Muitas de nós afirmamos que gostaríamos de viver muitos anos, mas é difícil estar plenamente satisfeitas com a ideia do envelhecimento, não é mesmo? As modificações que começam em nível molecular logo chegam à divisão das células, que perdem sua capacidade de se renovar.
Com o passar do tempo, as alterações seguem para os tecidos e para os órgãos, provocando os sinais do envelhecimento. Saiba um pouco mais sobre o que acontece com nosso corpo com o passar dos anos.
Nossa pele é um dos órgãos que mais refletem a passagem dos anos, e costuma ser nela que notamos os primeiros sinais de que estamos amadurecendo. Com a perda da elasticidade causada pela diminuição do colágeno e da elastina, começam a surgir as primeiras linhas e rugas.
Além disso, nossas glândulas sebáceas diminuem sua produção de óleo e a pele se torna mais seca. Dependendo mais da hidratação feita por meio de produtos cosméticos. Os cabelos, por sua vez, têm sua quantidade diminuída (principalmente nos homens) e perdem sua cor original, ficando cada vez mais embranquecidos e finos.
Para evitar sinais de envelhecimento precoce, a dica é utilizar protetor solar com FPS no mínimo 30 diariamente, não fumar e evitar o consumo exagerado de doces, comidas gordurosas e bebidas alcoólicas.
As modificações sofridas pela audição e pela visão são alterações que costumam denunciar a passagem dos anos, pois podem ser percebidas com facilidade por outras pessoas. Em geral, a partir dos 40 anos, começam a surgir as primeiras dificuldades de audição e visão, agravando-se a partir dos 60.
Pelo menos no caso da visão, existem diversas opções para melhorar a acuidade visual, como o uso de lentes, óculos charmosos ou mesmo tratamento cirúrgico. No caso da audição, se necessário, deverá ser utilizado um aparelho auditivo, que infelizmente ainda é estigmatizado.
Outra transformação relacionada ao envelhecimento que sentimos de forma bastante intensa é a diminuição da velocidade do metabolismo, ou seja, nosso corpo passa a queimar menos calorias.
Isso acontece porque, a partir dos 25 anos, perdemos massa muscular e água, aumentando nossa taxa de gordura corporal. Quanto maior for nossa proporção de massa muscular, mais calorias são queimadas automaticamente, pois este é um tecido que demanda alta manutenção. Porém, conforme os músculos diminuem e nos tornamos menos ativos fisicamente, passamos a gastar menos calorias e começamos a acumular gordura.
Some isso ao fato de que perdemos cerca de 1% da nossa massa muscular por ano a partir dos 45 anos e a tendência é a de ganhar aproximadamente 0,5 kg de gordura nesse período. Por isso, é essencial que continuemos praticando atividade física, mantendo o corpo em movimento.
Enquanto a atividade física aeróbica aumenta o gasto calórico momentaneamente, os exercícios de musculação estimulam o aumento das fibras musculares, que consomem mais calorias para se manter. Não tem jeito: para evitar o ganho de peso com a idade, é preciso se exercitar.
Assim como nossa pele se torna menos elástica conforme envelhecemos, os pulmões também se tornam mais rígidos, perdendo sua capacidade de se expandir tanto quanto antes. Além disso, a traqueia tem sua extensão diminuída, e o resultado disso tudo é que, quando envelhecemos, perdemos a força para tossir. Em consequência, as pessoas mais velhas acabam tendo mais infecções respiratórias do que os jovens porque não conseguem expulsar os micro-organismos prejudiciais de seus pulmões.
As pessoas com idade avançada ainda podem apresentar dificuldades na deglutição, passando a aspirar fragmentos de comida para dentro dos pulmões. Em função disso, os idosos estão mais sujeitos a desenvolver uma pneumonia.
Como a capacidade pulmonar diminui com o passar dos anos, é comum que as pessoas notem que atividades como subir um lance de escada ou fazer uma caminhada as deixem mais ofegantes do que antes. Como você já deve saber, esse efeito é ainda mais grave nos fumantes.
Novamente, a melhor forma de retardar essas alterações e manter a capacidade respiratória em níveis adequados é por meio da prática de exercícios. As atividades aeróbicas como caminhar e andar de bicicleta são excelentes para manter o condicionamento e o funcionamento pulmonar.
Além da diminuição da capacidade respiratória, nosso coração também tem sua atividade reduzida, tornando ainda mais difícil realizar uma atividade física sem se sentir ofegante. Ainda, com a desaceleração do metabolismo, aumentam as chances de acúmulo de gordura nas artérias depois dos 50 anos, diminuindo o fluxo sanguíneo. No caso de uma interrupção do fluxo para o coração ou para o cérebro, isso pode culminar, respectivamente, em um infarto ou um AVC.
As doenças relacionadas à circulação são a principal causa de morte nos idosos, correspondendo a 37% dos casos. A prevenção para elas é, novamente, a prática de exercícios físicos, que ajudam a reduzir a pressão arterial e melhoram o desempenho cardíaco.
À medida que envelhecemos, neurotransmissores como acetilcolina, dopamina e serotonina, entre outros, começam a diminuir em nosso cérebro, Além disso, ocorre a morte das células nervosas, diminuindo o tamanho e o volume cerebral. Ainda, com o avanço da idade, pode ser observado o surgimento de alterações como placas senis e emaranhados neurofibrilares.
Todas essas alterações, somadas à diminuição da capacidade auditiva a visual, resultam em modificações em funções como memória e linguagem, além de prejudicarem o desempenho de tarefas e a noção espacial.
Além disso, ocorre também uma diminuição na velocidade de processamento do cérebro, fazendo com que os idosos precisem de mais tempo para realizar ações, recordar dados que estão na memória e aprender novos conceitos.
A prevenção da degeneração cerebral começa ainda na juventude. As dicas são estimular seu cérebro da forma correta, como dedicar-se à aprendizagem de um idioma, tocar um instrumento musical, alimentar corretamente e manter-se socialmente ativo.
O envelhecimento é inevitável e é o resultado de uma vida longa e saudável. Mesmo com algumas limitações, é possível aproveitar a “melhor idade” de forma ativa, praticando exercícios, convivendo com amigos e familiares e estimulando o cérebro com desafios como a leitura de um bom livro.
Alimente-se de forma adequada, pratique atividades físicas e invista em tratamentos que façam você se sentir bem. Aproveite o momento!
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Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
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