A técnica de massagem conhecida como drenagem linfática é uma das mais procuradas nas clínicas por ser simples e oferecer uma série de benefícios ao nosso corpo. Esse tratamento ajuda a eliminar toxinas que formam nódulos de gordura, prevenindo a formação de celulite. Além disso, por estimular a eliminação de líquidos em excesso, ela também reduz o inchaço.
Uma das principais vantagens da drenagem linfática é a redução de medidas, ou seja, depois do tratamento, a fita métrica vai revelar que você realmente perdeu alguns centímetros e suas calças poderão estar mais folgadas. Isso, porém, não significa necessariamente uma perda de gordura. Vamos entender o por quê.
Como o próprio nome indica, a drenagem linfática é uma massagem que atua no sentido de drenar a linfa, um líquido transparente produzido quando o sangue sai dos vasos capilares em direção ao espaço entre as células. Como os poros dos vasos são muito pequenos, os glóbulos vermelhos são retidos, fazendo com que a linfa contenha apenas glóbulos brancos, oxigênio, glicose, muitos lipídios e poucas proteínas.
A linfa é então recolhida pelos capilares linfáticos, que são bem finos, até ser conduzida aos vasos linfáticos, de maior calibre, que são esvaziados em veias mais grossas, quando a linfa retorna ao sangue.
Enquanto o sangue é bombeado pelo coração para circular pelas nossas artérias e veias, a circulação da linga depende da ação de agentes externos, como a respiração, a movimentação intestinal e a compressão exercida pelos músculos quando caminhamos, por exemplo.
A caminhada, inclusive, faz com a linga seja direcionada para o abdômen, onde ela será filtrada e ajudará o organismo a liberar as toxinas por meio da urina e das fezes. Porém, quando permanecemos muito tempo na mesma posição, sem praticar atividades físicas, a linfa tende a se acumular, principalmente nas pernas e nos pés, causando o inchaço devido ao acúmulo de líquidos no organismo.
Por meio de uma massagem feita com as mãos ou aparelhos específicos, a drenagem linfática retira a linfa acumulada entre as células e estimula os vasos linfáticos a conduzi-la até os rins, eliminando as toxinas do organismo. Por isso, é comum urinar bastante depois de uma sessão de drenagem linfática.
Dessa forma, a drenagem diminui a retenção de líquidos em áreas como coxas, nádegas e abdômen, ajudando a desinchar o corpo e a reduzir as medidas dessas regiões. Como essas regiões também tendem a acumular gordura, muitas vezes imagina-se que a drenagem linfática ajude a emagrecer, mas isso não é verdade.
A redução de medidas é um efeito verdadeiro, mas ele se dá apenas pela eliminação do líquido acumulado, e não pela eliminação da gordura.
Além disso, a drenagem linfática estimula a circulação e a oxigenação dos tecidos, ajudando a combater a celulite em estágio inicial e prevenindo a formação de novos nódulos.
A drenagem linfática consiste em uma massagem feita com movimentos suaves que conduzem a linfa sempre no sentido dos gânglios linfáticos. Os movimentos são diferentes para cada parte do corpo: nas pernas, eles são de baixo para cima; no abdômen, devem ser feitos na direção da virilha; nos braços, devem ser feitos em direção às axilas. Para facilitar os movimentos, o massoterapeuta poderá usar cremes ou óleos.
É importante frisar que a drenagem linfática não deve ser dolorosa nem deve deixar manchas roxas pelo corpo. Essa técnica se trata de uma massagem leve, diferente da massagem modeladora, por exemplo.
A drenagem linfática pode ser feita com as mãos ou com aparelhos específicos. A massagem manual é mais procurada pelos clientes e apresenta como vantagem uma maior sensibilidade durante o procedimento, pois o profissional pode avaliar as necessidades de cada parte do corpo.
Existem dois aparelhos que podem ser utilizados na drenagem linfática. Um deles é o endermology, no qual a pessoa usa um macacão fino e o profissional usa um equipamento de sucção. O outro é chamado de pressor ou bota, e consiste em uma espécie de calça de cós alto que infla e desinfla, pressionando o corpo.
Se a drenagem linfática for feita de forma inadequada, ela pode acabar lesionando os vasos e piorando o inchaço. Apesar de não ser exigida uma capacitação técnica oficial, procure sempre clínicas reconhecidas e que contam com profissionais devidamente habilitados, como fisioterapeutas e médicos.
A drenagem linfática é contraindicada para pessoas que estão com alguma infecção, pois os micro-organismos podem ser conduzidos ao sistema linfático, espalhando-se pelo corpo. Pacientes que sofrem com insuficiência cardíaca e hipertensão descompensada também não devem fazer a massagem. Nos casos de trombose, existe o risco de o coágulo se deslocar e ir parar no pulmão, representando um grande perigo para o paciente. Porém, se a doença for crônica e o coágulo estiver estabilizado, a drenagem é possível – desde que autorizada pelo médico.
Por fim, é importante ter em mente que, quando o tratamento é encerrado, o líquido volta a se acumular. Por isso, a drenagem linfática deve ser encarada como um tratamento contínuo e complementar à adoção de uma dieta saudável e à prática de exercícios físicos.
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Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
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