Pacientes com alopecia androgenética podem descolorir os cabelos, mas cuidados são fundamentais para reduzir os riscos de danos
A alopecia androgenética é uma doença hereditária que acomete principalmente homens, mas também pode afetar mulheres, especialmente após a menopausa.
A condição causa a rarefação (miniaturização dos fios) e perda definitiva dos cabelos. Nos homens a maior manifestação é a calvície, enquanto nas mulheres ocorre uma perda menor e difusa.
A alopecia androgenética é causada pela metabolização da testosterona, o que não é diretamente afetada por fatores externos, como descolorir o cabelo, mas pode influenciar. Entenda mais a seguir.
É comum que pacientes com alopecia androgenética tenham dúvidas sobre a realização de tratamentos estéticos capilares.
No caso de descolorir o cabelo, o procedimento é realizado com o peróxido de hidrogênio, popularmente conhecido como água oxigenada. Entre os possíveis danos do produto nos cabelos incluem-se:
Apesar desses riscos de descolorir o cabelo com água oxigenada, o produto não interfere diretamente no mecanismo da alopecia androgenética. Dessa forma, pacientes com alopecia podem sim descolorir o cabelo, como é o caso da influencier Karen Bachini, entretanto, existem ressalvas a serem feitas.
A queda de cabelo que pode ser causada pela água oxigenada é diferente da causada pela alopecia, ocorrendo apenas quando há irritação após o tratamento estético.
Entretanto, a paciente com alopecia já terá um crescimento capilar previamente prejudicado, podendo demorar mais tempo para ter a estética capilar restaurada.
Além disso, a miniaturização dos fios pode ser intensificada, causando perda de volume capilar, uma vez que o peróxido de hidrogênio pode alterar as características do fio, deixando-o mais fino. Dessa forma, caso a paciente esteja em um estágio mais avançado da alopecia, os danos causados ao descolorir o cabelo podem tornar-se mais severos.
Como visto, é sim possível descolorir o cabelo tendo alopecia, mas os riscos do tratamento demandam cuidados específicos para reduzir as chances de um resultado insatisfatório.
Quando a paciente tem alopecia, qualquer tratamento capilar como descolorir ou tingir o cabelo deve ser conduzido por um profissional experiente e consciente do quadro.
Esse cuidado é fundamental para que seja selecionada uma água oxigenada que apresente riscos menores aos cabelos e a execução seja adequada, evitando, por exemplo, a exposição prolongada dos fios.
Após descolorir o cabelo é normal que ele fique com mais tendência à quebra devido ao ressecamento causado pelo tratamento. Dessa forma, é fundamental realizar a hidratação e umectação do fio para repor os lipídios e água e reduz as chances de danos.
Não adianta seguir as recomendações para um tipo de cabelo diferente do seu, especialmente em caso de pacientes com alopecia androgenética. Dessa forma, converse com um especialista sobre quais as recomendações específicas para sua realidade.
Antes de descolorir o cabelo, converse com um dermatologista especializado em alopecia, pois ele é o mais apto para avaliar o grau da doença e verificar se o tratamento capilar pode acelerar ou intensificar o quadro preexistente.
Tem interesse em saber mais? Acesse aqui e entraremos em contato com você.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
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