Você sempre adorou determinado brinco, mas um belo dia ele começou a causar a maior coceira e você teve que tirá-lo no meio de uma festa? Saiba mais com a alergia na pele!
Um belo dia, você monta um look incrível e cheio de acessórios, mas poucas horas depois você sente a orelha coçando e percebe o maior vermelhão no pescoço, justamente as partes do corpo que estão em contato com suas bijuterias. Pois é, se trata de uma alergia na pele.
Oficialmente chamada de eczema ou dermatite de contato, essa alergia consiste em uma reação inflamatória desencadeada por uma sequência de exposições a um produto. É o mesmo processo da alergia a esmaltes.
Em função disso, ela pode demorar meses ou anos para acontecer, o que explica por que a alergia a determinada bijuteria surge de repente, mesmo que você tenha usado aquela peça muitas e muitas vezes.
Toda reação alérgica acontece quando o organismo entra em contato com uma substância (alérgeno) que a princípio é inofensiva (como um alimento, um medicamento ou mesmo a poeira doméstica), mas que é entendida como uma ameaça pelas nossas células de defesa.
Diante disso, o sistema imunológico se “confunde”, como se aquela substância fosse uma bactéria ou outro microrganismo causador de doença, e ativa uma cadeia de reações na tentativa de combater a “partícula invasora”.
No caso da alergia na pele causada pelas bijuterias, a substância que desencadeia essas reações costuma ser o níquel, um metal que pode se desprender da peça e entrar em contato direto com o tecido cutâneo.
Assim como outros tipos de alergia, essa hiper-reação do sistema imunológico tem características genéticas. Porém, não precisa ser o mesmo tipo de alergia: basta que haja uma tendência familiar a apresentar esse tipo de irritação.
Além disso, pessoas que têm a pele naturalmente mais seca ou mais sensível apresentam uma suscetibilidade maior a desenvolver alergia a bijuterias, pois a barreira natural de proteção é mais penetrável.
Bijuterias como brincos, anéis, pulseiras, colares e relógios são as peças que mais costumam causar alergia na pele. Contudo, até mesmo algumas joias de ouro e prata podem desencadear essa reação se houver uma pequena quantidade de níquel em sua liga metálica.
Itens como botões de calça jeans, fivelas de cinto e enfeites de bolsas também podem conter esse metal e provocar uma reação alérgica.
Veja também: Alergia a esmaltes – dicas para te ajudar
Diferente da alergia a alimentos ou medicamentos, que acontecem minutos depois que a pessoa entra em contato com o alérgeno, os sintomas da alergia na pele costumam surgir algumas horas depois da exposição.
Nesse caso, o principal sintoma é o aparecimento de lesões avermelhadas nas regiões que entraram em contato com a peça, associadas com uma coceira intensa. Também pode surgir inchaço e pequenas vesículas no local.
Em seguida, essas vesículas podem se romper e soltar um líquido transparente (exsudato), levando à formação de crostas. Em um terceiro momento, a pele afetada adquire um aspecto muito ressecado.
É importante lembrar que, como a pessoa automaticamente leva as mãos até o local da alergia para aliviar a coceira, essa área pode descamar e ficar áspera, o que tende a piorar as lesões e dar origem a fissuras e sangramentos.
A partir disso, pode surgir uma complicação: trata-se das infecções secundárias, pois as fissuras representam uma porta de entrada para as bactérias presentes nas unhas e na própria pele.
A primeira medida de tratamento da alergia na pele causada por bijuterias é suspender o uso das peças que desencadeiam essa reação. Insistir no uso não vai fazer com que a pele “se acostume”; pelo contrário: a exposição continuada vai piorar ainda mais o quadro.
Em seguida, deve-se pensar em um plano terapêutico para o tratamento das lesões, o que deve ser feito pelo médico depois de uma avaliação. Dependendo da gravidade do quadro, podem ser utilizados produtos tópicos e medicamentos orais ou injetáveis.
Depois de uma higienização para remover os resíduos do alérgeno, as medidas variam conforme as condições de cada caso. Para lesões úmidas, por exemplo, podem ser prescritas compressas secativas ou antissépticas.
Além disso, o médico pode receitar pomadas e cremes à base de corticoide para controlar a inflamação na pele. Se a coceira for muito intensa, também podem ser associados antialérgicos via oral ou injetável para controlar esse sintoma.
Em uma fase posterior, quando as lesões estão secas e a pele começa a descamar, pode ser indicado o uso de loções emolientes e hidratantes para auxiliar o processo de recuperação do tecido.
Você realmente precisa suspender o uso da bijuteria que causou a reação alérgica, mas isso não significa que você não poderá mais utilizar nenhum acessório. Confira algumas dicas do que você pode fazer:
Você já teve algum tipo de alergia a bijuterias? Como resolveu esse problema? Compartilhe suas dicas com a gente nos comentários!
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
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