceira, porém, pode persistir por vários dias, trazendo prejuízos em diversas áreas, incluindo o sono e a produtividade. Nem sempre é possível identificar as causas dessa irritação, que acomete 20% da população pelo menos uma vez na vida.
O tratamento consiste em cessar a exposição ao agente irritante (quando possível), medicamentos anti-histamínicos e medidas para aliviar a coceira, como a aplicação de compressas frias e o uso de roupas leves de algodão.
Além desses problemas citados, é importante ter em mente que o Brasil tem altos índices de câncer de pele, que corresponde a 30% dos tumores malignos registrados no país de acordo com o Instituto Nacional do Câncer. Sua principal causa é a exposição desprotegida ao sol.
Quando diagnosticados precocemente, esses tumores oferecem grandes chances de cura, pois os tratamentos são mais eficientes e menos agressivos. Contudo, no caso dos melanomas, há o risco de metástase e morte do paciente.
Por isso, é sempre importante ter a avaliação de um médico especialista, de modo a diferenciar as origens do problema e obter a melhor orientação sobre as formas de tratamento.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
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Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
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